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Boas Vindas a esta comunidade de Culturas e Afetos Lusofonos que já abraça 76 países

MÚSICA DE FUNDO E AUDIÇÃO DE VÍDEOS E AUDIOS PUBLICADOS

NÓS TEMOS TODO O EMPENHO EM MANTER SEMPRE MÚSICA DE FUNDO MUITO SELECIONADA, SUAVE, AGRADÁVEL, MELODIOSA, QUE OUVIDA DIRETAMENTE DO SEU COMPUTADOR QUANDO ABRE UMA POSTAGEM OU OUVIDA ATRAVÉS DE ALTI-FALANTES OU AUSCULTADORES, LHE PROPORCIONA UMA EXPERIÊNCIA MUITO AGRADÁVEL E RELAXANTE QUANDO FAZ A LEITURA DAS NOSSAS PUBLICAÇÕES.

TODAVIA, SEMPRE QUE NAS NOSSAS POSTAGENS ESTIVEREM INCLUÍDOS AUDIOS E VÍDEOS FALADOS E/OU MUSICADOS, RECOMENDAMOS QUE DESLIGUE A MÚSICA AMBIENTE CLICANDO EM CIMA DO BOTÃO DE PARAGEM DA JANELA "MÚSICA - ESPÍRITO DA ARTE", QUE SE ENCONTRA DO LADO DIREITO, LOGO POR BAIXO DA PRIMEIRA CAIXA COM O MAPA DOS PAISES DOS NOSSOS LEITORES AO REDOR DO MUNDO.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

JÚLIO RESENDE, UM DOS MAIS NOTÁVEIS PINTORES PORTUGUESES, FALECEU NO PASSADO DIA 21 DE SETEMBRO

 

TRIBUTO DE HOMENAGEM

O NOSSO BLOG-REVISTA, NESTE MOMENTO DE GRANDE PERDA PARA A CULTURA E AS ARTES PORTUGUESAS, PRESTA A SUA SINGELA MAS SENTIDA HOMENAGEM A ESTE GRANDE REPRESENTANTE DAS ARTES PLÁSTICAS DA LUSOFONIA

O pintor português Júlio Resende, um dos grandes nomes do neo-realismo, morreu na passada quarta-feira, dia 21, em Valbom, Gondomar, aos 93 anos. O corpo do artista esteve em câmara-ardente na igreja paroquial de Valbom.

Júlio Resende, nascido no Porto a 23 de Outubro de 1917, frequentou as Escolas de Belas-Artes do Porto e de Paris, tendo iniciado a sua actividade artística como ilustrador em semanários infantis e na imprensa diária ainda quando era jovem.

Em 1946, ano em que apresentou a sua primeira exposição em Lisboa, José Resende obteve uma bolsa de estudo no estrangeiro do “Instituto para a Alta Cultura”, tendo sido nesta sua passagem pela Europa, em especial por Paris e Madrid, onde teve contacto com as obras de Picasso e Goya, que Júlio Resende despertou para a pintura abstraccionista.
"Mas eu queria, efectivamente, ser pintor! Talvez o destino me tenha proporcionado o primeiro passo. Aurora Jardim, figura conhecida nos meios literários e jornalísticos do Porto, intercedera junto do pintor Alberto Silva que dirigia, então, a Academia Silva Porto, para que eu viesse a frequentar as lições de pintura aí ministradas.

Comprei a primeira caixa de tintas «a sério», e aprendi a colocar as cores na paleta, segundo as boas regras", escreveu o pintor, no site Lugar do Desenho – Fundação Júlio Resende, instituição onde está reunido um espólio de cerca de dois mil desenhos que Júlio Resende reuniu ao longo da sua carreira.
Postal com pintura de Julio Resende - 75º aniversário da chegada do combóio ao Porto

Na década de 1950, o pintor fixa-se no Porto, partilhando o tempo entre a arte e o ensino. Por influência da região, a gente do mar passou a constituir o tema dominaste da sua pintura, tendo apresentado a sua obra em exposições individuais em países como Espanha, Bélgica, Noruega e Brasil.
 
Por vários anos, foi o representante de Portugal em exposições colectivas nas Bienais de Veneza, Ohio, Londres, Paris e São Paulo, nesta última destacando-se em 1951, quando venceu o Prémio Especial da Bienal. Em 1959, volta a surpreender, conseguindo uma menção honrosa, e dez anos depois, vence o Prémio Artes Gráficas na Bienal de Artes de S. Paulo, com ilustrações do romance "Aparição".
 
Nos anos 1960, Resende interessou-se ainda por projectos de decoração e arquitectura, colaborando na decoração do Palácio da Justiça de Lisboa, para onde realizou seis painéis em grés. No Porto, criou dois painéis cerâmicos para o Hospital de São João e ainda o gigantesco painel de azulejos "Ribeira Negra" existente à saída do tabuleiro inferior da Ponte de D. Luís I. Os painéis acabariam mesmo por se tornarem num dos seus trabalhos mais apreciados.
 
Júlio Resende foi nomeado Membro da Academia Real das Ciências, Letras e Belas-Artes Belgas, em 1972, e em 1982 recebeu as insígnias de Comendador de Mérito Civil de Espanha atribuídas pelo Rei de Espanha.

Em Portugal foi distinguido com o Prémio AICA (Associação Internacional de Críticos de Arte) em 1985.
Alguns dos trabalhos de Júliuo Resende estão em exposição na galeria Baganha, no Porto, que representou o pintor Júlio Resende nos últimos três anos.

O funeral do artista realizou-se dia 22, quinta-feira.  para o Cemitério de Valbom .

Em nome do Conselho Editorial/Redatorial do C.eA.L.
Carlos Morais dos Santos

domingo, 11 de setembro de 2011

JOÃO CARLOS ASSIS BRASIL, UM DOS MAIORES PIANISTA BRASILEIROS, OFERECEU NO PASSADO DIA 8, QUINTA-FEIRA, O MUITO AGUARDADO CONCERTO, NO BELO PALÁCIO FOZ DE LISBOA















João Carlos Assis Brasil

O Concerto que o prestigiado pianista brasileiro João Carlos Assis Brasil, apresentou no passado dia 8, no belo Palácio Foz, de Lisboa - sob os auspícios da Ebaixada do Brasil em Portugal - foi mai um êxito, como são sempre os seus Concertos, tendo a vasta assistência que lotava o salão nobre do Palácio, aplaudido entusisticamente a atuação do virtuoso pianista, que em consideração a tão entusiásticos aplausos e pedidos de bis, premiou a assistência com a execução de peças extra programa que muito agradaram pelo virtuosismo que o pianista coloca nas suas muito pessoais interpretações e arrajos, tanto na execução de obras eruditas de Vilas Lobos ou outros compositores dos mais difíceis, como dos seus famosos madleys da música popular brasileira.

CULTURAS E AFETOS LUSOFONIOS esteve representada pela representante do nosso Conselho Editorial-Redatorial, a Professora-escritora Selma Calasans Rodrigues.Muito gratificados ficámos pelo convite que nos foi dirigido e pela oportunidade de ouvirmos ao vivo e em Lisboa este grande artista brasileiro que já conheciamos das suas interpretações publicadas no YouTube, das quais reproduzimos abaixo uma delas.


Pianista de formação erudita, irmão gémeo do saxofonista Victor Assis Brasil, começou a estudar piano ainda na infância, e aos 15 anos já era acompanhado por orquestras em concertos. Foi aluno de Jacques Klein e aperfeiçoou os estudos em Londres, Paris e Viena. Na década de 60, na Áustria, ganhou o terceiro prémio do Concurso Internacional Beethoven, tocando em seguida com a Filarmónica de Viena e actuando pela Europa.

 Mesmo consagrado como concertista clássico, envolveu-se com a música popular, tocando ao lado de outros instrumentistas - como os pianistas Clara Svernere Wagner Tiso ou o violonista Turíbio Santos - e de cantores - Ney Matogrosso, ZéRenato, Zizi Possi, Alaíde Costa, Olivia Byington. Na década de 80 gravou discos a quatro mãos ao lado de Clara Sverner: um com músicas de Erik Satie e Scot Joplin (1982), outro incluindo o norte-americano Gershwin os franceses Maurice Ravel e Gabriel Fauré.

Em seguida veio "Jazz Brasil" (1986), com total ênfase no estilo popular, incluindo obras de Tom Jobim, Radamés Gnattalie Victor Assis Brasil. Dois anos depois, ao lado de Wagner Tiso, Jaques Morelenbaum e Ney Matogrosso, lançou "Floresta do Amazonas". Em 1990, quase dez anos depois da morte precoce do irmão (em 1981), gravou o disco "Self Portrait - Assis Brasil por Assis Brasil", em que trouxe à tona composições inéditas de Victor. Os seus trabalhos seguintes foram em parceria com as cantoras Olivia Byington e Alaíde Costa. João também lançou um CD dedicado à obra de Villa-Lobos.

João Carlos Assis Brasil, um dos maiores músicos do cenário artístico, lançou pela Biscoito Fino o CD Todos os Pianos. Gravado no estúdio da Biscoito Fino, no fabuloso Steinway adquirido pela gravadora junto à Filarmónica de Berlim. Todos os Pianos é, em rigor, um tributo a colegas de instrumento que se revelaram grandes compositores ao longo da história da música no século XX - e vice-versa. Entre o choro, a bossa, o samba e o jazz americano e francês, Assis Brasil concebe suites reunindo obras de Ernesto Nazareth (Brejeiro, Odeon, Faceira, Apanhei-te Cavaquinho), Chiquinha Gonzaga (Aracê, Aguará, Sabiáda Mata), Gershwin (incluindo S´Wonderful e Rhapsodyin Blue), Cole Porter(incluindo I Geta Kick Out of You e Rhapsody in Blue), Michel Legrand (de Summer of 42 e Parapluies de Cherbourg). 

A adoração pela música no cinema é registada em duas suites, uma de Nino Rota, o compositor favorito de Fellini (com os temas de Os Boas Vidas, Amarcor de Noites de Cabíria); outra, a Suite Cinematográfica reunindo o Chaplin de Luzes da Ribalta (Lime light), o Hupfield de Casablanca (As Time Goes By), os clássicos de O Feiticeiro de Oz (Over the Rainbow, de Arlene Harburg) e Golpe de Mestre (a reciclada The Entertainer, de Scott Joplin).
             O flirt com o popular estende-se ainda a compositores cujas obras, ainda que não compostas para o instrumento, se adequam a este, pelos dedos devocionais de Assis Brasil. É o caso da Suite Melodistas Brasileiros, que aproxima o Cartola de As Rosas Não Falam e o cânone bossa novista de Luiz Bonfá e António Maria, Manhã de Carnaval, da placidez e (in)quietude impressionistas. Completam a suite obras de adeptos extemporâneos do piano no samba, Francis Hime (Minha) e António Carlos Jobim (Retrato em Branco e Preto). Nada que inviabilize, muito pelo contrário, a convivência com Rachmaninoff, Brahms, Tchaikovsky e, naturalmente, Chopin, presentes na Suite Clássica. 
Um dos compositores mais presentes na discografia de João Carlos, é seu irmão gêmeo, o saxofonista Victor Assis Brasil, um dos maiores instrumentistas de jazz brasileiros em todos os tempos. Morto em 1981, Victor deixou um legado vigoroso de temas executados em todo o mundo, muitos deles revelados depois da morte do autor pela dedicação de João Carlos em manter viva a herança do irmão. Prelúdio em Sol Menor e Valsa do Reencontro são os dois temas de Victor interpretados por João em Todos os Pianos.





quinta-feira, 8 de setembro de 2011

DE CARLOS MORAIS DOS SANTOS PARA DETH HAAK - DIÁLOGO ENTRE POETAS SOBRE: "INDEPENDÊNCIA, DE QUÊ MESMO, HEIMMM?"

Com a devida vénia e créditos, aqui reproduzimos a intervenção cívica que a nossa amiga, confreira e Membro do nosso "Conselho Editorial/Redatorial, a poetisa brasileira Deth Haak, desassombradamente escreveu a propósito do dia 7 de Setrembro da Independência do Brasil, com o título "Independência, de quê mesmo, Heimmm?" no seu Blog "NOTAS VERSEJADAS" - http://www.blogger.com/goog_174988172
- Blog nosso parceiro que acompanhamos e incluímos na lista dos Blogues e Sítios que recomemdamos, aqui, neste nosso CULTURAS E AFETOS LUSÓFONOS - 
e dos comentários que a respeito do tema abordado por Deth Haak, deixámos no seu "NOTAS VERSEJADAS".  

Porque a temática vem muito a propósito e se pode relacionar qualquer da maioria dos países do mundo, face ao aumento de cada vez mais complexas e variadas ameaças que atormentam mesmo muitas ditas democracias e porevoluções negativascom o porque a publicação de Deth Haak e os nossos comentários acabaram por revestir a forma de um instigante diálogo, aqui desse "diálogo", reproduzimos, uma parte das palavras de Deth Haak e um pouco mais das nossas próprias em mais um poema nosso também apropriado ao tema. 

PORQUE É TEMPO DE DESPERTARMOS, DESPERTEMOS, POIS, E INCOMEDEMOS, QUEM SE DISPONHA A INCOMODAR-SE POSITIVA E CIVICAMENTE, ABRINDO-NOS UNS AOS OUTROS AS NOSSAS CONSCIÊNCIAS DE CIDADANIA FRATERNAL, SOLIDÁRIA, PLANETÁRIA.  












Querida amiga e confrade "Poetisa dos ventos, Deth Haak,
Bençãos! Saravá, poeta! Felicitações pelo brilho de sempre e que, mais uma vez, agora colocou no que escreveu sobre "Independência", palavras que se podem, infelizmente aplicar ao Brasil, como a Portugal, como, infelizmente à maior parte das nações deste mundo imundo, em que as excepções só confirmam a existência das desumanas regras, egoísmos, comportamentos, incompetências e psicoses criminosas, enfim. Bem Hajas Poeta!!!

Assim como Vc, deveriam ser os poetas, portadores da Beleza da palavra, quando é lírica, mas da Força e do Vigor da palavra quando a palavra de flor deve virar arma, para ser cívica, humana - Civitas Humanitas, ou épica quando tem de enaltecer aqueles - pessoas e fatos - "que por atos valorosos se vão da lei da morte libertando" - como dizia o génio Camões.

A poesia e os poetas que não exprimam estas facetas da vida - lembrando o passado, iluminando o presente, ou refletindo o futuro -  são apenas e ainda caminheiros de primeira caminhada, em uma longa estrada - a da poesia - que se ficam, muitas vezes, apenas por uma parte desse caminho (mesmo talentosos que sejam) para poderem continua-lo. Porque a poesia é, desde a origem da palavra, a forma mais lúcida e corajosa de revelar a alma humana. Nós, os da cultura chamada de ocidental, não podemos esquecer o que os Gregos da Antiguidade nos legaram e ao mundo sobre o valor da poesia. Assim como os grandes poetas de todas as grandes e antigas outras culturas.

A poesia, para se cumprir na totalidade da sua missão, tem de exprimir antes e melhor que qualquer outra forma de palavra, a síntese do belo, do bem e do justo. Não pode ficar indiferente aos dramas, às angústias e sofrimentos do seu tempo, porque a poesia é, também, uma forma de Amor e de Amar, uma doação aos outros. A poesia é o facho luminoso do espírito humano que deve ir sempra na frente, adiante, para iluminar com a palavra poética o caminho da vida. Esse caminho é interminável porque é eterno e só se pode fazer com coragem e perseverança, desnudando sem medo e sem falso pudor, tanto o próprio poeta como a vida, revelando o que, sem a palavra poética é velado.

Tantas vezes o poeta tem de desvendar, do passado, do presente e do futuro, o que só a palavra poética pode fazer porque desnuda. É oportuno e adequado lembrar aqui e agora a frase que embora tenha sido aplicada a outro contexto ficional, dizia o Grande escritor português Eça de Queiroz, no sub título da sua obra "A Relíquia" (1887): "Sobre a nudez forte da verdade – o manto diáfano da fantasia".

É longa e interminável a estrada e o caminho da poesia, por isso é preciso Força, Beleza, Vigor, Coragem, Verdade, Visão, Realidade e Sonho, Frontalidade e Destemor, e não ficar pelo caminho, porque, como disse o Grande Poeta espanhol de Sevilha, António Machado (1875-1939):

"Caminante, son tus huellas
el camino y nada más;
Caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace el camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante no hay camino
sino estelas en la mar"

E a propósito do seu belo texto e poema acróstico – “Pária, Amada Brasil” – ocorre-me dizer, enaltecendo, que convém a todos nós lembrar que as nossas palavras “Pátria”, “Justiça”, como “Terra-Mãe” são femininas, no género como nos símbolos, e porque e como é nos ventres femininos que se gera e se forma toda a vida, bem faria às consciências dos homens pensarem naquelas palavras, como “Mátria”, “Fátria”, “Civitas”, “Humanitas”, etc.
E, já agora, e para homenagear o valor e a coragem da palavra da minha Querida Amiga e Confrade, Deth Haak - A Poetisa dos Ventos, permito-me acrescentar algumas minhas palavras poéticas a respeito dos temas que Deth aqui me suscitou comentar, enaltecendo o seu labor cívico:

PELA PAZ E PELA VIDA

Faz da palavra, pela vida,
a arma que não desarma,
A tua voz erguida !
Passa a tua palavra que é de ouro,
não fiques no silêncio e na apatia,
ergue a tua voz num grande coro,
contra a injustiça, pela cidadania,
por uma política com decoro !
milita pela paz, contra a fome e a pobreza,
alia-te ao exército dos defensores da natureza
serás ouvido, enfim, porque tua palavra é de ouro !

O SILÊNCIO E A PALAVRA EXATA
“O LOGOS”


A palavra será de ouro
Quando é justa e perfeita
Mas o silêncio é sepulcral
Quando é de mau agouro
Ou quando o silêncio enjeita
A palavra sagrada e lustral

O silêncio será a eloquência
Do indizível, quando se manifesta
Por valorosas e justas acções
E por nobres pensamentos
Mas o silêncio não cala a ausência
Da coragem que se empresta
Aos justos deveres sem omissões
Nos grandes e oportunos momentos

Dizem: “Palavras as leva o vento”
Quando não têm força e vigor
Mas quando transmitem ideias
E carregam elevado sentimento
São tão eternas como o amor
E são a luz com que incendeias
A força do audaz pensamento
Na luta por um mundo melhor

A palavra é sempre uma arma
Indestrutível como a vida
Podem morrer muitos seres
Mas a palavra não desarma
Sobrevive à morte sofrida
Faz história e tem poderes
Que a eterniza invencida

A palavra é luz e claridade:
Quando clama pela verdade
Enaltece o bem da humanidade
Defende o direito à liberdade
Luta pela merecida igualdade
Mobiliza o amor da fraternidade
Une a riqueza natural da diversidade
Cultiva a grandeza da solidariedade !

Mas Se o silêncio não for de ouro
E se a palavra não for de prata
Se, calar, for demissão e não decoro
Se a palavra, feita punhal, fere e mata
Então, Que se calem as vozes loucas
Que se condenem as demissões oucas
E se forje, feita de metais puros e duros
A palavra Justa e Perfeita – a “Palavra Exata”

E construamos uma Nova Univer-Cidade
Onde se aprenda essa “Palavra Perdida”
Como superior ciência da Humanidade
Que é o AMOR por tudo essencial à Vida  
Ciência e Arte do Ser, Estar, e Fazer a Bondade  

E que estudemos como eternos aprendizes
Nessas Novas Univer-Cidades mais completas
Tudo aquilo quanto até ao fundo das puras raízes 
Os maiores sábios, filósofos, artistas e poetas,
Mestres arquitectos, engenheiros e construtores
Doutos de Letras, Artes e Ciências de todos os países
Nos ajudem a descobrir a Luz e a Beleza dos Amores
Da Força da Humanidade em todos os seus matizes
Se Unindo em Universal Arco-Íris em todas as cores  ! 
_______________________________


A propósito, ocorre-me, ainda, a lembrança de deixar aqui apenas algumas partes do belo e despertadorr
poema do grande poeta andaluz Rafael Aberti, na
Balada para los Poetas Andaluces de Hoy
                               (Rafael Alberti)

¿Qué cantan los poetas andaluces de ahora?
¿Qué miran los poetas andaluces de ahora?
¿Qué sienten los poetas andaluces de ahora?
.... 
¿No habrá ya quien responda a la voz del poeta?
¿Quién mire al corazón sin muros del poeta?
¿Tantas cosas han muerto que no hay más que el poeta?

Cantad alto. Oiréis que oyen otros oídos.
Mirad alto. Veréis que miran otros ojos.
Latid alto. Sabréis que palpita otra sangre.

No es más hondo el poeta en su oscuro subsuelo.
encerrado. Su canto asciende a más profundo
cuando, abierto en el aire, ya es de todos los hombres
______________________
Um Grande e afetuoso abraço e um beijo com a minha admiração, Amiga
 
Carlos Morais dos Santos
Escritor, ensaísta, poeta, fotógrafo

Cônsul (Lisboa) da Ass. Intern. Poetas Del Mundo
Membro da Academia Portuguesa de Letras, Artes e Ciências
Membro da Sociedade Portuguesa de Geografia de Lisboa
Membro da Soc.Portuguesa de Estudos do Séc.XVIII
Membro da Liga Portuguesa de Direitos Humanos - Civitas
Membro da Audiência Portuguesa do Tribunal Mundial sobre o Iraque
Membro da Avaaz Internacional (9 milhões), ONG independente pelos D.H. e pela defesa ecológica do planeta
Membro do IHG-Instituro Histórico Geográfico-RN-Brasil
S.PVA.-RN Sociedade dos Poetas Vivos e Afins-RN-Brasil 
_________________________________________________________

           









Poetisa Deth Haak


Independência, de quê mesmo, heimmmm?


Dependentes de melhor renda distribuída, 30% da população abaixo da linha de pobreza, dependentes da Educação que incide a precariedade mais que perversa aos mais pobres, dependentes de saúde que não consegue atender com qualidade e dignidade uma grande parte da população, que muitas vezes não tem condições sequer de marcar uma consulta ou quando consegue em muitos casos demora meses para sua efetivação, mas dependentes...
Da cega justiça extremamente morosa e de difícil acesso para os mais pobres, aplicando penas aos ladrões de galinha e absolvendo os saqueadores do erário publico, com defensorias públicas ainda bastante insuficientes e com inúmeros privilégios para quem tem dinheiro...

A faixa cobrindo-lhe os olhos significava imparcialidade: ela não via diferença entre as partes em litígio, fossem ricos ou pobres, poderosos ou humildes, grandes ou pequenos. Suas decisões, justas e prudentes, não eram fundamentadas na personalidade, nas qualidades ou no poder das pessoas, mas na sabedoria das leis. Hoje, mantida ainda a venda, pretende-se conferir à estátua de Diké a imagem de uma Justiça que, cega, concede a cada, um o que é seu sem conhecer o litigante. Imparcial, não distingue o sábio do analfabeto; o detentor do poder do desamparado; o forte do fraco; o maltrapilho do abastado. A todos, aplica o reto Direito.

A história diz que ela foi exilada na constelação de Virgem mas foi trazida de volta à Terra para corrigir as injustiças dos homens que começaram a acontecer.
Mais tarde, em Roma, a mulher passou a ser a deusa Iustitia (ou Justitia) , de olhos vendados, que, com as duas mãos, sustentava uma balança, já com o fiel ao meio. Para os romanos, a Iustitia personifica a Justiça. Ela tem os olhos vendados(para ouvir bem) e segura a balança com as mãos (o que significa ter uma atitude bem firme). Distribuía a justiça por meio da balança que segurava com as duas mãos. Ela ficava de pé e tinha os olhos vendados; dizia (declarava) o direito (jus) quando o fiel (lingueta da balança indicadora de equilíbrio) estava completamente vertical.
Isso nos mostra o contraste entre o gênio prático dos romanos e a sabedoria teórica dos gregos; vale a pena relembrar que a influência de nosso direito é romana.
O Brasil precisa rever esse contexto!

O Brasil se tornou Independente e o povo mais pobre sequer acompanhou ou entendeu o significado da "INDEPENDÊNCIA !" A estrutura agrária continuou a mesma, a escravidão se manteve e a distribuição de renda continuou desigual. A elite agrária, que deu suporte D. Pedro I, foi à camada que mais se beneficiou.
E continua se beneficiando, basta rever os sobrenomes que ocupam os quadros do Senado Federal, Congresso Nacional, Governo nas Capitais...

Os grandes latifundiários decidindo os destinos da nação, não mudaram nada! “ Temo no próximo ano, dia Sete de Setembro dia da Independência do Brasil , não nas margens do Ipiranga, mais daqui do Rio Grande do Norte cotovelo do Brasil, na linha do equador ter que voltar a gritar, não como D. Pedro I, Independência ou morte, pois o meu povo, já morre sem sáude , sem educação de fome e de sede, e sim como brasileira " Acorda Brasil" !


Independência, de que ????

P - Pessoal, não é lorota o que escrevo!
A - A atividade política que presumo
T - tece o vilipêndio no aparentar coeso;
R -  razão intrínseca no ser humano:
I  -  Iludir as partes, na premissa que vejo
A - Aqueles que nos humilha até no sono...

A -  A natureza disfarçada de muitos
M - molda os formatos da realidade,
A -  afetando a memória dos ilusos
D - dimanando a burrocracia é verdade;
A - anarquistas, a conduzir os exclusos!

B - brava gente, prenhe de mistérios
R - reaja a desigualdade que nos assola
A - arquitetemos o extermínio dos deletérios
S - surrupiadores, que ao Povo doa esmola;
I  - impunes das leis, que em seus ministérios
L - laminam a espada de Dâmocles!
    
Por Deth Haak
“A Poetisa dos Ventos”
Sociedade dos Poetas Vivos e Afins-RN
Cônsul Poeta Del Mundo – PN
Embaixadora Universal da Paz
“Que país é este
Que junta milhões numa marcha gay,
Outros milhões numa marcha evangélica,
Muitas centenas numa marcha a favor da maconha,
Mas que não se mobiliza contra a corrupção?”
Juan Arias, correspondente no Brasil do jornal espanhol El País, em (07/07/2011)

 

        

sábado, 3 de setembro de 2011

Carlos Morais dos Santos - Poema "ÀS VEZES..."




























ÀS VEZES…

Em meus olhos secos há gotas de lágrimas de interiores mares
Que toldam lembranças do passado que mal vejo com nitidez
Que, às vezes, só recordo pela memória e visão doutros olhares
Que me reconduzem a um tempo sem tempo gasto com rapidez

Em meus olhares de memórias fragmentadas, já enfraquecido
Faltam mil pedaços de vivências, puzzle de momentos de vida
Que vou preenchendo com fantasias do que poderia ter vivido
E vivo em ilhas desertas, de onde, cativo, não vejo uma saída

E com estes meus olhares fui sentindo a vida que procurei
Um ideal de justo, forte e belo colorido, de imagens ousadas
Em minhas fotos procuro essa poética que penso fotografei  
E em meus poemas as imagens, às vezes, não são alcançadas

E sem vislumbrar o que realmente fiz bem e fui
Sem me conseguir olhar no espelho do que passou
Sinto, ás vezes, que o passado se refaz mas logo dilui
E que o futuro do que poderia ter acontecido já passou

Porque venho de um tempo e espaço inexistente
De muitas memórias cedo demais sequestradas
Tive de reinventar-me, às vezes, tenaz e lentamente
E erguer-me do fundo de águas, às vezes, agitadas

Águas de alguns meus naufrágios agora já esquecidos
E de traiçoeiras, embora, às vezes, mansas tempestades
Que abafaram todos os meus interiores gritos e gemidos
Nas ondas de confusas espumas de disfarçadas falsidades

Da vida, só me resta agora ousar querer ainda conseguir
O pulsar final do que for em mim mais forte e verdadeiro
Para resgatar, embora tardiamente, o sonho do adiado devir
Do que nunca antes foi vivido e sentido no total e por inteiro
Fotos e Poema de 
Carlos Morais dos Santos
Cônsul da Assoc. Intern. Poetas Del Mundo



De Carlos Morais dos Santos - Poema "Paisagem quase irreal"




PAISAGEM QUASE IRREAL



Quase manhã clara, paisagem coada
Ainda por um véu de noiva em neblina
O Sol, rompe a virgindade da madrugada 
Despe águas e florestas, rasgando a cortina

Olho, contemplo, abrangendo tudo, e inundo o olhar
Ouço os acordes de aves a romper o silêncio quase absoluto
Já desperto, descanso, acalmo, mas penso que estou a sonhar!
A beleza da placidez bucólica me refaz: Não sofro, não luto!

Horizonte de paisagem quase irreal que enleva e faz meditar
Na força estética da Mátria Terra redentora, divina, magistral
Aqui, estamos envolvidos por um “Shangri-lá” de re-encantar
homens desiludidos, exauridos, já perdido do olhar, já sem ideal

Por isso, as divindades que aqui habitam estas florestas, estas águas
Acendem nos homens a esperança de que há uma eternidade a salvar
Que se mostra nestes momentos que celebram a vida e esquecem mágoas   
Enquanto a nave do tempo percorre o espaço no dorso do vento a navegar

Olho ilhotas, ainda sonolentas, espelhando silhuetas, repousando, serenas,
Renascem para a luz reveladora e se deixam banhar nas águas lustrais
Mirando as florestas que escondem os segredos das montanhas amenas
Que ao som da música do vento eterno se animam de bailarinos pinheirais

Noturno de Chopin, fuga de Bach, Pintura de Monet, que nos sublima,
alvorada cantata de Mozart e hino à alegria de Bethoven que nos sacode
É uma Ode à vida, um deslumbramento que nos convoca, ilumina e ensina
Que convivemos com o divinal, acordando nosso olhar em Castelo de Bode
Fotos e poema de
Carlos Morais dos Santos
Cônsul da Assoc. Intern. Poetas Del Mundo






Impressão do por do sol de Claude Monet (1840-1926)




quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Fundação Luso-Brasileira patrocina Retrospectiva de Vik Muniz, em Lisboa



'Vik’, a maior retrospectiva do artista plástico e fotógrafo brasileiro Vik Muniz é inaugurada no Museu Colecção Berardo no dia 21 de Setembro, onde fica patente até ao dia 31 de Dezembro de 2011.

Vicente José de Oliveira Muniz (n. 1961), mais conhecido por Vik Muniz é um artista plástico brasileiro, radicado em Nova Iorque e em que os seus trabalhos são reconhecidos pela utilização de diferentes materiais.

Vik Muniz fez duas réplicas detalhadas da Mona Lisa de Leonardo da Vinci: uma feita com geleia e outra com manteiga de amendoim. Também trabalhou com açúcar, fios, arame, e xarope de chocolate, com o qual produziu uma recriação da Última Ceia de Leonardo da Vinci.

Mais recentemente foi realizado um documentário sobre o maior aterro sanitário do Rio de Janeiro, o Jardim Gramacho, intitulado “O Lixo Extraordinário”. A ante – estreia do documentário foi apoiada pela Fundação Luso – Brasileira tendo sido a abertura da 2ª edição do FESTin. No Jardim Gramacho, Muniz conhece os catadores do lixo, homens e mulheres qu e separam o lixo que se pode reciclar de todo o restante. Serão eles os protagonistas do seu trabalho e com isso ganharão também uma força e uma dignidade que mostra que a arte tem também um poder transformador.

O Museu Colecção Berardo é um museu de Arte moderna e contemporânea criado como Fundação de Arte Moderna e Contemporânea a 9 de Agosto de 2006 para albergar a denominada Colecção Berardo. Está instalado no Centro de Exposições do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, com um acervo composto por 862 obras, em exposição permanente e exposições temporárias. Foi inaugurado em 25 de Junho de 2007.


Para mais informações:

Mariana Amado de Castro Caldas
Gestora de Projectos
macc@fund-luso-brasileira.orf
Tlf. (+351)213407150

Gonçalo M.Tavares, Pepetela e Ondjaki no maior evento editorial do Brasil, a 15º Bienal do Livro do Rio de Janeiro



Gonçalo M. Tavares aproveita a vinda ao Brasil para lançar dois títulos da série O Bairro – O Senhor Valéry e a Lógica e O Senhor Swedenborg e as Investigações Geométricas – reeditados pela editora Casa da Palavra.



Para aproveitar o bom momento internacional do Brasil, a 15ª Bienal do Livro do Rio de Janeiro, que recebe Gonçalo M. Tavares, Pepetela e Ondjaki entre os autores convidados, decidiu este ano prestar uma homenagem ao próprio país.

O evento editorial começa na quinta-feira e prolonga-se até ao dia 11 de Setembro, com a presença de 150 escritores brasileiros e outros 23 estrangeiros.

«O Brasil passa por um óptimo momento no cenário internacional, tanto economicamente, quanto culturalmente. Com as homenagens agendadas nas feiras de Bogotá e Frankfurt, a Bienal do Livro Rio não poderia ficar de fora e decidiu ter o próprio país como tema de sua 15ª edição», explicam os organizadores.

Com investimento total de 27 milhões de reais (cerca de 11,7 milhões de euros), e expectativa de atrair 600 mil visitantes, a feira já se consagrou como o maior evento editorial brasileiro.

Este ano, a presidente Dilma Rousseff é esperada para a abertura, onde deverá participar numa das mesas de debates, cujo tema é a relação da mulher com o livro.

Entre os escritores esperados estão o português Gonçalo M. Tavares, e os angolanos Onkjaki e Pepetela, todos já editados no mercado brasileiro, que representarão os autores contemporâneos de língua portuguesa fora do Brasil.

Embora os três façam intervenções no próximo domingo, dia 04, cada um deles falará numa mesa distinta, dentro da programação cultural conhecida como 'Café Literário'.

A intenção deste evento é aproximar o público leitor dos seus autores preferidos, com uma conversa intimista sobre um tema determinado, seguido de uma sessão de autógrafos.

No domingo, ao meio-dia, o angolano Ondjaki participa, ao lado da brasileira Andrea del Fuego, da mesa que discutirá a presença da magia na ficção.

Em Seguida, Gonçalo Tavares fará parte do debate 'O autor: entre a busca da expressão justa e a aventura da metáfora'. Ele discutirá o assunto com o belga Michel Laub e a chilena, radicada no Brasil, Carola Saavedra.

Gonçalo também aproveita a vinda ao Brasil para lançar dois títulos da série O Bairro – O Senhor Valéry e a Lógica e O Senhor Swedenborg e as Investigações Geométricas – reeditados pela editora Casa da Palavra.

Já o angolano Pepetela foi o escolhido para falar sobre questões da África e suas relações com o Brasil. Numa mesa intitulada 'África-Brasil: transas literárias, transes existenciais', o africano debaterá com o compositor e escritor Nei Lopes as influências da cultura negra na literatura brasileira.

A homenagem ao Brasil marcará praticamente todos os eventos da feira, que contará com uma série de acções para discutir a realidade do país.

Universidades do Porto e de Lisboa entre as 500 melhores do mundo



As Universidades do Porto (UP) e de Lisboa estão nas 500 melhores do mundo no ‘Academic Ranking of World Universities”.

A lista foi publicada pela Universidade de Shangai Jiao Tong, na China, e revela que a Instituição de ensino do Porto subiu cerca de 100 lugares, ocupando agora o grupo entre as 300 e as 400 melhores do mundo.
Já a Universidade de Lisboa figura no patamar entre as 400 e as 500.


No topo da lista, estão as Universidades de Harvard, Stanford e o Massachusetts Institute of Technology (MIT), todas nos Estados Unidos. O top10 é aliás composto por 8 instituições deste país.

A UP foi fundada em 1911 e é a maior universidade de Portugal, a todos os níveis. Tem mais estudantes, mais faculdades e mais cursos. É ainda reconhecida internacionalmente pela sua investigação.
 

"Muito Giro" - estreou dia 30, no canal Multishow da Globo - diferenças do humor em Portugal e no Brasil

Para descobrir as diferenças que existem entre o humor português e o humor brasileiro, Fernando Caruso atravessa o oceano e vai até Portugal encontrar comediantes locais. Entre uma risada e outra, o humorista conhece a cultura local, viaja pelo país e  apresenta-se a uma plateia.

Tudo isso e muitas outras histórias estão no “Muito Giro”, que estreou dia 30, às 21h30, no canal Multishow. Um trecho do programa já está disponível na página http://multishow.globo.com/Muito-Giro/.

A expressão que dá título ao programa significa “muito bacana” em Portugal. A primeira paragem  é em Lisboa, onde Caruso conhece o humorista Cesar Mourão e seu grupo de teatro, o Comédia à la Carte.

Depois de assistir aos ensaios da faculdade de teatro onde o português estudou, Caruso e Mourão se divertem no palco e arriscam uma encenação. Os dois visitam castelos e pontos turísticos, enquanto o apresentador aprende truques de linguagem usados no humor do país.

“Além de fazer piadas, também falamos sobre elas”, explica Caruso.E o humor toma conta da viagem, até nos assuntos das conversas com os portugueses. “Discutimos sobre comédia e percebi que temos muitas coisas em comum”, revela Caruso.

Durante a estada em Portugal, ele ainda finge cantar um fado quando desafiado pelo humorista Carlos Cunha. “Cantei uma música que o meu pai sempre cantava, mas improvisei com um sotaque português”, brinca.

Durante as suas apresentações em Portugal, Caruso conta que foi muito bem recebido. “O sotaque brasileiro é muito bem visto lá, qualquer rádio toca música brasileira”, diz ele. O apresentador também descobre que a famosa “piada de português” também é comum por lá: eles mesmos brincam com os estereótipos do povo luso.

Além de aprender sobre a nova cultura, Fernando Caruso também se diverte com os colegas humoristas. “Os meus guias eram comediantes e eu nunca sabia se eles estavam realmente falando sério”.
Depois de dar “muito giro” pelo país, Caruso define a viagem como “a mais intensa” de sua vida, confirmando a expressão que dá título ao programa.

“Muito Giro”
Estreou: Terça-feira, dia 30 de agosto, às 21h30, no Multishow
Horários alternativos: quarta-feira, às 14h30; domingo, às 12h30; segunda-feira, às 8h30 e terça-feira, às 15h30

Cinema - Coproduções luso-brasileiras: Ancine prorroga inscrições




Foram prorrogadas até  9 de setembro as inscrições para o edital Brasil-Portugal, promovido pela ANCINE em parceria com o Instituto do Cinema e do Audiovisual – IP (Portugal) para fomentar a realização de parcerias entre produtores dos dois países. Por meio do concurso, a Agência irá investir 300 mil dólares na produção de duas coproduções.


Mais informações no site da Ancine: http://www.ancine.gov.br/



Museu de Língua Portuguesa aproxima-se dos restantes países da CPLP



António Moraes Sartini, Director Executivo do Museu de Língua Portuguesa – MLP - de São Paulo, Brasil, afirmou que “gostaria de ter uma presença muito maior dos demais países de língua portuguesa” junto da instituição que dirige.

Esta afirmação foi proferida após palestra  no Instituto Internacional de Língua Portuguesa, na Praia, Cabo Verde, onde esteve  para dar continuidade a alguns projectos conjuntos que Museu da Língua Portuguesa e Instituto Internacional da Língua Portuguesa/IILP têm em cima da mesa. Entre esses projectos está uma presença mais forte do instituto junto da entidade museológica brasileira, principalmente como “posto avançado” dos demais países lusófonos.

“O ideal seria que cada país apresentasse o seu português específico e isto será possível através de uma parceria com o instituto”, considera, adiantando que esse é um trabalho delicado, que não deverá ser feito pela própria equipa do MLP.

Questionado sobre o sucesso do “seu” museu, algo que se vem verificando ao longo dos seus quase seis anos de existência, refere o dinamismo como uma das principais armas, mas também uma nova abordagem por parte deste espaço em relação àquele que é o seu público.

Com um acervo que não é o típico objecto museológico – a língua -, sublinha que, no fundo, “é igual em tudo a todos os outros museus”, desde a preservação, às exposições ou ao trabalho de pesquisa.

A responsabilidade, essa, tem sido muita, seja recebendo maioritariamente um público jovem – por vezes, na sua primeira visita a um museu -, seja por estar a servir de base para a edificação de outros museus linguísticos a nível internacional.

Num mundo globalizado, a língua torna-se aspecto diferenciador, mas também de aproximação, saindo reforçada como factor de identidade e identificação cultural.

"Travessias: o modernismo luso-brasileiro entre liberdades e interdições" - seminário em São Paulo



O Núcleo de Pesquisa em Comunicação e Censura (NPCC) da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) promove, entre os dias 14 e 16 de setembro, o seminário “Travessias: o modernismo luso-brasileiro entre liberdades e interdições”.

Objectivo: evidenciar e colocar em debate uma nova forma de pensar as relações entre Brasil e Portugal. Para isso, o evento propõe a problematização das identidades nacionais dos dois países  e das produções culturais híbridas, em tempos de regimes autoritários, bem como dos processos de interdição à arte, matizando o ideário de uma tradicional relação entre colonizador e colonizado.
Serão realizadas quatro mesas de debate : “Humor e linguagens atravessadas”, “Diálogos e memórias atravessados”, “Travessias artísticas híbridas” e “Travessias restritivas político-sociais”. Além disso, a programação do evento inclui leituras dramáticas de trechos de peças teatrais censuradas e uma apresentação dos Doutores da Alegria, discutindo a temática do humor.

Entre os palestrantes convidados, estão a Profa. Dra. Heloísa Paulo, da Universidade de Coimbra, e o cartunista e historiador português Osvaldo Macedo de Sousa. Ao longo do evento, os participantes poderão conferir uma exposição com trabalhos de autoria do artista, que abordam a censura em Portugal e no Brasil. Haverá também uma videoconferência com a Profª. Drª. Ana Maria Cabrera, pesquisadora do Centro de Investigação Media e Jornalismo (CIMJ) de Lisboa.

Coordenado pela Prof.ª Dr.ª Maria Cristina Castilho Costa, o evento é apoiado pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), que também concede benefício ao Projeto Temático “Comunicação e Censura: análise teórica e documental de processos censórios a partir do Arquivo Miroel Silveira da Biblioteca da ECA/USP”.

O Arquivo Miroel Silveira, estudado pelo Núcleo de Pesquisa em Comunicação e Censura, contém 6.137 processos de censura prévia teatral emitidos no Estado de São Paulo, entre 1930 e 1970. Em meio a esse acervo, há diversos processos de censura que vinculam autores, artistas e obras teatrais no Brasil e em Portugal. Começava, assim, um intercâmbio através do trânsito de pessoas e das adaptações de textos.


Travessias: o modernismo luso-brasileiro entre liberdades e interdições

Data: 14, 15 e 16/09
Locais: Teatro da USP (abertura): Rua Maria Antonia, 294 – Consolação
Escola de Comunicações e Artes da USP (demais atividades): Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443 – Cidade Universitária
Horário: das 16h às 18h (dia 14/09) e das 10h às 18h (dias 15 e 16/09)

Entrada franca
Inscrições prévias pela internet, no endereço: www.usp.br/npcc/travessias2011/inscricao

Para mais informações: (11) 3091-1607; travessias2011@gmail.com; www.usp.br/npcc/travessias2011

António Zambujo, aclamado músico português iniciou no Rio de Janeiro digressão no Brasil





O músico português António Zambujo regressa ao Brasil para actuar a partir da passada segunda-feira, 29, no Rio de Janeiro, seguindo depois para as cidades de São Paulo e Salvador da Bahia.

No teatro Solar Botafogo, no Rio de Janeiro, onde actuará até quarta-feira, 31, António Zambujo irá passar em revista todo o repertório, desde as raízes alentejanas ao mais recente álbum, "Guia", editado em Abril do ano passado.

Na sala carioca António Zambujo acompanha-se à viola, e partilhará o palco com o contrabaixista Ricardo Cruz que produziu "Guia".

Do Rio de Janeiro, António Zambujo parte para São Paulo para uma série de apresentações, cuja primeira parte será preenchida pelo músico Pedro Jóia e que contará com a participação especial de Ney Matogrosso.

Ao fadista e ao contrabaixista Ricardo Cruz, junta-se no palco paulista Bernardo Couto, na guitarra portuguesa.

António Zambujo apresentará no Sesc Vila Mariana, em São Paulo, nos dias 02, 03 e 04 de Setembro, fados tradicionais que marcaram forte presença nos seus dois primeiros álbuns, "O mesmo fado" e "Por meu cante", e temas de "Guia".

Da capital paulistana, o criador de "Barroco Tropical" voará até Salvador, no Estado da Bahia, onde actua no formato de quinteto no dia 06 de Setembro na praça Teresa Batista.

O álbum "Guia" será a matriz do alinhamento deste espectáculo que junta no mesmo palco António Zambujo, voz e viola, Bernardo Couto, guitarra portuguesa, Ricardo Cruz, contrabaixo, Jon Luz, cavaquinho e viola da terra, e José Miguel Conde, clarinete.

Regressado do Brasil, António Zambujo actuará em Vic, arredores de Barcelona, no Mercat de Musica no dia 15 de Setembro, para estar no dia 24 desse mês na Culturgest, em Lisboa.

Encontro de Museus e Comunidades de Língua Portuguesa reúne especialistas em Lisboa


Especialistas da área da museologia da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vão estar reunidos,  dias 26 e 27 de setembro, no VI Encontro de Museus e Comunidades de Língua Portuguesa no Museu do Oriente, em Lisboa.

Organizado pelo ICOM Portugal, representação nacional deste organismo internacional ligado aos museus, o encontro contará com a participação de especialistas de todos os continentes, dos países da CPLP e também de comunidades lusófonas em Macau e Goa.

De acordo com o ICOM, a conferência de abertura será proferida por Ulpiano Toledo de Meneses, professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências da Universidade de São Paulo, que falará sobre "Língua, Objeto, Museu".