Tapete de Genaro de Carvalho (1926-1971), considerado o pioneiro da tapeçaria moderna no Brasil
O Instituto Camões- Embaixada de Portugal promoveu ontem, dia 14, no seu auditório o 4º Café Camões de 2010,subordinado ao tema "As Vozes Femininas"
Na ocasião,foi inaugurada uma
Exposição de Tapeçaria das tapeceiras de Santa Maria, do Distrito
Federal, vinculadas à Associação Debater e Cáritas da Capela São
Francisco.
Os serões literários do "Café
Camões", iniciativa do Instituto Camões em colaboração com a
Universidade Católica de Brasília, agora no seu oitavo ano de
existência, reúnem um público essencialmente universitário e neles têm
sido regularmente apresentados escritores e poetas de expressão
lusófona, procedendo-se à leitura de textos seleccionados.
O "Café Camões" tem vindo a
alargar o seu âmbito às culturas de outros países com representação
diplomática no Brasil interessados em participar.
A arte da tapeçaria é uma
herança cultural portuguesa, que foi desenvolvida no Brasil por diversos
artistas, entre os quais se destacam Genaro de Carvalho, pioneiro da tapeçaria moderna no Brasil, juntamente com o notável artista plástico Potiguar Dorian Gray e Madeleine Colaço.
De origem francesa, Madeleine Colaço que era trineta do distinto Arquitecto Grabriel autor do projecto da "Place de La Concorde, em Paris, veio para o Brasil em 1940, acompanhando seu marido, um jornalista e escritor português, que se viu obrigado a abandonar Portugal devido às perseguições que sofria por parte da Ditadura de Salazar. Estudou tapeçaria na Europa e na Ásia e tornou-se internacionalmente conhecida pelos temas folclóricos, religiosos e ecológicos brasileiros das suas obras. Criou um ponto de tapeçaria catalogado na Suíça como "Ponto Brasileiro", que a própria Madeleine definiu como "um ponto com a cadência do samba".
Inspirada na arte e nas actividades de Madeleine Colaço, uma colaboradora da Associação Debater solicitou a um grupo de professores e alunos do Museu Vivo da Memória Candanga e do Espaço Cultural 508 Sul, duas escolas de arte de Brasília, o desenho de algumas telas.
Riscadas as telas, um grupo de
mulheres bordou o conjunto das obras. Os grandes temas de inspiração são
os padrões gráficos indígenas, a vegtação nativba do cerrado e a
arquitectura de Brasília em homenagem aos 50 anos da capital.
AGRADEÇO A LEMBRANÇA DO NOME DE MINHA MAE MADELEINE COLAÇO MAS GOSTARIA DE RETIFCAR ALGUNS PONTOS: ELA VEIO PARA O BRASIL EM 1940 ACOMPANHANDO O MARIDO JORNALSTA E ESCRITOR QUE ESTAVA SENDO PERSEGUIDO PELA DITADURA DE SALAZAR E SUA ORIGEM ERA FRANCESA.
ResponderExcluirSEU TRISAVO FOI O ARQUITETO GABRIEL QUE DESENHOU A PLACE DE LA CONCORDE
JORGE COLAÇO
Caro leitor Jorge Colaço,
ResponderExcluirMuito lhe agradecemos a correção de alguns pontos referentes a sua distinta mãe, os quais já introduzimos no texto da postagem, como pode constatar. É uma honra termos leitores como o amigo Jorge Colaço e é para nós um privilégio referenciar grandes artistas nas nossas postagens, como é o caso de Madeleine Colaço.
Visite-nos sempre e disponha do nosso espaço que é de todos os lusófonos, em prol da divulgação e promoção das letras, artes e ciências da Lusofonia.
Saudações cordiais
Carlos Morais dos Santos
Editor/Administrador do CeAL