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Boas Vindas a esta comunidade de Culturas e Afetos Lusofonos que já abraça 76 países

MÚSICA DE FUNDO E AUDIÇÃO DE VÍDEOS E AUDIOS PUBLICADOS

NÓS TEMOS TODO O EMPENHO EM MANTER SEMPRE MÚSICA DE FUNDO MUITO SELECIONADA, SUAVE, AGRADÁVEL, MELODIOSA, QUE OUVIDA DIRETAMENTE DO SEU COMPUTADOR QUANDO ABRE UMA POSTAGEM OU OUVIDA ATRAVÉS DE ALTI-FALANTES OU AUSCULTADORES, LHE PROPORCIONA UMA EXPERIÊNCIA MUITO AGRADÁVEL E RELAXANTE QUANDO FAZ A LEITURA DAS NOSSAS PUBLICAÇÕES.

TODAVIA, SEMPRE QUE NAS NOSSAS POSTAGENS ESTIVEREM INCLUÍDOS AUDIOS E VÍDEOS FALADOS E/OU MUSICADOS, RECOMENDAMOS QUE DESLIGUE A MÚSICA AMBIENTE CLICANDO EM CIMA DO BOTÃO DE PARAGEM DA JANELA "MÚSICA - ESPÍRITO DA ARTE", QUE SE ENCONTRA DO LADO DIREITO, LOGO POR BAIXO DA PRIMEIRA CAIXA COM O MAPA DOS PAISES DOS NOSSOS LEITORES AO REDOR DO MUNDO.

sábado, 28 de agosto de 2010

Marcus César Cavalcanti toma posse na Academia Maçônica de Letras


O nosso caro e fraterno amigo e confrade do IHG/RN, jornalista e escritor Marcus César Cavalcanti, diretor da Revista Foco e candidato a uma cadeira na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte pelo Partido Verde (PV) tomou posse na Academia Maçônica de Letras no passado dia 21.
 
Feliz em poder contribuir com a cultura maçônica, o novo imortal escolheu como patrono de sua cadeira o nosso também amigo fraterno, o saudoso intelectual Eufran de Oliveira Souza. O ato foi prestigiado pelos grãos mestres Fernando Antonio Paiva (GOIERN), Luiz Gonzaga de Oliveira (GOB/RN e Luís Carlos Rocha da Silva (GLB/RN).
 
Sobre sua candidatura a deputado estadual, Marcus César, que tem diversos serviços prestados ao RN, disse que almejava apenas trabalhar em prol da sociedade. “Não vislumbro um mandato como o troféu ganho após uma campanha política”, disse. “Sempre trabalhei. Trabalho todos os dias e o meu objetivo é o de servir. Sinto essa vocação, que aliás é essencial para os maçons, por exemplo”, enfatizou o candidato.
 
Consciente
 

“Tenho buscado o voto consciente e minha campanha está calcada em quatro itens principais, que pretendo abordar quando assumir uma cadeira na Assembleia: Meio ambiente, educação, cultura e desenvolvimento econômico e social”, concluiu Marcus César. 
 
Além de Marcos Cavalcanti, os escritores Domilson Damásio e António Teixeira também foram eleitos como Acadêmicos da Academia Maçônica de Letras.
 
Como amigo fraterno, confrade do IHG/RN, como colega de labor literário  e, ainda, como membro que somos da congénere lusitana Academia Portuguesa de Letras, Artes e Ciências Maçônicas, desejamos ao novo Acadêmico da Academia Maçônica de Letras, as maiores venturas e alegrias no seu novo labor acadêmico, estando certos de que as suas qualidades de inteligência e de homem de cultura, de humanista, muito contribuirão para o prestígio das letras maçônicas no Rio Grande do Norte.
 
Carlos Morais dos Santos
Cônsul (Lisboa) do M.I. Poetas Del Mundo
Escritor, poeta, fotógrafo
Membro da Soc. de Geografia de Portugal
Membro do IHG/RN
Membro da Academia Portuguesa de Letras, Artes e Ciências Maç:.
 


Matéria respigada, com a devida vénia, do
www.ecoimprensanatal.blogspot.com

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

História do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves

Com a transferência da Família Real portuguesa e da Corte para o Brasil, em consequência das invasões francesas em Portugal, o príncipe regente, futuro El-Rei Dom João VI, eleva a colónia do Brasil à condição de reino dentro do Império Português, que assumiria a designação oficial de Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves a partir de 16 de dezembro de 1815.

O Reino Unido teve apenas dois reis. No entanto, o título Príncipe do Brasil já era utilizado pelos herdeiros da Corôa Portuguesa desde 1634. O reino foi elevado à categoria de Império por Dom João VI, aquando da independência brasileira.

D. João VI

O príncipe regente e futuro rei D. João VI, durante o período final do reinado de sua mãe, D. Maria I, elevou em 1815 o Brasil da condição de vice-reinado colonial à de reino autónomo, intitulando-se desde então pela Graça de Deus Príncipe-Regente de Portugal, Brasil e Algarves, daquém e dalém-mar em África, senhor da Guiné, e da Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia. O título oficial anterior era o mesmo, apenas não incluindo a palavra "Brasil".

Posteriormente, durante o Congresso de Viena em 1815, como consequência do estabelecimento da Casa de Bragança e da capital do Império Português no Rio de Janeiro, no ano de 1808, durante as guerras napoleónicas, D. João VI estabeleceu a nova designação de Reino Unido para as suas coroas, em regime jurídico similar ao do actual Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda ou do extinto Império Austro-Húngaro.
Em 1816, D. João VI iniciou hostilidades no sentido Banda Oriental, atacando contra José Artigas, dirigente máximo da Revolução Oriental. Os domínios portugueses da época ficaram a partir de então oficialmente designados como Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, e D. João passou a ostentar o título de Príncipe Real do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, sendo príncipe e posteriormente rei das três coroas unidas, entre as quais, aquela onde residia, como Rei do Brasil.

Aclamação de Dom João VI, no Rio de Janeiro - Gravura de Debret
 
Após a morte de sua mãe, considerada a primeira rainha do Reino Unido de Portugal, Brasil, e Algarves, D. João foi aclamado na corte do Rio de Janeiro como sucessor real. D. Maria I permanecera com o título por apenas um ano.
O Príncipe D. Pedro de Alcântara, último herdeiro da Coroa portuguesa a ostentar o título de Príncipe do Brasil, não chegou a ser rei do Reino Unido de Portugal, Brasil, e Algarves, pois autoproclamou-se Imperador do Brasil quando declarou sua Independência. Só depois da morte de seu pai, D. Pedro I do Brasil foi considerado rei de Portugal como D. Pedro IV de Portugal. Chegou a receber, contudo, o título de Príncipe Real do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

Em termos de dimensão territorial, o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves foi um dos Estados mais vastos do Mundo. O seu território, além de incluir Portugal e o Brasil, incluía, ainda os domínios ultramarinos portugueses, espalhando-se pelos cinco continentes habitados da Terra.
Na Europa, o Reino Unido incluía Portugal Continental, os Açores e o Arquipélago da Madeira.
Na América, incluía o território atual do Brasil (excepto o Acre e os territórios recebidos do Paraguai em 1872), o actual Uruguai (como província Cisplatina) e a Guiana Francesa.
Em África, incluía Cabo Verde, a atual Guiné-Bissau, Ziguinchor e Casamansa, São Tomé e Príncipe, São João Baptista de Ajudá, Cabinda, Angola, Moçambique e parte do actual Zimbabué.
Na Ásia, incluía Goa, Damão, Diu e Macau, além de reivindicações sobre Malaca e Ceilão (atual Sri Lanka). Na Oceania, incluía Timor Oriental, Solor, Flores e reivindicações sobre as costas ocidentais da actual Papua-Nova Guiné e sobre as ilhas Molucas, hoje na Indonésia.

Programa selecciona projectos para cooperação com Portugal

Foi lançado nesta quinta-feira, 26, o novo programa de cooperação internacional Capes/IGC. A iniciativa seleCciona projeCtos conjuntos de pesquisa entre instituições de ensino superior do Brasil e o Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), de Portugal, com vistas à formação de recursos humanos de alto nível nos dois países. As inscrições vão até o dia 11 de outubro.

Os projetos seleccionados devem ser das áreas de ciências biológicas, saúde e engenharias, nas especialidades mecânica, transporte e logística, aeronáutica espacial. A duração das actividades será de dois anos, prorrogável por mais um. As propostas devem estar vinculadas a um programa de pós-graduação avaliado pela Capes, preferencialmente com conceitos 5, 6 ou 7 e serem apresentadas por coordenador de equipa, detentor do título de doutor obtido há pelo menos 5 (cinco) anos.
 
Entre os benefícios para os participantes do intercâmbio científico estão previstos passagens aéreas internacionais, diárias para pesquisadores e bolsas para brasileiros em missão de estudos em Portugal.

As inscrições são gratuitas e feitas exclusivamente pela internet mediante o preenchimento do formulário de inscrição. Para dúvidas e solicitações referentes ao formulário electrónico, utilize o email bexeletronico.cgci@capes.gov.br, assim como o telefone (61) 2022-6160.

33º INTERCOM, Rio Grande do Sul - Congresso Brasileiro recebe PortoCartoon

"Comunicação e Tecnologias no Humor Luso-Brasileiro” é o tema da exposição do PortoCartoon que vai animar o XXXIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, na Universidade de Caxias do Sul (perto de Porto Alegre), de 2 até 6 de Setembro.

A mostra do Museu Nacional da Imprensa é composta por meia centena de desenhos de artistas brasileiros e portugueses. Alguns dos desenhos foram premiados em diversas edições do PortoCartoon-World Festival, reconhecido como um dos três principais certames mundiais de humor gráfico.

Para o Museu Nacional da Imprensa, a presença desta exposição no 33º Congresso Brasileiro da Comunicação constitui mais uma ponte entre culturas, países e regiões, no quadro da internacionalização do PortoCartoon-World Festival.
 
Neste momento, outra mostra do PortoCartoon está patente em S. Paulo, no 37º Salão Internacional de Humor de Piracicaba, sobre o tema das “Crises”.
O 33º congresso da INTERCOM, associação brasileira de pesquisadores da Comunicação, reúne milhares de participantes, sendo a mais importante iniciativa do sector na América Latina.

"A Missão Portuguesa - Rotas Entrecruzadas"

Pelo seu interesse para a história da plêiade de intelectuais portugueses que se refugiaram no Brasil no século XX, reproduzimos aqui, com a devida vénia, trechos de um nota de Renata Saraiva sobre o tema, em que se faz resenha do livro "A Missão Portuguesa - Rotas Cruzadas".

"Sou mais um português à procura de coisa melhor." Não fossem de autoria de um lisboeta que se exilou no Brasil há meio século por causa de Salazar, essas palavras logo seriam interpretadas como forma poética de exprimir uma falha na auto-estima do povo lusitano.

Ao se definir dessa forma, porém, o poeta e pintor Fernando Lemos acabou expressando um sentimento comum a um bocado de portugueses que, ao deixarem a antiga metrópole por causa de regimes ditatoriais do século XX, ajudaram a fazer as terras que, já se sabia no além-mar, há muito tinham deixado de ser colónia.

Lemos fez parte de um grupo de intelectuais portugueses que nunca se intitulou de "grupo". Mas que, agora, com o lançamento de "A Missão Portuguesa - Rotas Entrecruzadas" (Organização de Rui Moreira Leite e Fernando Lemos, Edusc e Editora da Unesp, 235 págs., R$ 59), tem seu legado para a cultura brasileira revisto e classificado sob o conceito de "missão", termo aplicado tradicionalmente aos professores franceses que formaram a Universidade de São Paulo (USP) e aqui empregado por António Cândido para se referir também aos portugueses.

O livro conta com 26 artigos e 28 colaboradores, incluídos os organizadores, e discorre sobre 19 personalidades como Carlos Araújo, Eduardo Lourenço, Eudoro de Souza, Jorge de Sena, Vítor Ramos, Manuel Rodrigues Lapa, Fidelino de Figueiredo, Joaquim Barradas de Carvalho e outros.

A história começa antes mesmo dos anos salazaristas, quando Sarmento Pimentel, após participar do contragolpe à ditadura de Gomes de Costa, em 1927, decidiu exilar-se no Brasil. Por aqui, tornou-se presidente do Centro Republicano Português e colaborador do jornal "Portugal Democrático (PD)", o qual, entre 1956 e 1974, foi a via de expressão dos antifascistas portugueses.

Entre os colaboradores, estavam escritores, poetas, críticos e ensaístas, como Adolfo Casais Monteiro, Agostinho da Silva, Castro Soromenho, Jorge de Sena e o próprio Fernando Lemos, todos perfilados no livro.

"A questão política foi realmente relevante para essas personalidades. Em última instância, a única coisa que havia de comum em todos nós era o antisalazarismo", relembra Fernando Lemos.

Num tempo em que a grande imprensa brasileira não compreendia o significado das ditaduras europeias, "Portugal Democrático" tinha um papel didáctico (...)

Se nas páginas do Portugal Democrático se estampavam as insatisfações políticas contra Salazar, nos circuitos culturais e académicos brasileiros, os "missionários" de Portugal deixavam grandes contribuições. Em 1954, durante as comemorações do IV Centenário de São Paulo, lá estavam eles, antecipando as festividades, que devem se repetir em 2004, com o aniversário de 450 anos da cidade. (...)


Jaime Cortesão - um dos mais notáveis intelectuais portugueses que viveram exilados no Brasil

Um imenso painel de Lemos foi exibido no hall da Exposição de história de São Paulo, organizada pelo historiador Jaime Cortesão, o mais militante dos "missionários", tendo se exilado, antes do Brasil, na Espanha e na França.

Além de referência política para os demais do grupo, Cortesão encontrou espaço, no Brasil, para escrever alguns dos trabalhos fundamentais da historiografia portuguesa moderna. Obteve apoio governamental para desenvolver uma pesquisa fortemente baseada nos dados científicos relativos à navegação e, especialmente, na evolução do conhecimento geográfico e cartográfico.

Assim, a primeira parte do livro é exclusivamente dedicada a alguns eventos académicos em que, além de discussões sobre crítica literária, historiografia e outros assuntos, havia embates políticos implícitos. (...)

Enquanto no âmbito colectivo reinava a insatisfação política, a expressão artística cuidava de dar seu recado sobre a experiência do exílio, como se vê na obra de Carlos Maria de Araújo, considerado um "poeta do exílio" do grupo. Também Fernando Lemos teve sua obra poética interpretada como uma expressão do emigrado, principalmente no poema A linguagem é apenas um processo, que diz: "Entrando mal dentro de um/ quadro, por exemplo, a gente pode cair num abismo/ alheio que/ não foi feito para as nossas quedas". "Nunca guardei um saudosismo de Portugal, embora tenha tido sempre presente o facto de ser um estrangeiro. E ser um estrangeiro português é diferente", diz Lemos.

Como Cortesão, a maior parte dos integrantes da missão portuguesa era formada por homens de letras - ensaístas e ficcionistas - que encontraram espaço para trabalhar nas universidades brasileiras. "Por meio dos colegas é que me tornei professor de Artes da Faculdade de Arquitectura e Urbanismo da USP, assim como de outras faculdades", lembra Lemos. "A universidade era o espaço que tínhamos para dialogar com a sociedade brasileira."

Literatura de Cordel – uma tradição portuguesa no Brasil

“A presença da literatura de cordel no Nordeste tem raízes lusitanas; veio-nos com o ramanceiro penisular, e possivelmente começam estes romances a ser divulgados, entre nós, já no século XVI, ou o mais tardar, no XVII.” – escreve o Professor Gilfrancisco em detalhado artigo sobre as origens desta tradição.

O primeiro estudioso brasileiro a indicar essas fontes para as narrativas em verso e registo de fatos memoráveis em folhetos, foi Luis da Câmara Cascudo (1898-1986), autor de uma obra fundamental para os estudos etnográficos e antropológicos no Brasil.
 
Literatura de Cordel, denominação dada em Portugal e difundida no Brasil, é poesia popular, história contada em versos, em estrofes a rimar, escrita em papel comum feita para ler ou cantar. A capa do folheto é em xilogravura, trabalho artesão que esculpe em madeira um desenho preparando a matriz para reprodução.

Jornalistas do espaço lusófono querem maior facilidade de circulação

Jornalistas dos países da comunidade de língua portuguesa solicitaram, em encontro realizado em São Paulo, Brasil, maior facilidade de circulação no espaço lusófono.

A reivindicação foi feita à margem da 21ª Bienal do Livro de São Paulo, em encontro que reuniu homens da cultura e das letras dos oito Estados membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa.

As delegações de associações de jornalistas de Angola, Brasil, Portugal, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Moçambique, Cabo Verde e Macau passaram em revista as actividades da Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa (FJLP) constituída a 7 de Dezembro de 2009, em Lisboa, Portugal, e cuja presidência está a cargo da Associação dos Jornalistas Económicos de Angola (AJECO).

No encontro, que também abordou o quadro legal da comunicação social nos oito, foi, igualmente, analisado o programa do primeiro aniversário e a realização da Assembleia Geral Ordinária da FJLP, que terá lugar em Angola, em Dezembro, e a problemática de um Prémio de Jornalismo de Língua Portuguesa.

Os participantes saudaram, igualmente, a decisão dos governos de Portugal e do Brasil de criarem um canal internacional de televisão de língua portuguesa, uma inicisativa aberta aos outros países lusófonos. “Se se concretizar, será, de facto, um espaço para maior conhecimento das realidades socioeconómicas dos referidos países e povos”, defenderam.

A legalização da Federação dos Jornalistas de Língua Portuguesa é um dos maiores desafios da actual presidência para se poder solicitar a admissão a membro observador da Comunidade dos Países de Língua portuguesa.

OS PORTUGUESES, de Ana Silvia Scott

Os portugueses, esses desconhecidos. Desconhecidos? Sim, pois quem acredita que conhece os portugueses porque tem como vizinho o "português da padaria", come bacalhau e doces muito açucarados e leu trechos de Camões no colégio, na realidade, não os conhece.

Sua cultura é sofisticada, a literatura tem nomes como Fernando Pessoa e Saramago e, pasmem, nem todos eles se chamam Manoel, Joaquim ou Maria. Neste livro vamos conhecer a riqueza e as contradições dessa pequena nação que já foi o maior império do mundo e desse povo que teve seu apogeu, um longo declínio e agora ressurge com força no mapa do mundo.

Trata-se de um povo muito especial. Cinco séculos após ter conectado o Velho Mundo ao Novo, por meio das Descobertas, dá por encerrado o ciclo e volta-se para a Europa como opção preferencial, sem voltar costas a África nem ao Brasil, bem pelo contrário.

Para conhecer melhor os Portugueses, este livro da editora Contexto é certamente um contributo importante.

Autora: Ana Silvia Scott
Assunto: HISTÓRIA, INTERESSE GERAL
Editora- ContextoColecção: POVOS E CIVILIZAÇÕES

"Brumas da Ilha" relata chegada dos colonos açorianos ao Brasil

Teve lugar hoje, sexta-feira, dia 28 de Agosto (27/08), às 19 horas, na livraria Saraiva do Centro Comercial Iguatemi em Florianópolis, capital de Santa Catarina, o lançamento do livro "Brumas da Ilha", de Bianca Furtado.

O livro - um dos projectos contemplados pelo edital Elizabete Anderle, da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) - retrata a chegada dos colonos açorianos à Ilha de Nossa Senhora do Desterro, o sul do Brasil, entre 1745 e 1750, numa época em que as mulheres intuitivas eram consideradas bruxas.

A autora é formada em letras pela Universidade Federal de Santa Catarina. Nasceu em Florianópolis e cresceu ouvindo as lendas e contos locais. “O meu objectivo ao escrever este livro não foi apenas contar a história da actual capital catarinense, e sim contextualizar a época retratada. Realizei uma pesquisa elaborada entre 2004 e 2009”, explica a autora.

Universidade de Coimbra recebe alunos brasileiros

A Universidade de Coimbra, em Portugal, receberá dez alunos da PUCRS - Universidade Pontifícia Católica do Rio Grande do Sul (Porto Alegre), nos cursos de Biologia, Química, Física, Matemática e Letras por meio do Programa de Licenciaturas Internacionais.

Os estudantes universitários brasileiros irão frequentar cursos das suas áreas na instituição portuguesa durante os anos lectivos de 2010-2011 e 2011-2012. Trata-se de uma iniciativa conjunta da Capes, Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras, no qual a Instituição participa, e Universidade de Coimbra.

Unidade da Beneficência Portuguesa de São Paulo inaugura Centro de Quimioterapia


A Unidade Hospital São Joaquim, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, inaugura seu Centro de Quimioterapia com capacidade de atendimento para até 360 sessões/mês destinada a pacientes com seguros de saúde e particulares.

O novo Centro de Quimioterapia faz parte do projecto de modernização das instalações previstos no Plano Director da Beneficência Portuguesa. Até 2015, cerca de R$ 160 milhões devem ser investidos na modernização de diversas áreas da Unidade Hospital São Joaquim.

Com uma estrutura diferenciada, o centro tem como objectivo minimizar o desconforto dos pacientes, além de proporcionar atendimento ao cliente ambulatorial - o serviço também está capacitado para aplicar quimioterapia em pacientes internados no Complexo Hospitalar.

Universidade Luso-Afro-Brasileira terá apoio da ONU


Brasília, Palácio do Itamaraty - Presidente Lula da Silva assina decreto que cria a UNILAB.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, participa na implantação da Universidade Luso-Afro-Brasileira, que será aberta no nordeste do Brasil.

A Unilab, como será chamada, é parte das iniciativas do governo brasileiro para apoiar a promoção da língua portuguesa no mundo. Metade das 5 mil vagas da Unilab será reservada para estudantes dos países lusófonos da África e Timor-Leste.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Cinema: retrospectiva integral do realizador (Director) português Pedro Costa no Brasil

Ossos (fotograma). Pedro Costa, 1997


A obra do realizador português Pedro Costa (n. 1959), apresentado como "o maior realizador do novo cinema português", vai ser mostrada ao público brasileiro em São Paulo (1 a 15 de Setembro), Rio de Janeiro (11 a 23 de Setembro) e Brasília (14 a 26 de Setembro), com o apoio do Instituto Camões (IC).

A retrospectiva integral, com os 10 filmes do cineasta português (sete longas metragens e três curtas-metragens, em mais de 20 anos de produção), terá lugar no Centro Cultural do Banco do Brasil, uma instituição de referência ligada às artes no Brasil, com pólos nas três cidades.

Retrospectivas da obra de Pedro Costa tiveram recentemente lugar na Tate Gallery (em 2009), em Londres, e na Cinemateca Francesa, em Janeiro passado, e o autor é estudado nas universidades norte-americanas.

A restrospectiva sobre Pedro Costa - que se deslocará a São Paulo para participar num debate sobre a sua obra e apresentar uma instalação na 29ª Bienal de São Paulo, cuja lista de artistas integra - compreende ainda a rubrica ‘Carta Branca’, com quatro filmes escolhidos pelo próprio cineasta e que influenciaram sua obra - Gente da Sicília, de Straub e Huillet, Beauty #2, de Andy Warhol, Número Zero, de Jean Eustache, e Trás-os-Montes, de António Reis e Margarida Cordeiro, dois cineastas portugueses com quem partilha uma espécie de ‘antropologia visual’, no dizer dos artigos da Wikipédia.

A curadoria da mostra está a cargo de Daniel Ribeiro Duarte, realizador de cinema, que desenvolve um projecto de doutoramento na Universidade Nova de Lisboa com o tema Comunidade e contemporaneidade no cinema de Pedro Costa. Foi responsável pela primeira retrospectiva de Pedro Costa no Brasil no forumdoc.bh.2007.

Pedro Costa, segundo os organizadores da mostra, construiu "uma das mais sólidas e enigmáticas carreiras do cinema contemporâneo. Sua obra resiste a qualquer tipo de classificação. Com uma dedicação inédita, Costa aborda temas como a migração, a pobreza e a globalização filmando a vida dos imigrantes pobres que vivem nos chamados ‘bairros de lata’ de Lisboa, muitos deles imigrados de Cabo Verde. Mas o seu trabalho transcende pela beleza descomunal dos seus planos, a precisão da montagem e a intimidade sem precedente dos retratos apresentados".

Historiando a evolução da obra de Pedro Costa, os organizadores da mostra de São Paulo dizem que depois de Ossos (1997), "seu ultimo filme com grande estrutura de produção, o cineasta se decepcionou com toda a maquinaria do cinema" e, a partir de No quarto da Vanda (2000), "recusa o sistema tradicional de produção", passando a filmar com amigos e actores não-profissionais. "Como resultado, seus filmes tensionam e destroem, a cada plano, a divisão entres os territórios da ficção e do documentário", sublinham.

Também "o uso que o cineasta faz de câmaras digitais portáteis para um discurso tão elaborado faz de seus filmes uma espécie de manifesto do cinema moderno e contemporâneo, prova de que o cinema ainda pode ser livre e comprometido, político e poético, ético e estético".
Para mais Informações:
Instituto Camões/Brasília

Homenagem a António Telmo, filósofo português que foi professor universitário em Brasília

O filósofo António Telmo, falecido no passado sábado, será homenageado dia 16 de Setembro, na Biblioteca Nacional, com a apresentação de uma obra sobre o seu pensamento, anunciou o grupo editorial Babel. Nesta sessão, a partir das 18 horas, será apresentada a obra O Portugal de António Telmo, organizada por Rodrigo Sobral Cunha, Renato Epifânio e Pedro Sinde, "um livro de homenagem, que o autor teve ainda a oportunidade de contemplar", segundo uma nota do grupo Babel. Participam na sessão Pedro Sinde, Rodrigo Cunha e ainda o escritor Miguel Real e o filósofo Pinharanda Gomes.

O Portugal de António Telmo inclui textos inéditos do filósofo, dois dos quais fac-similados, fotografias, e testemunhos de outros autores como Orlando Vitorino, num total de 356 páginas.

António Telmo Carvalho Vitorino, nascido a 2 de Maio de 1927, em Almeida (Guarda) integrou aos 23 anos o grupo Filosofia Portuguesa depois de ter tido contacto com José Marinho (1904-1975) e Álvaro Ribeiro (1905-1981).
A convite de Agostinho da Silva (1906-1994) e de Eudoro de Sousa (1911-1987), foi professor de Literatura Portuguesa durante três anos, na Universidade de Brasília. Leccionou ainda em Granada e, de regresso a Portugal, foi director da Biblioteca de Sesimbra, onde residira, e posteriormente radicou-se em Estremoz, onde foi professor de Português.

António Telmo foi autor de vários títulos, entre os quais Arte Poética (1963), Gramática secreta da língua portuguesa (1981), Desembarque dos Maniqueus na Ilha de Camões (1982), O BateleurO Mistério de Portugal na História e n'Os Lusíadas, (1992), (2004), Viagem a Granada (2005) e Contos Secretos (2007).

No próximo número da revista Nova Águia, de que era colaborador, será publicado o artigo O estilo da Renascença Portuguesa, que escreveu em 1955. "Um dos mais originais filósofos do nosso tempo e um dos maiores escritores portugueses, conjugou tradições como a filosofia aristotélica e a filosofia hebraica, a língua portuguesa e o pensamento poético, a noção de firmamento e o culto dos heróis", segundo nota da Babel.

"A sua obra propõe uma nova visão da História de Portugal, ligada à Ordem do Templo e à Ordem de Cristo, aliando a interpretação do Mosteiro dos Jerónimos a uma nova leitura do pensamento de Luís de Camões (em diálogo único com Fiama Hasse Pais Brandão)", lê-se na mesma nota.

Brasil redescobre universo poético de Fernando Pessoa

O universo fragmentado, intelectual e filosófico de Fernando Pessoa retorna ao Brasil pelas mãos de uma exposição interactiva que abriu ontem as suas portas ao público, no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, com a intenção de render uma homenagem ao povo que, seduzido pela mensagem do poeta português, juntou música a seus versos.

O embaixador de Portugal no Brasil, João Salgueiro, e o conselheiro cultural, Adriano Jordão, estão entre as personalidades convidadas para as cerimónias que assinalam a abertura do evento.

A mostra, intitulada "Fernando Pessoa, plural como o universo" percorre o mundo criativo do poeta e começa com a apresentação de alguns dos heterónimos mais célebres dos quais Pesoa se valeu para a sua produção literária como Ricardo Reis, Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Bernardo Soares.

A exposição, que procura aproximar a complexidade literária e filosófica de Pessoa de um público que não conhece a sua obra, compreende imagens da Lisboa, uma cronologia sobre a sua vida, artigos que escreveu para revistas e cópias de cartas ao único amor do escritor de que se tem conhecimento, Ophelia Queiroz.

Também é possível ler e escutar alguns dos poemas mais conhecidos de Fernando Antonio Nogueira Pessoa (1888-1935).

Além disso, a mostra contém uma reprodução virtual e interativa da primeira edição de sua obra "Mensagem", a única que o escritor publicou em vida.

O professor e escritor brasileiro Carlos Felipe Moisés, curador da mostra, afirma que outra das pretensões da exposição é que o visitante "faça uma reflexão sobre a multiplicidade" que existe em todos os seres humanos.

Moisés considera que uma das chaves da exposição é fazer com que o visitante se sinta "intrigado" pelo trabalho de Pessoa e pela "imaginação impregnada de raciocínio" que percorre sua obra. "Lemos Pessoa por assim dizer contemporâneo, revelando o mundo como se estivesse vivo e falando conosco. Pessoa alimenta nossa consciência crítica e nossa imaginação", concluiu.

Depois de São Paulo, a exposição segue para o Rio, em março de 2011.

VIII Congresso Luso-Brasileiro de História da Educação

Decorre até dia 25 de Agosto, em São Luís, na Universidade Federal do Maranhão, o VIII Congresso Luso-Brasileiro de História da Educação.

Desde 1996, sempre alternando entre uma cidade do Brasil e uma cidade de Portugal a cada dois anos, o VIII Congresso Luso-Brasileiro de História da Educação faz parte de uma iniciativa de pesquisadores de instituições de ambos os países para debater assuntos ligados a essa área. O “Infância, Juventude e Relações de Gênero na História da Educação”é o tema geral do encontro, este ano.

“O objetivo de trazermos esse encontro para o Maranhão é consolidar as pesquisas que estão sendo realizadas em História da Educação na UFMA e despertar o interesse dos graduandos pelo Mestrado em Educação da Universidade” - disse César Augusto Castro, director do Centro de Ciências Sociais da Universidade Federal do Maranhão e membro da comissão organizadora.

O congresso está dividido em oito eixos temáticos: Infância, Juventude e Família; Género, Geração e Etnia; Produção de saberes e sujeitos da educação; Formação, Identidades e profissão docente; Políticas Educacionais, Movimentos Sociais e Cidadania; Práticas pedagógicas, quotidiano escolar e cultura material; Instâncias de socialização da infância e da juventude; Historiografia e Ensino de História da Educação.

Inscreveram-se para cima de 1.400 pessoas e serão apresentados 890 trabalhos .

O Congresso conta, da parte brasileira, com a participação da Universidade Federal do Maranhão - UFMA e da FAPEMA (Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão)” e o apoio científico do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Da parte portuguesa, o apoio veio da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED) e Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação Seção de História da Educação (SPCE),

Livro sobre 1º Encontro de Escritores da Língua Portuguesa de Natal (EELP)

O 1º Encontro de Escritores da Língua Portuguesa de Natal (EELP), realizado de 28 a 30 de abril de 2010 no Teatro Alberto Maranhão (TAM) , movimentou toda a cena cultural da cidade, reunindo grandes nomes da literatura lusófona da África, Ásia e Europa.

Quem se interessar pelo tema, pode agora conhecer e guardar o conteúdo dos debates e palestras então realizadas . Na passada noite de segunda-feira (23), a Prefeitura do Natal lançou os anais do 1º EELP.

Com o título “Lusofonia – pela união da língua portuguesa – Anais do I Encontro de Escritores da Língua Portuguesa de Natal”, o documento foi lançado na Galeria Newton Navarro, da Fundação Cultural Capitania das Artes (Funcarte), numa solenidade inserida na II Semana de Expressões Populares, que prossegue até ao dia 29 deste mês.

Parte do acervo do Real Gabinete Português já está na web

Na estreita rua Luís de Camões, no Rio de Janeiro, fica um prédio histórico que por vezes é confundido com uma igreja. Há quem se benza diante das cruzes que ornamentam a fachada, sem perceber que a liturgia ali está ligada à literatura, e não a uma religião.
 
Inaugurado pela Princesa Isabel, o prédio de estilo neomanuelino, em pedra lavrada, no centro do Rio, abriga o Real Gabinete Português de Leitura desde 1887, quando português se grafava com "z". Sem dúvida, vale a visita. Mas de longe também se pode conhecer uma parte especial de seu acervo, único no País.

Na página da instituição na internet (http://www.realgabinete.com.br/) estão disponíveis obras raríssimas, datadas na sua maioria do século 19, devidamente digitalizadas. Curiosos e amantes de literatura e da língua portuguesa se deliciam com os manuscritos do romancista Camilo Castelo Branco de seu livro mais conhecido, "Amor de Perdição" (1862) e do "Dicionário da Língua Tupy", de Gonçalves Dias (1858). Uma boa amostragem da correspondência pessoal de Castelo Branco também foi para a rede.

Estudiosos de áreas diversas têm acesso fácil a documentos mandados da colónia a D. João VI em 1817, cartas régias assinadas pelo Marquês de Pombal, do século anterior, textos de autoria de Padre Antonio Vieira (não se sabe se grafado por ele ou por copistas), diplomas, ofícios, decretos, aquarelas, desenhos a bico de pena, além de actas de reuniões do Real Gabinete. As homenagens, no Brasil, por ocasião do tricentenário da morte de Camões, em 1880, foram assunto de uma série de cartas.

São mais de 1.500 itens já contemplados. Com um zoom, mais do que observar a grafia e o léxico de tempos idos, é possível chegar aos detalhes de todos esses papéis, ver as ranhuras, as marcas do tempo. Foi para tentar diminuir esse impacto do passar dos anos que o projecto foi criado.

"Queremos resguardar obras e manuscritos mais raros. Até meses atrás, se passasse na nossa avaliação, a pessoa poderia pegar com as próprias mãos documentos de 200 anos", conta o presidente do Real Gabinete, o economista português Antonio Gomes da Costa, 59 dos 76 anos no Brasil - está na função há 18.

O trabalho ainda está em andamento: falta digitalizar, por exemplo, as Ordenações de D. Manuel, de 1521, e os Capitolos de Cortes e Leys Que Sobre Alguns Delles Fizeram, de 1539. Para conseguir dar conta da digitalização, o Real Gabinete conseguiu 40 mil euros da fundação portuguesa Calouste Gulbenkian.

O interior do Real Gabinete é tão belo que atrai directores de novela, clipes de música, filmes. Muitos querem o local como locação - e são bem-vindos, já que os aluguéis ajudam na manutenção.

Bethânia presta homenagem à Língua Portuguesa no Teatro Fashion Mall do Rio, em Setembro

Vem de muito tempo a ligação de Maria Bethânia com as palavras. Desde o colégio em Santo Amaro, quando seu professor Nestor Oliveira a ensinou, assim como a seu irmão Caetano Veloso, a ouvir poesia. Esta paixão pelas palavras ela levou para os palcos, nos textos que sempre recitou em seus espectáculos – desde o famoso show de estréia no Teatro Opinião, em 1965.

E é esta relação com as palavras que Bethânia vai mostrar durante duas semanas no Teatro Fashion Mall (dias 03, 04 e 05 e 10, 11 e 12 de setembro, de sexta a domingo) com leitura de poemas e textos escolhidos por ela, com os quais tem intimidade e que foram importantes para sua vida. Neste projecto, contou com a colaboração de Hermano Vianna e Elias Andreatto. Mesclando leitura e música, com canções pouco usuais em seu reportório, será acompanhada pelo violonista Luiz Brasil e pelo percussionista Carlos Cesar.

O projecto começou em Minas, no ano passado, quando Bethânia foi convidada pela Universidade Fedral de Minas Gerais -UFMG para participar do ciclo de conferências Sentimentos do Mundo. Logo em seguida realizou outras leituras na Casa do Saber/RJ, PUC/RJ, no Itamaraty/Brasília (para o Encontro Mundial dos Países de Língua Portuguesa) e, mais recentemente, na Casa Fernando Pessoa, em Portugal, como gesto de retribuição pela Ordem do Desassossego que recebeu juntamente com a imortal Cleonice Berardinelli por ser, no Brasil, uma das maiores divulgadoras do legado de Fernando Pessoa.

Agora, pela primeira vez em teatro, Bethânia lerá poetas e escritores de todas as gerações: Guimarães Rosa, Manuel Bandeira, Cecília Meireles, Ramos Rosa, Sophia de Mello Breyner Andersen, o moçambicano José Craveirinha, Padre António Vieira, Caetano Veloso, Fausto Fawcet, Ferreira Gullar, entre muitos outros, entremeados por trechos de conhecidas canções brasileiras e portuguesas como ABC do Sertão (Luiz Gonzaga), Romaria (Renato Teixeira), Último Pau de Arara (J. Guimarães/Venâncio/Corumbá), Estranha Forma De Vida (Amália Rodrigues), Marinheiro Só (domínio público/adaptação Caetano Veloso), Dança da Solidão (Paulinho da Viola) e Menino de Jaçanã (Luis Vieira/Arnaldo Passos).

Maria Bethânia reconhece que dizer poesia, hoje em dia, “neste mundo de corre-corre”, é “um desafio”, mas também, “uma ideia que comove e atrai”. E Fernando Pessoa, o poeta da sua vida, não fica de fora. “É a minha tradução mais fiel”, afirma, acrescentando: “Suporta minha respiração, minha cadência e o ritmo desassossegado do meu coração”. O poeta é lembrado com pungentes poemas, como o Poema do Menino Jesus, de Alberto Caieiro, popularizado pela intérprete a partir do show Rosa dos Ventos; e Ultimatum, de Álvaro de Campos, que soa impressionantemente actual desde sua leitura no show Dentro do Mar tem Rio.

Grupo brasileiro Sertanília apresenta-se em Portugal (Coimbra e Lisboa)

Tempo de Sereno é o título do concerto a ser apresentado pelo grupo musical brasileiro Sertanília, em Portugal, com apoio financeiro do Ministério da Cultura do Brasil, apoio cultural da Universidade de Coimbra e participação especial da escritora brasileira Simone Guerreiro que está a realizar residência artística em Coimbra – Portugal, pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia.

O evento terá lugar dia 2 de Setembro de 2010, na Fnac – Coimbra e a banda também se apresenta na Fnac Lisboa no dia 04/10. Além da canção autoral que dá nome ao concerto, do compositor e diretor musical Anderson Cunha, o grupo apresentará canções de compositores brasileiros que têm como tema o sertão, entre eles, Luiz Gonzaga, Gilberto Gil, Elomar Figueira Mello e Lenine.

No repertório do espetáculo Tempo de Sereno, são ainda homenageados os poetas portugueses Fernando Pessoa e Florbela Espanca com os poemas musicados D. Tareja, do livro Mensagem, e Eu, da obra poética de Florbela Espanca.

Idealizado há mais de dez anos pelo compositor Anderson Cunha, natural do sertão da Bahia – Brasil, o grupo Sertanília, por seu trabalho criativo e inovador de tradução de uma sonoridade tipicamente “sertaneza” em uma roupagem lírica, no formato de música de câmara, com grande influência da literatura brasileira e da música do compositor baiano Elomar Figueira Mello, participou, em 2010, do longa-metragem “Tudo tem um tempo”, sobre a tradição dos ternos de reis da cidade de Caetité, no sertão baiano, executando o tema “Minha sabiá, minha zabelê”.

"Tratado Descriptivo do Brasil em 1587"

Com a devida vénia, transcrevemos alguns trechos de um artigo de Fernanda Trindade Luciani, doutoranda em História Social pela Universidade de São Paulo, publicado na Brasiliana USP:

"Apenas no século XIX os dois manuscritos quinhentistas de Gabriel Soares de Sousa, Roteiro Geral com largas informações de toda a Costa do Brasil e Memorial e Declaração das Grandezas da Bahia de Todos os Santos, de sua fertilidade e das notáveis partes que tem, foram reunidos e publicados sob sua autoria.
 
Foi o historiador brasileiro Francisco Adolfo de Varnhagen (1816-1878) quem organizou essa primeira edição da obra, em 1851, a partir do cotejamento de cópias dos manuscritos encontradas em arquivos europeus, uma vez que os textos originais não são conhecidos, e atribuiu a autoria a Soares.
Uma segunda edição, também disponível aqui, foi organizada pelo historiador, sendo publicada em 1879, logo após sua morte. Ainda que tenham permanecidos inéditos e anónimos ou apócrifos por mais de dois séculos, os escritos de Gabriel Soares eram bastante conhecidos desde o século XVI por meio de cópias que circulavam não somente na Península Ibérica, mas em outros países europeus, aparecendo citados por renomados autores. 
 
Pouco se sabe sobre as circunstâncias da vinda ao Brasil do português Gabriel Soares de Sousa ou a respeito dos dezessete anos que viveu na colónia e das condições em que colheu as informações sobre a costa do Estado do Brasil e a capitania da Bahia de Todos os Santos. Há indícios de que, quando decidiu desembarcar no litoral baiano, provavelmente em 1569, fazia parte de uma frota que partiu de Lisboa em direção a Monomotapa, atual Moçambique, com a finalidade de explorar as cobiçadas minas africanas.

Fixando moradia ao sul do Recôncavo Baiano, tornou-se um dos homens principais da capitania, proprietário de terras, casas na cidade, bois e escravos, chegando a ocupar o cargo de vereador da Câmara da Bahia. Em meados da década de 1580, tendo herdado alguns mapas e pedras preciosas de seu irmão que falecera no Brasil, Soares deixava as terras americanas rumo a Espanha com a intenção de solicitar ao rei Filipe II (I de Portugal) apoio a sua empreitada de exploração das terras coloniais para além do Rio São Francisco, em busca de riquezas minerais.

Pode dizer-se que o princípio organizacional do texto é demonstrar em carácter promocional – no que devemos considerar as prováveis hipérboles das descrições de Soares – quão proveitoso seria ao rei incentivar a exploração daquelas terras e, assim, lhe conceder as mercês requeridas para sua expedição pelo sertão.

Dessa forma, seus escritos inserem-se num tipo de literatura produzida pelos descobrimentos que tinham o rei como destinatário final; seus autores os escreviam com o objectivo de obter privilégios reais e a Coroa se valia desses relatos, que, junto às correspondências coloniais, a aparelhavam para uma administração mais eficiente de suas distantes possessões ultramarinas.

Se, por um lado, essas minudenciadas descrições do Novo Mundo despertaram interesse dos contemporâneos, como viajantes, religiosos e homens que viviam na colónia ou exploravam as terras americanas; por outro, considerando a escassa produção documental do início da colonização portuguesa, elas tornam o Tratado Descritivo do Brasil em 1587 um dos mais importantes documentos para os interessados e especialistas no período colonial.

Sua descrição permanece sendo a melhor fonte de formação sobre a Bahia do século XVI e vem sendo amplamente utilizada pela historiografia desde o século XIX, além de servir a diferentes campos de pesquisa como a antropologia e a botânica."

Rio de Janeiro cria serviço para esclarecer dúvidas de Língua Portuguesa

O Rio de Janeiro criou um serviço gratuito para esclarecer dúvidas de Língua Portuguesa por telefone. O Plantão Gramatical, também chamado "Telegramática", visa enriquecer a aprendizagem do idioma.

O serviço esclarece dúvidas sobre o idioma envolvendo questões de ortografia, acentuação, concordância, regência e morfologia. O atendimento ao público será realizado, de segunda a sexta, por uma equipa de oito professores que irão revezar-se em turnos diários. O serviço funcionará sob a responsabilidade da Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro e o sistema deverá contar com um número telefónico exclusivo para garantir o anonimato do usuário.

Serviços semelhantes ao "Telegramática" já funcionam noutras partes do Brasil. O Rio de Janeiro vai adoptar modelo semelhante ao implantado em Fortaleza, no Ceará. Naquele Estado, há 30 anos, uma equipa de profissionais atende a população e recebe, em média, 150 ligações diárias. Noutras cidades como Curitiba, Brasília, Jundiaí e Londrina, o poder público também oferece piquetes gramaticais por telefone.

Laurentino Gomes lança "1822" em Setembro

Escrever sobre a Independência do país era quase uma obrigação para o jornalista brasileiro Laurentino Gomes.

Após publicar "1808", livro sobre a transferência da família real portuguesa para o Brasil, os leitores cobravam a continuação da história.

“Como uma coisa está intimamente relacionada com a outra, pensei que poderia lançar um olhar mais panorâmico sobre o processo da independência”, diz.

O resultado é "1822", que serviu de tema para um debate durante a Bienal do Livro de São Paulo. A obra deve chegar às livrarias justamente no dia 7 de setembro, data da independência do Brasil.

Desta vez, Laurentino Gomes cobre o período entre 1821, data do regresso de D. João VI a Lisboa, e 1834, ano da morte de D. Pedro 1º do Brasil, IV de Portugal.

“Tentei dar uma dimensão humana a D. Pedro. Ele é fascinante. Com 23 anos proclamou a independência e viu-se obrigado a tomar decisões importantíssimas’’, resume o autor.

Desde a publicação de "1808", há três anos, muita coisa mudou na vida de Laurentino Gomes. Lançado pela editora Planeta, o livro já vendeu mais de 600 mil exemplares, um récord editorial absoluto no Brasil.

Prémio Luso-Brasileiro de Dramaturgia - Candidaturas abertas

Até 20 de Setembro está aberto o prazo de candidaturas à quarta edição do Prémio de Dramaturgia António José da Silva.

Com um valor de 15 mil euros, o galardão anual luso-brasileiro tem como principal objectivo incentivar a escrita dramática em língua portuguesa, nos mais variados géneros - teatro para adultos, teatro para a infância e juventude, entre outros - e o aparecimento de novos dramaturgos de língua portuguesa, “reforçando as parcerias de desenvolvimento e cooperação cultural entre Portugal e o Brasil”, destaca a organização.
 
Iniciativa do Instituto Camões e da Fundação Nacional da Arte (Funarte), do Brasil, o prémio conta com a parceria da Direcção-Geral das Artes e do Teatro Nacional de D. Maria II. A primeira edição teve como vencedora a peça «A minha mulher», da autoria de José Maria Vieira Mendes, de Portugal. «The Cachorro Manco Show», da autoria do escritor brasileiro Fábio Luís Mendes, venceu a segunda edição enquanto em 2009 o português Abel Neves levou para casa o galardão pela peça «Jardim Suspenso».
 
Os textos concorrentes serão seleccionados, numa primeira fase, em cada um dos países, por júris nacionais. Os oito textos concorrentes que passarem à segunda fase serão apreciados por um júri comum aos dois países que determinará o vencedor do Prémio. Podem concorrer - com um ou mais textos originais em língua portuguesa, não editados e não encenados - cidadãos portugueses ou estrangeiros naturalizados.

Mais informações no site do Instituto Camões: http://www.instituto-camoes.pt/

Rock in Rio de regresso ao Brasil com bandas portuguesas

O Rock in Rio vai regressar a casa. Em Setembro de 2011, o Rio de Janeiro vai voltar a receber este festival de música onde estão previstas presenças de músicos e bandas portuguesas.

O Rock in Rio, um dos eventos que mais pessoas atrai em Portugal, ocorreu apenas três vezes no Brasil (1985, 1991 e 2001), mas teve a sua marca internacionalizada sendo promovido em Lisboa (2004, 2006, 2008 e 2010) e em Madrid, Espanha (2008 e 2010).

Em nove edições, o Rock in Rio reuniu mais de cinco milhões de pessoas que assistiram à actuação de 656 bandas. A última edição no Brasil ocorreu em 2001 e, de acordo com Roberto Medina, o idealizador de um dos maiores festivais de música do mundo, nesse ano o Rock in Rio “foi brilhante”.

Apresentado à imprensa brasileira o projecto Rock in Rio 2011, que regressa ao Rio de Janeiro nos dias 23, 24, 25, 30 Setembro, 1 e 2 de Outubro do próximo ano, será realizado em Jacarepaguá, no mesmo bairro onde se estreou em 1985.

"Vasco" - traço de união entre Brasil e Portugal - celebra 112 anos da sua fundação


O clube Vasco da Gama, criado pela comunidade portuguesa do Rio de Janeiro e um dos mais populares do Brasil, celebrou no passado dia 21 de Agosto, 112 anos da sua fundação, em 21 de agosto de 1898.

Tudo começou quando quatro comerciantes portugueses resolveram fundar um clube de remo, desporto muito em voga em finais do século XIX. Corria o ano de 1898 e comemorava-se o IV Centenário da Descoberta do Caminho Marítimo para a Índia. O herói dessa epopeia inspiradora dos "Lusíadas", maior obra da literatura portuguesa, escrita por Luís de Camões, era o almirante Vasco da Gama. Daí, o nome da nova agremiação ter surgido naturalmente.

O remo trouxe muitas glórias ao Vasco, tanto que o poeta Lamartine Babo, ao compor o hino do clube, num dos versos escreveu: “(...) No remo és imortal. No futebol, és um traço de união Brasil—Portugal (...)”
Esse traço de união nasceu com a crescente popularidade do futebol e aproveitou a vinda de um conjunto português ao Rio, em 1913, quando a colónia portuguesa criou alguns clubes de futebol, como o Centro Esportivo Português, o Lusitano e o Lusitânia. Dois anos depois, o Lusitânia fundia-se com o Vasco da Gama, surgindo o Departamento de Futebol vascaíno.
MENSAGEM DE FELICITAÇÕES DO EMBAIXADOR DE PORTUGAL
Por ocasião do aniversário, o embaixador de Portugal no Brasil, João Salgueiro, enviou ao Presidente do Vasco, Roberto Dinamite, a seguinte mensagem de felicitações:

EXMO SR. CARLOS ROBERTO DE OLIVEIRA

PRESIDENTE DO CLUBE VASCO DA GAMA

Felicito-o vivamente pela passagem do 112º aniversário do Vasco, a cujos destinos preside.

O "Vasco da Gama", como mostra o esforço dedicado dos seus dirigentes, atletas e associados, continua digno das melhores tradições e do espírito determinado dos seus fundadores, há mais de um século - a comunidade luso-brasileira do Rio de Janeiro.

Fiel ao lema dos seus fundadores, o Vasco permanece hoje, mais de cem anos volvidos, como se diz no seu hino, nas palavras de Lamartine Babo, “um traço de união entre o Brasil e Portugal”.

Um traço de união que o Senhor tem sublinhado pretender manter e desenvolver e que reforçou, já este ano, com a sua deslocação a Sines, terra natal de Vasco da Gama.

Peço-lhe, senhor presidente, que transmita a toda a equipa dirigente, aos atletas e à massa associativa do clube, os meus sinceros parabéns!

João Salgueiro
Embaixador de Portugal

Associações de media debatem no Brasil estratégias futuras para promoção da lusofonia

Associações dos media dos países de língua portuguesa reuniram semana passada no Brasil para debaterem estratégias futuras de valorização profissional e intercâmbio de produtos jornalísticos para uma maior e melhor promoção internacional da lusofonia.

Segundo comunicado divulgado hoje pela Associação de Imprensa em Português e Inglês de Macau, que iniciou semana passada o processo de adesão à Federação de Jornalistas de Língua Portuguesa, as conferências pretendem debater “estratégias de valorização profissional e de intercâmbio de produtos jornalísticos produzidos nos vários meios em todos os países de língua oficial portuguesa”.

Na primeira conferência, para discutir a cobertura jornalística nos e sobre os países de língua portuguesa, Carlos Fino, assessor da embaixada portuguesa em Brasília, reiterou a “intenção desencadeada por Portugal e pelo Brasil de criar um canal internacional em português, para funcionar 24 horas por dia e que estará aberto à participação dos restantes espaços lusófonos”.

Esta possibilidade está prevista num acordo assinado, em julho, entre Portugal e o Brasil na área da comunicação social, que estabeleceu o prazo de 30 dias para a constituição de uma equipa conjunta para o estudo do projecto e foi já discutida pelo primeiro ministro português, José Sócrates, e o presidente do Brasil, Lula da Silva.

A vontade de encontrar outras estratégias comuns de divulgação da lusofonia, como a troca de documentários de rádio e televisão, a promoção de encontros de jornalistas da área económica e a criação de uma agência noticiosa, através da internet, foram outras propostas lançadas na conferência pelos representantes das associações de ‘media’ dos países lusófonos.

O programa em São Paulo fechou com visitas dos membros daquelas estruturas associativas ao Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e ao recém-criado jornal Brasil Económico, ligado ao português Diário Económico.

Os representantes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique e Portugal na Federação de Jornalistas de Língua Portuguesa, em processo final de formação, estão, a partir de hoje e até sábado, reunidos em Porto Alegre, no 34.º Congresso Nacional dos Jornalistas dedicado ao tema “Jornalismo ao serviço da sociedade e à defesa da profissão”.

No âmbito do congresso, os jornalistas lusófonos vão liderar conferências sobre os temas “Unidade dos jornalistas lusófonos na luta pelos interesses comuns como a profissão e a língua”, “A imprensa de língua portuguesa: experiências dos países e comunidades lusófonas pelo mundo” e “Cobertura internacional sobre e nas comunidades e países de língua portuguesa”.

Revista Pessoa lançada na Bienal de São Paulo


Uma nova revista sobre literatura pretende estimular o hábito da leitura entre os brasileiros e divulgar os principais escritores dos países de língua oficial portuguesa no espaço lusófono e também no mundo.

A Revista Pessoa, cujo nome é uma homenagem ao poeta português, foi lançada oficialmente pela Editora Mombak (despertar, na língua indígena Tupi), no âmbito da Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

"A revista pretende, sobretudo, incentivar a leitura; queremos levar a literatura até ao leitor, principalmente às camadas mais distantes que não têm acesso a equipamentos públicos, por falta de oportunidade ou de conhecimento", disse a editora, Mirna Queiroz. A ideia principal é promover a literatura de língua portuguesa, não só no mundo lusófono, mas também no mercado internacional, por meio de uma versão inglesa na plataforma digital da revista.

A revista pretende ainda promover o diálogo entre os povos de língua portuguesa, como forma de diminuir o "enorme desconhecimento" da produção literária de cada país de língua portuguesa no próprio espaço lusófono. "A ideia é explorar os pontos de contacto da nossa cultura, da nossa história, sem ignorar as nossas diferenças. Além de literatura, a revista terá uma secção que tenta contextualizar essa ligação", salientou a jornalista.

A revista terá ainda as secções "Fingimento", dedicada à poesia, "Estranho Estrangeiro", voltada aos jovens, "Ortografia também é gente", com destaque para a língua portuguesa, e "Arca", que apresentará capítulos de livros prestes a serem editados. O Conselho Editorial é formado por escritores, académicos, jornalistas e diplomatas dos oito países de língua portuguesa, sendo que Portugal é representado por José Carlos Vasconcelos, Fernando Cabral Martins e Fernando Pinto do Amaral.

No Brasil, a versão impressa da revista tem o apoio do Museu da Língua Portuguesa e da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. Os demais países de língua portuguesa podem aceder à revista por meio do sítio electrónico da publicação na Internet, já disponível:http://www.revistapessoa.com/

"Pretendo ainda este ano tentar fechar parcerias para viabilizar a circulação impressa da revista também em Portugal", salientou Mirna.

Igreja de origem portuguesa em São Paulo assinala 200 anos

A Igreja Nossa Senhora da Boa Morte - conhecida no século XIX como "das boas notícias" - comemorou 200 anos. Depois de quermesse, procissão, novena e missa, já ocorridas no início do mês, dia 21 de Agosto, às 11h, houve um passeio monitorado para quem quisesse conhecer o interior e a história deste templo de traça portuguesa do centro de São Paulo.

História. Construída em 1810 em taipa de pilão e adobe (tijolos de terra batida), a igreja, que fica a uma quadra da Praça da Sé, entrou no terceiro milénio bastante degradada - e teve de ser fechada em 2005.

No ano seguinte, começou a ser restaurada - uma obra de grande minúcia, que durou três anos, envolveu 60 profissionais e consumiu R$ 6,5 milhões. Reaberta em julho do ano passado, a igreja - classificada como património nacional - foi assumida pelos religiosos da Aliança da Misericórdia, associação com trabalhos sociais voltados para a população carente.

"O importante é que, de dez anos para cá, as igrejas históricas estão sob um intenso olhar dos intelectuais e dos órgãos de proteção ao património", afirma o professor da Universidade Estadual Paulista (UNESP) Percival Tirapeli. " Todas passaram ou estão passando por bons restauros."

Simplicidade. Longe das minas de ouro, ao contrário do exuberante barroco mineiro, em São Paulo as construções dessa época não eram carregadas de luxo.. "A igreja em si já nasce pequena e não tem nenhuma importância, em termos de riqueza, de um barroco mais requintado", observa Tirapeli. "Mas a partir de 1913, quando quase todas as igrejas próximas dela foram derrubadas, ela passa a ser uma referência daquela época."

Antes da morte. Ao longo do século XIX, acredita-se que a igreja tenha sido parada obrigatória de escravos condenados à forca - a execução costumava ocorrer próximo de onde hoje é a Praça da Liberdade, no centro.

De acordo com a tradição religiosa, era recomendável pedir a Nossa Senhora da Boa Morte, como o próprio nome sugere, uma "boa morte".

No século XIX, o templo era conhecido como "a igreja das boas notícias". Isto porque, como se localizava à entrada daqueles que vinham do Ipiranga em direcção à cidade, seus sinos repicavam para anunciar novidades - bem como a chegada de forasteiros, já que de sua posição geográfica privilegiada era possível avistar antes os que chegavam da Serra do Mar. Reza a lenda que foi por meio de seus sinos que, em 1822, o imperador d. Pedro I foi saudado pela cidade, logo após proclamar a Independência do Brasil.

NOME DA IGREJA

Nossa Senhora da Boa Morte é um dos títulos católicos dados à Nossa Senhora. Há inúmeras igrejas dedicadas a ela ao redor do mundo - no ano de 1661, em Lombo do Atouquia, freguesia de Calheta, Portugal, já existia uma capela de Nossa Senhora da Boa Morte. No Brasil, a veneração à santa foi trazida pelos portugueses e são famosas as igrejas com seu nome na Bahia, em Salvador e em Cachoeira.

BARROCO PAULISTA - VISITA À IGREJA NOSSA SENHORA DA BOA MORTE RUA DO CARMO, 202. GRÁTIS (INSCRIÇÃO PRÉVIA).

I Encontro Brasileiro de Literaturas Hispânicas, Brasileira e Portuguesa

Por iniciativa do Instituto de Linguagens (IL) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) decorreu até dia 21 passado, em Cuiabá, o I Encontro Brasileiro de Literaturas Hispânicas, Brasileira e Portuguesa.

Um dos objectivos do encontro foi incentivar estudantes e professores a realizarem mais investigação, para compreender a relação entre a produção literária e a realidade social.

Dia 21 de Agosto a programação incluiu as seguintes actividades:

08h
Palestra: A dessacralização na obra de José Saramago
Prof. Dra. Gisele Seixas – UFA
Coordenadora: Profa. Dra. Sirlei Aparecida Silveira
Local: Auditório da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis – FAECC/UFMT
10h40 às 12h20
Mesa Redonda: Literatura Contemporânea da Segunda Metade do Século XXProfa. Dra. Célia Maria Domingues da Rocha Reis – UFMT
Prof. Dr. Mario César da Silva Leite – UFMT
Profa. Dra. Marinei Almeida – UFMT
Coordenadora: Profa. Dra. Cláudia Paes de Barros
Local: Auditório da Faculdade de Administração e Ciências Contábeis – FAECC/UFMT
14h
Encerramento

Documentário português em destaque no Festival de Cinema de Pirenópolis

A cidade histórica de Pirenópolis, no estado brasileiro de Goiás, vai acolher, de 16 a 19 de setembro, o Slow Filme - Festival Internacional de Cinema e Alimentação. É o primeiro festival brasileiro de cinema inspirado na cultura Slow Food.

Um dos destaques da programação é o filme português "Ainda há pastores?", de Jorge Pelican, um documentário que regista o quotidiano dos últimos pastores da Serra da Estrela, na região centro de Portugal.

A programação inclui dezena e meia de filmes e documentários de países tão diversos quanto Irão, Hungria, Sérvia e Dinamarca.

Concertos no Palácio de São Clemente - Rio de Janeiro

O Consulado-Geral de Portugal no Rio de Janeiro, em parceria com “Música no Museu”, oferece os seguintes concertos brevemente, na residência oficial, Rua São Clemente 424 – Botafogo :

Dia 28/08/10 – Sábado – 18:00h

Programa: Brahms
Músicos: Maria Luiza Nobre – piano e Bernardo Katz - violoncelo
Capacidade 200 pessoas

Dia 25/09/2010 – Sábado – 18:00h


Programa: Nazareth, Cartola, Victor Assis Brasil, J.C.Assis Brasil, Villa-Lobos, Tom Jobim, Zequinha de Abreu, Luiz Gonzaga
Músico – João Carlos Assis Brasil - piano
Capacidade: 200 lugares

Daniela Mercury abre Festas do Mar, em Cascais

As Festas do Mar, no concelho de Cascais, Portugal, têiveram início no passado dia 19 de Agosto com  um concerto da cantora brasileira Daniela Mercury.

“São Festas com uma tradição muito larga no nosso concelho. A pesca e o mar são um factor importantíssimo na actividade e no desenvolvimento do concelho”, disse o vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras.

As Festas, que se realizam há mais de 50 anos, são organizadas pela autarquia em conjunto com as duas associações de pescadores da localidade.

Segundo a Câmara de Cascais, estiveram presentes cerca de 30 mil pessoas por dia para assistir a concertos, exposições e outras iniciativas.

Na vertente religiosa, as Festas do Mar têm o seu ponto alto com a tradicional procissão de Nossa Senhora dos Navegantes ,que terá lugar a 22 de agosto, com partida da Igreja Matriz , passagem pelas ruas D. Carlos I, em direcção à praia dos Pescadores.

Cumprindo a tradição, os barcos seguem o percurso por mar, desde a Baía até à Guia e regresso, transportando os andores com imagens dos santos que integram a procissão.

Documentário sobre Saramago exibido na Bienal do Livro de São Paulo

Uma versão condensada do filme "José e Pilar", mostrada há semanas atrás na Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), foi exibida no passado dia 18 na 21ª Bienal do Livro de São Paulo.

O filme, do realizador português Miguel Gonçalves Mendes, perscruta subtilezas do quotidiano do escritor José Saramago com a mulher, a jornalista espanhola Pilar del Río. Baseia-se em 230 horas de gravações feitas ao longo de três anos, quando Saramago escrevia "A Viagem do Elefante", seu penúltimo livro, lançado em 2008.

Portugal presente no Photo Pirenópolis

Cave - foto de António Luís Campos
 
Celebrou-se no passado dia 9 de agosto, o Dia Mundial da Fotografia. Para comemorar a data, o Instituto Pireneus, com o patrocínio do Ministério do Turismo e apoio do Ministério da Cultura e da Prefeitura de Pirenópolis, a cidade histórica a 150 kms de Brasília, realizou a terceira edição do Encontro Internacional de Fotografia - Photo Pirenópolis. O evento, que incluiu exposições, lançamento de livros e diversos espectáculos, decorreu até 22 de setembro.

Wang Fu-chun, da China, Michael Ende, da Alemanha, António Luís Campos, de Portugal, e Kazuo Okubo, José Rosa e Silvio Zamboni, do Brasil, estiveram em Pirenópolis para a abertura das suas exposições individuais bem como para ministrar oficinas, palestras, colóquis, leituras e lançamento de livros.

"Portuguesa" oficializa estádium de Canindé como candidato a sediar o Mundial 2014

A indefinição sobre a sede paulista para o Mundial de Futebol de 2014 abriu espaço para a Portuguesa tentar a sorte nesta disputa. Na tarde de hoje , o clube oficializou a candidatura do seu estádi, o Canindé.

A definição ocorreu após reunião da Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente, realizada na Câmara Municipal de São Paulo. A proposta apresentada pelo presidente Manuel da Lupa acabou sendo aceita, e o campo lusitano tornou-se oficialmente um dos candidatos a receber a Copa.

O mandatário da Portuguesa afirmou que a construção do novo Canindé será realizada por intermédio de parcerias com empresas privadas, negando a utilização do dinheiro público, como ocorreria no caso de Pirituba ser escolhida a sede paulista para o torneio.

Para ressaltar as qualidades do Canindé, Manuel da Lupa apresentou dados sobre o tamanho do local - de acordo com o mandatário, a área física do clube é de 100.000 metros quadrados. Outro ponto favorável ao campo da Portuguesa e destacado está na localização, perto das estações de metropolitano Armênia e Tiete, além de possuir ligação directa com os Aeroportos de Cumbica e Congonhas.

História da Portuguesa

No dia 14 de agosto de 1385, as tropas portuguesas, lideradas por D. João, mestre de Avis, derrotaram as tropas de D. João I de Castela, em Aljubarrota. A batalha de Aljubarrota é um dos acontecimentos mais importantes da história de Portugal e marcou o início da dinastia de Avis, que permaneceria no poder até 1580.

Quase cinco séculos mais tarde, no dia 14 de agosto de 1920, o jornal "O Estado de São Paulo" anunciava em sua página desportiva:

"No salão nobre da Câmara Portuguesa de Commercio, à rua de São Bento, 29-B, deve realizar-se hoje às 20 e 1/2 horas a eleição e tomada de posse da diretoria da novel Associação Portuguesa Desportos..."
A Portuguesa surgia da fusão de cinco sociedades lusitanas já existentes: Luzíadas Futebol Club, Associação 5 de Outubro, Esporte Club Lusitano, Associação Atlética Marquês de Pombal e Portugal Marinhense. O pedido de filiação da Portuguesa à Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA) foi deferido no dia 2 de setembro de 1920, mas como não havia mais tempo para a inscrição no campeonato daquele ano, a Portuguesa fundiu-se ao Mackenzie, já inscrito, e participaram juntos do campeonato de 1920.

A Associação Atlética Mackenzie foi o primeiro clube de futebol brasileiro para brasileiros. Fundada em 1898 por estudantes do Mackenzie College, era formada apenas por alunos do colégio. A Portuguesa-Mackenzie disputou os certames pela APEA até 1922. Em 1923, a Associação Portuguesa de Esportes desligou-se do parceiro e passou a disputar jogos com sua nova denominação. Foi apenas em 1940 que o nome mudou para Associação Portuguesa de Desportos.
 
O Estádio
Na gestão do Dr. Oswaldo Teixeira Duarte, no dia 9 de janeiro de 1972, foi inaugurado o primeiro anel do Canindé, com capacidade para 10 mil pessoas. O jogo inaugural foi um amistoso entre a Portuguesa e o Sport Lisboa e Benfica, de Portugal. A Lusa perdeu por 3 a 1 e o benfiquista Vítor Batista foi o autor do primeiro golo no estádio. O jogo nem chegou ao fim, suspenso devido às chuvas torrenciais que caíam sobre São Paulo. De início, o estádio foi denominado "Estádio Independência". Em 1984, por decisão do Conselho Deliberativo, passou a chamar-se "Dr. Oswaldo Teixeira Duarte", em homenagem ao presidente que o inaugurou.

Conferência de Jornalistas de Língua Portuguesa na Bienal do Livro de São Paulo

No âmbito da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, realizou-se de 15 a 17 de Agosto uma Conferência de Jornalistas de Língua Portuguesa.

Entre outros temas, estiveram em debate "O Jornalismo de língua portuguesa nos veículos públicos e privados dos países lusófonos", e "A cobertura jornalística nos - e sobre - os países de língua portuguesa"

Nos debates participaram, entre outros, Carlos Fino, conselheiro de imprensa da Embaixada de Portugal no Brasil, Alfredo do Rosário, presidente do Sindicato Nacional dos Jornalistas de São Tomé e Príncipe, Mamadu Candé, da Televisão de Guiné Bissau,Paulo Markun, jornalista brasileiro com actuação em TVs Públicas, incluindo a TV Cultura, de que foi presidente, e Paulo Vieira Lima, do jornal Brasil Económico.

sábado, 14 de agosto de 2010

Actriz brasileira Natália Thimberb leva poesia portuguesa a Salvador

Este final de semana, Salvador conta com programação cultural diversificada. Nos palcos, um dos destaques é a peça “Paixão”, estrelada por Natália Thimberg. A actriz faz curta temporada na capital baiana para apresentar o monólogo, remontagem de produção original de 1995. Com a participação ao vivo de músicos, o espectáculo revela as emoções de quem ama intensamente.

O texto recorre com frequência a fragmentos de poemas de poetas brasileiros e portugueses, entre outros, Adélia Prado, Bocage, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Camões, Manuel Bandeira e Florbela Espanca. A realização é de Wolf Maia e a direcção musical fica por conta de Júlio Medaglia.

A montagem estará em cartaz somente nesta sexta às 21h, sábado, também às 21h, e domingo, às 20h, no Teatro Sesc Casa do Comércio, na Avenida Tancredo Neves.

Brasil lança "Revista Pessoa" sobre literatura lusófona

Uma nova revista sobre literatura pretende estimular o hábito da leitura entre os brasileiros e divulgar os principais escritores dos países de língua oficial portuguesa no espaço lusófono e também no mundo. A Revista Pessoa, cujo nome é uma homenagem ao poeta português, será lançada oficialmente pela Editora Mombak (despertar, na língua indígena Tupi) a 20 de Agosto, no âmbito da Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

"A revista pretende sobretudo incentivar a leitura, queremos levar a literatura até o leitor, principalmente às camadas mais distantes que não têm acesso a equipamentos públicos, por falta de oportunidade ou de conhecimento", disse a editora Mirna Queiroz.

A ideia principal é promover a literatura de língua portuguesa, não só no mundo lusófono, mas também no mercado internacional, por meio de uma versão inglesa na plataforma digital da revista.

A revista pretende ainda promover o diálogo entre os povos de língua portuguesa, como forma de diminuir o "enorme desconhecimento" da produção literária de cada país de língua portuguesa no próprio espaço lusófono.

"A ideia é explorar os pontos de contato da nossa cultura, da nossa história, sem ignorar as nossas diferenças. Além de literatura, a revista terá uma seCção que tenta contextualizar essa ligação", salientou a jornalista.

A revista terá ainda as seções "Fingimento", dedicada à poesia, "Estranho Estrangeiro", voltada aos jovens, "Ortografia também é gente", com destaque para a língua portuguesa, e "Arca", que apresentará capítulos de livros prestes a serem editados.

O Conselho Editorial é formado por escritores, académicos, jornalistas e diplomatas dos oito países de língua portuguesa, sendo que Portugal é representado por José Carlos Vasconcelos, Fernando Cabral Martins e Fernando Pinto do Amaral.

No Brasil, a versão impressa da revista tem o apoio do Museu da Língua Portuguesa e da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.

Os demais países de língua portuguesa podem aceder à revista por meio do sítio eleCtrónico da publicação , disponível a partir de hoje.

"Pretendo ainda este ano tentar fechar parcerias para viabilizar a circulação impressa da revista também em Portugal", salientou Mirna.

Autores Lusófonos na Bienal do Livro de São Paulo

21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, maior evento do género nas Américas e o terceiro maior do mundo (atrás apenas da Feira do Livro de Frankfurt-Alemanha e da Feira Internacional do Livro de Turim - Itália), contará com a participação de uma série de autores e personalidades países lusófonos .

Dentro de sua programação cultural oficial, o Salão de Ideias trará convidados estrangeiros como o português João Marques Lopes ("Saramago: Biografia"); o angolano José Eduardo Agualusa ("As mulheres do meu pai"); o moçambicano Mia Couto ("Antes de nascer o mundo"); o cineasta português Miguel Gonçalves Mendes (realizador do documentário, ainda inédito, "José e Pilar") que acompanhou os últimos anos de vida de José Saramago; o angolano Ondjaki ("Quantas madrugadas tem a noite); e o moçambicano Rogério Manjate ("O coelho que fugiu da história").

Várias editoras e distribuidoras trarão lançamentos de autores, como os dos portugueses Pedro Silva, pela Editora Porto de Ideias, e José Rodrigues dos Santos, pela Usina de Letras. A Sur Distribuidora trará diversas obras de artistas argentinos, uruguaios, paraguaios, cubanos, mexicanos, espanhóis, colombianos e chilenos.

A Escrituras Editora trará trabalhos do caboverdiano José Luiz Tavares e do moçambicano Luís Carlos Patraquim, ambos finalistas do Prémio Portugal Telecom de Literatura 2009. A SENAC virá também com títulos de autores portugueses, franceses, espanhóis, americanos e alemães. Assim como a Sá Editora que também traz autores portugueses, e a In House vem com textos do angolano Emanuel Dundão, que escreve sob o pseudónimo de Kiama.

Está igualmente prevista uma Conferência de Jornalistas de Língua Portuguesa para a qual foram convidados entre outros, Carlos Fino, conselheiro de imprensa da Embaixada de Portugal no Brasil, Alfredo do Rosário, presidente do Sindicato Nacional dos Jornalistas de São Tomé e Príncipe, Mamadu Candé, da Televisão de Guiné Bissau,Paulo Markun, jornalista brasileiro com actuação em TVs Públicas, incluindo a TV Cultura, de que foi presidente,
e Paulo Vieira Lima, do jornal Brasil Econômico.

O evento decorre de 12 a 22 de agosto, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo. Saiba mais no site: http://www.bienaldolivrosp.com.br/

Grupo EDP anuncia vencedores do Prémio EDP Brasil nas Artes

Foram anunciados, em cerimónia no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, os vencedores do Prêmio EDP nas Artes. O mineiro Lucas Dupin foi o grande vencedor (1º lugar), seguido pelos paulistas Theo Craveiro (2º lugar) e Daniel de Paula (3º lugar), enquanto a paraibana Íris Helena recebeu a menção honrosa.

Caberá ao primeiro colocado uma bolsa de dois meses no The Banff Centre, no Canadá, ao segundo uma viagem ao exterior, pelo programa Dynamics Encounters e ao terceiro e à menção honrosa cursos no Instituto Tomie Ohtake.

Nesta segunda edição, concorreram ao Prémio EDP nas Artes - realização do grupo EDP e do Instituto Tomie Ohtake - 267 jovens artistas plásticos, provenientes de 12 Estados brasileiros. Os trabalhos dos quatro premiados, bem como dos outros 14 finalistas ficarão em exposição no Instituto Tomie Ohtake até 5 de setembro de 2010 .

"O volume de propostas recebidas para o processo de seleção da segunda edição do Prémio EDP confirma uma tendência mundial no âmbito das artes plásticas contemporânea: não há mais predominância desse ou aquele suporte, desse ou aquele modo de construção do espaço, da imagem fixa ou em movimento, de investigação dos modos de elaborar narrativas ou lançar-se directamente no corpo a corpo do signo", comenta Agnaldo Farias, coordenador do júri.

Segundo o crítico, o prémio sublinha que pinturas e esculturas convivem com objectos, performances, vídeos, fotografias, entre outros trabalhos de difícil classificação, situados em áreas intersticiais ou de sobreposição entre territórios distintos, sejam eles artísticos ou científicos.

O prêmio replica a experiência do grupo mundial EDP que, por meio da sua Fundação, em Lisboa, realiza uma premiação semelhante há oito anos para desenvolver talentos nas artes plásticas. "A primeira versão nos mostrou que há jovens com grande potencial, mas sem oportunidades para deslanchar neste mercado. Esta premiação é apenas a porta de entrada para estes talentos ingressarem neste universo", afirma António Pita de Abreu, presidente da EDP no Brasil.

Prêmio EDP nas Artes
Exposição até 5 de setembro, de terça a domingo das 11 às 20h

Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima 201 (entrada pela Rua Coropés 88) - Pinheiros - São Paulo
Fone: 11. 2245-1900