O
Instituto Camões e o Espaço Cultural Café com Letras promovem, no
próximo domingo, dia 10 de Outubro, um encontro com os escritores Helder Macedo e Lídia Jorge.
Endereço: SCLS 203 Bloco "C" Loja 19 Brasília, DF
Horas: das 12H00 às 14:00.
Telefone: (61) 3322-4070/3322-5070
Telefone: (61) 3322-4070/3322-5070
Poeta, romancista, ensaísta, crítico e investigador literário, conferencista e professor universitário.
Nascido
numa cidadezinha perto de Joanesburgo, passou a infância em Moçambique,
primeiro na Zambézia e mais tarde em Lourenço Marques. Veio viver para
Lisboa (1948), onde frequentou a Faculdade de Direito (1955-59), tendo
visitado diversas vezes a Guiné-Bissau e São Tomé. Em 1960 radicou-se em
Londres onde, entre 1960 e 1971, foi colaborador regular da BBC. Na
capital britânica obteve as licenciaturas em Estudos Portugueses e
Brasileiros e em História (1971). Doutorado em Letras (1974) pelo King's
College, faz parte do respectivo quadro docente desde 1971...
O primeiro livro de poesia, Vesperal
(1957), publicado quando tinha apenas 21 anos, foi saudado por Jorge de
Sena como sendo dos «mais perfeitos que por esse tempo se publicaram»,
denotando «um equilíbrio refinado» e um «notável domínio da expressão e
do ritmo». Autor de uma poesia vigiada, culta, de tonalidades
existenciais, por vezes hermética, Helder Macedo não costuma ser
associado a movimentos literários, embora tenha feito parte da segunda
geração do «grupo do Café Gelo». A participação nessa tertúlia, que
incluía alguns surrealistas, nos finais dos anos 50, radicava sobretudo
numa atitude anti-establishment de sinal político, moral e literário.
Lídia Jorge
[Boliqueime/Loulé, 1946]
Romancista, contista e autora de uma peça de teatro, Lídia Guerreiro Jorge nasceu em Boliqueime em 1946.
Licenciada
em Filologia Românica, foi professora liceal em Lisboa e em África –
Angola e Moçambique – para onde partiu em 1970. Ali viveu o marcante
ambiente da Guerra Colonial, que mais tarde descreveria no romance A
Costa dos Murmúrios através da perspectiva de uma personagem feminina, a
mulher de um oficial do exército português de serviço em Moçambique...
De regresso
a Lisboa continuou a actividade docente e, em 1980, publicou o romance O
Dia dos Prodígios, que lhe valeu o Prémio Ricardo Malheiros, da
Academia das Ciências de Lisboa. Esta sua primeira obra publicada deve
um impulso à revolução de Abril de 1974: O Dia dos Prodígios constrói-se
como uma alegoria do país fechado e parado que Portugal era sob a
ditadura, permanentemente à espera de uma força que o transformasse. O
romance teve grande impacto junto do público e da crítica e Lídia Jorge
foi de imediato saudada como uma das mais importantes revelações das
letras portuguesas e uma renovadora do nosso imaginário romanesco.
Seus livros têm-lhe merecido variadíssimos prémios e estão traduzidos para diversas línguas.
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