Portugal foi eleito, no passado dia 12 de Outubro, como membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para o biénio 2011-2012.
Após ter ficado na segunda posição na primeira ronda de votações, atrás da Alemanha, que foi eleita de imediato, mas à frente do Canadá, Portugal, que ficou a cinco votos dos dois terços exigidos, acabou por beneficiar da desistência do Canadá.
Após uma segunda votação inconclusiva, o Canadá anunciou a sua desistência, dando os parabéns à Alemanha e a Portugal.
Além de Alemanha e Portugal, foram eleitos para o Conselho de Segurança a África do Sul, Colômbia e Índia.
O assento de Portugal na sala da
Assembleia Geral (AG) da ONU, em Nova Iorque, encheu-se de delegados
dos outros países-membros que cumprimentaram o embaixador de Portugal
nas Nações Unidas, José Filipe Moraes Cabral.
Nota à imprensa sobre votação CSNU
A confiança em nós depositada pela Comunidade Internacional ao eleger Portugal para membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas durante o próximo biénio (2011-2012), constitui para todos os Portugueses uma singular honra. Representa uma acrescida responsabilidade para o País e para a sua diplomacia, no exercício de um mandato muito exigente.
A eleição de Portugal faz jus à consistência e coerência da nossa política externa, que não se alterou por via da nossa campanha para sermos eleitos para o Conselho de Segurança, nem se alterará uma vez eleitos.
Constitui também o culminar de um ciclo de intensa actividade diplomática. Portugal exerceu no segundo semestre de 2007 a Presidência do Conselho da União da Europeia, assegurou a Presidência da Comunidade das Democracias entre 2007 e 2009, assumiu de 2008 a 2010 a Presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, em 2009 deteve a Presidência pro-tempore da Conferência Ibero-americana e prepara-se agora para acolher em Lisboa, a 19 e 20 de Novembro, a Cimeira da NATO.
Ao longo dos últimos quatro anos, Portugal teve assim oportunidade de ganhar uma experiência valiosa em diferentes domínios da agenda internacional e de dar provas de credibilidade e da sua capacidade em assumir cargos de particular responsabilidade e visibilidade.
A nossa presença no Conselho de Segurança das Nações Unidas e os contactos realizados ao longo da nossa campanha constituem uma evidente mais-valia para a projecção da imagem do nosso país no contexto internacional, com reflexos positivos não apenas para a área diplomática, como também para a difusão da língua e da cultura portuguesas e para a promoção da actividade económica e empresarial do nosso País.
Como membro do Conselho de Segurança, Portugal terá uma voz particularmente activa em todas as questões que têm a ver com a preservação e a consolidação da paz no Mundo, bem como em matéria de prevenção de conflitos, na prossecução dos ideais e dos valores das Nações Unidas.
Continuaremos a pugnar pela criação das condições que permitam o desenvolvimento económico e social de todos os países, sobretudo daqueles que se encontram numa situação mais vulnerável, e continuaremos a buscar soluções colectivas e solidárias para os efeitos das alterações climáticas que ameaçam a sobrevivência de alguns Estados.
Exerceremos estas funções privilegiando o diálogo e a busca de compromissos, em coerência com a nossa vocação universalista de abertura a todos os povos do Mundo.
Queremos saudar os nossos concorrentes pelas excelentes campanhas levadas a cabo. As nossas vivas felicitações para a Alemanha pelo sucesso obtido. Com ela trabalharemos estreitamente, defensores que somos do papel fundamental e central das Nações Unidas, e do Conselho de Segurança em particular, na solução das questões internacionais. Felicitamos igualmente a África do Sul, a Colômbia e a Índia, eleitos pelos seus grupos regionais.
As nossas saudações também para o Canadá, um país amigo e nosso aliado na NATO, pela seriedade da campanha conduzida. Estamos certos que continuarão a desempenhar o papel importante a que nos habituaram, na linha da frente da defesa do multilateralismo e no apoio ao Conselho de Segurança. Contamos com a sua contribuição ao longo do nosso mandato e estamos disponíveis para dar seguimento à boa cooperação que temos mantido no quadro das Nações Unidas.
Uma saudação muito especial a todos os países que nos apoiaram e um agradecimento particular aos que se empenharam activamente na nossa vitória. Resta-nos agora trabalhar e redobrar o nosso esforço no exercício do mandato que se iniciará em Janeiro próximo. É o que esperam de nós. Tudo faremos para merecer a confiança em nós depositada.
Ministérios dos Negócios Estrangeiros de Portugal
Nenhum comentário:
Postar um comentário