TOP BLOG 2010

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Boas Vindas a esta comunidade de Culturas e Afetos Lusofonos que já abraça 76 países

MÚSICA DE FUNDO E AUDIÇÃO DE VÍDEOS E AUDIOS PUBLICADOS

NÓS TEMOS TODO O EMPENHO EM MANTER SEMPRE MÚSICA DE FUNDO MUITO SELECIONADA, SUAVE, AGRADÁVEL, MELODIOSA, QUE OUVIDA DIRETAMENTE DO SEU COMPUTADOR QUANDO ABRE UMA POSTAGEM OU OUVIDA ATRAVÉS DE ALTI-FALANTES OU AUSCULTADORES, LHE PROPORCIONA UMA EXPERIÊNCIA MUITO AGRADÁVEL E RELAXANTE QUANDO FAZ A LEITURA DAS NOSSAS PUBLICAÇÕES.

TODAVIA, SEMPRE QUE NAS NOSSAS POSTAGENS ESTIVEREM INCLUÍDOS AUDIOS E VÍDEOS FALADOS E/OU MUSICADOS, RECOMENDAMOS QUE DESLIGUE A MÚSICA AMBIENTE CLICANDO EM CIMA DO BOTÃO DE PARAGEM DA JANELA "MÚSICA - ESPÍRITO DA ARTE", QUE SE ENCONTRA DO LADO DIREITO, LOGO POR BAIXO DA PRIMEIRA CAIXA COM O MAPA DOS PAISES DOS NOSSOS LEITORES AO REDOR DO MUNDO.

sábado, 24 de dezembro de 2011

MENSAGEM DE NATAL E ANO NOVO




Sereno e Harmonioso

NATAL

e

Feliz ANO NOVO!

Votos de Saúde, Amor e Posperidade!

Que haja Paz, Justiça e

Dignidade Humana para todos

e um Planeta mais protegido e amado

em todos os seres:

animais, vegetais e minerais !

Em nome de todos os membros do nosso “Conselho Editorial” e para todos os nossos amigos, colaboradores, seguidores, aos componentes dos Blogues que seguimos e recomendamos no nosso Blogue  e aos dos Blogues que nos recomendam e especialmente aos mais de 95.000 leitores em 22 países, que nos honram com a sua adesão e comentários, a todos os que generosamente têm contribuído para fazer desta nossa Revista Cultural – “Culturas e Afetos Lusofonos”, uma ponte de amizade, de ligação e encontro, de divulgação, promoção e valorização dos autores e obras de Letras, Artes e Ciências da Lusofonia, a todos eles, aproveitamos para agradecer o privilégio do reconhecimento do noso labor em prol da valorização das culturas lusófonas, em mais um ano, o nosso 2º. ano de existência, em que, mais uma vez, tivémos a honra de termos sido designados como candidatos ao TOP-BLOG 2011.

DEDICAMOS A TODOS DOIS POEMAS DE NATAL:


NATAL FRIO, NATAL QUENTE


Natal frio, Natal quente
Frio de carências, quente de amor
Porquê não se constrói entre a gente
Uma slidariedade multicolor

Sejam quais forem as “raças”
Os credos e as religiões
Cantemos em todas as praças
Com músicas nos corações

Abracemos num só abraço
Jovens, velhos e crianças
Ergamos um Monumento de aço
À humanidade e suas esperanças

À esperança e à fé na Paz
À esperança na fraternidade
À esperança no que se faz
Toodos os dias pela humanidade!


NATAL SEMPRE

Nata, Novo Ano, Renovação
Vibram corações, se iluminam de bondade!
Alimento de poucos dias, escasso pão
E...tanta é a fome de Paz, Amor e Fraternidade

Que aquela boa estrela de grande esperança
Que há dois mil e onze anos nos iluminou
Se reveja todos os dias no sorriso dessa criança
Que em todos nós existe, e é tão triste se já murchou

Igualdade, Amor, Paz e fraternidade
Foi aquilo que Jesus nos ensinou
E é só isso que para todos, em liberdade
Que como Lei da Terra, inviolável e sagrada
Ainda não se cumpriu, nem sequer se votou

Votemos na solidária fraternidade
Que nesta Nave-Terra temos de conseguir
Votemos na União Universal da Humanidade
Para que nesta sideral viagem haja porvir!


Foto, texto e poemas de
Carlos Morais dos Santos
Editor/Administrador do C.eA.L.





 

MIGUEL HORTA E COSTA, EX-PRESIDENTE DO GRUPO PT, NOMEADO PELO GOVERNO PORTUGUÊS PARA SUPERINTENDER AS COMEMORAÇÕES DO ANO DE PORTUGAL NO BRASIL E COORDENAR A PARTICIPAÇÃO DO ANO DO BRASIL EM PORTUGAL


Miguel Horta e Costa, antigo presidente do grupo Portugal Telecom, foi nomeado pelo governo português para chefiar a estrutura encarregada de superintender às comemorações do "Ano de Portugal no Brasil" e coordenar a participação nacional no "Ano do Brasil em Portugal", a realizar entre 7 de setembro de 2012 e 10 de junho de 2013.

O Conselho de Ministros atribuiu ao ministro dos Negócios Estrangeiros a responsabilidade pela supervisão do "Ano de Portugal no Brasil", tarefa que será delegada em Horta e Costa, que também ocupa o cargo de presidente da Fundação Luso-Brasileira.

Estão previstas, para já, três iniciativas no âmbito do "Ano de Portugal no Brasil", organizadas pela Casa Museu Fernando Pessoa, dirigida pela escritora Inês Pedrosa: um filme, a vinda de escritores portugueses ao Brasil e a edição de obras de novos escritores portugueses que possam ser vendidas a preços acessíveis no Brasil.

Miguel Horta e Costa, actualmente com 63 anos, foi presidente da Portugal Telecom entre 2002 e 2006 e nesse período (concretamente, em outubro de 2004) chegou a reunir-se em Brasília com o então presidente Lula da Silva, para discutir os investimentos do grupo português no mercado brasileiro.

Horta e Costa tornou-se depois vice-presidente da agência de publicidade Euro RSCG em Portugal e no final de 2009 assumiu a presidência da Fundação Luso-Brasileira, sucedendo a João Rendeiro, banqueiro que liderava o Banco Privado Português

CAMANÉ, O CONSAGRADO FADISTA PORTUGUÊS, COM O SEU FADO - "JÁ NÃO ESTAR" - PRÉ-SELECIONADO PARA O ÓSCAR DA MELHOR CANÇÃO ORIGINAL


O fado “Já não estar”, interpretado por Camané, é uma das 39 canções pré-selecionadas pela Academia norte-americana de Artes e Ciências Cinematográficas para o Óscar de Melhor Canção Original. O tema faz parte da banda sonora do documentário “José e Pilar”, realizado por Miguel Gonçalves Mendes, que foi a película escolhida para representar o cinema português nos prémios da Academia.

Com letra de Manuela de Freitas e música de José Mário Branco, o tema interpretado pelo fadista Camané integra o documentário "José e Pilar", que retrata dois anos da vida no Nobel português ao lado da jornalista espanhola Pilar del Río.

Além do fado de Camané, a banda sonora de "José e Pilar" integra temas compostos por David Santos, conhecido no mundo artístico como noiserv, Pedro Gonçalves, Luís Cília, Adriana Calcanhoto, Paco Ibañez, Pedro Granato e Bruno Palazzo.




CESÁRIA ÉVORA, A INTERNACIONALMENTE APLAUDIDA MAIOR CANTORA LUSÓFONA CABO-VERDIANA, FALECEU AOS 70 ANOS

TRIBUTO DE HOMENAGEM


Cesária Évora uma vida a cantar Cabo Verde

'Quem mostra' bo, ess caminho longe, / quem mostra' bo, ess caminho longe, / ess caminho, pa São Tomé (…) /  sodade sodade, sodade dess nha terra São Nicolau (...)'

Esta composição imortalizada na voz da Cesária Évora resume em poucas palavras a carreira musical de uma das maiores vozes de Cabo Verde.

A "diva dos pés descalços", como era conhecida, estava doente há vários meses e acabou por sucumbir a uma insuficiência respiratória que a levara a ser internada, avança a imprensa de Cabo Verde.

Este ano, a cantora tinha estado internada em Paris cerca de um mês, na sequência de um acidente vascular cerebral (AVC), problema de que já sofrera anteriormente.

Nascida no Mindelo a 27 de agosto de 1941, Cesária Évora era filha de um músico, Justino da Cruz, que tocava cavaquinho, violão e violino. Começou a cantar mornas e coladeras na adolescência; a sua carreira internacional descolou quando o seu empresário, José da Silva, a levou para França. Em Portugal, Cesária Évora atuou numerosas vezes.

Entre os seus amigos estava B. Leza, o compositor favorito dos cabo-verdianos, que faleceu quando ela tinha apenas sete anos de idade. Desde cedo, Cise, como era conhecida pelos amigos, começou a cantar e a fazer actuações aos domingos na praça principal da sua cidade, acompanhada pelo seu irmão Lela, no saxofone. Mas a sua vida está intrinsecamente ligada ao bairro do Lombo, nas imediações do quartel do exército português, onde cantou com compositores como Gregório Gonçalves. Aos 16 anos, Cesária começou a cantar em bares e hotéis e, com a ajuda de alguns músicos locais, ganhou maior notoriedade em Cabo Verde, sendo proclamada a "Rainha da Morna" pelos seus fãs.

Aos vinte anos foi convidada a trabalhar como cantora para o Congelo - companhia de pesca criada por capital local e português -, recebendo conforme as actuações que fazia. Em 1975, ano em que Cabo Verde conquistou a independência, Cesária, frustrada por questões pessoais e financeiras, aliados à dificuldade económica e política do jovem país, deixou de cantar para sustentar sua família.

Cesária Évora encorajada por Bana (cantor e empresário cabo-verdiano radicado em Portugal), voltou a cantar, actuando em Portugal. Em Cabo Verde um amigo chamado José da Silva persuadiu-a a ir para Paris e lá acabou por gravar um novo álbum em 1988 "La diva aux pied nus" (a diva dos pés descalços) - que é como se apresenta nos palcos. Este álbum foi aclamado pela crítica, levando-a a iniciar a gravação do álbum "Miss Perfumado" em 1992. Desde então fixou residência na capital francesa. Cesária tornou-se uma estrela internacional aos 47 anos de idade.
 Em 2004 conquistou um prémio Grammy de melhor álbum de world music contemporânea. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, distinguiu-a, em 2009, com a medalha da Legião de Honra entregue pela ministra da Cultura francesa Christine Albanel.

Em Setembro de 2011, depois de cancelar um conjunto de concertos por se encontrar muito debilitada, a sua editora, Lusafrica, anunciou que a cantora pôs um ponto final na sua longa carreira.[

Morreu no dia 17 de Dezembro de 2011, com 70 anos, por "insuficiência cardiorrespiratória aguda e tensão cardíaca elevada".
Discografia:
1965 - Mornas de Cabo-Verde & Oriondino (vinil simple, 45 RPM, C. Évora & Conjunto)
2.1987 - Cesária
3.1988 - Cesária Évora, La Diva aux pieds nus
4.1990 - Distino di Belita
5.1991 - Mar Azul
6.1992 - Miss Perfumado
7.1994 - Sodade - Les plus belles mornas de Cesaria (Best of)
8.1995 - Cesária
9.1995 - Cesária Évora à L'Olympia
10.1997 - Cabo Verde
11.1998 - Best of Cesária Évora
12.1998 - Nova Sintra
13.1999 - Le monde de Cesária Évora
14.1999 - Café Atlântico
15.2001 - Cesária Évora : L'essentiel
16.2001 - São Vicente di Longe
17.2002 - Anthology
18.2002 - Anthologie: Mornas & Coladeras (LP duplo)
19.2002 - The Very Best of Cesária Évora
20.2003 - Voz d'Amor
21.2004 - Les essentiels
22.2006 - Rogamar
23.2008 - Rádio Mindelo (early recordings)
24.2009 - Nha sentimento
DVD
1.2002 - Live in Paris
Duos
1.1999 - É doce morrer no mar (por Dorival Caymmi) cantado com Marisa Monte.
2.2009 - Capo Verde terra d'amore, vol. 1 (LP, cantado com Teofilo Chantre em italiano)
Outras colaborações
1.1995 - Sangue de Beirona Remix (por François K)
2.1999 - Césaria Evora Remix (por François K e Joe Claussell)
3.2003 - Carnaval de São Vivente Remix (EP)
4.2003 - Club Sodade Remixes, Cesaria Evora by… (Carl Craig, Francois Kervorkian, Kerri Chandler, Four Hero, Señor Coconut, etc.)








sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

LUÍS MÁRIO LOPES, DRAMATURGO PORTUGUÊS, VENCE A 5ª. EDIÇÃO DO PRÉMIO LUSO-BRASILEIRO DE DRAMATURGIA "ANTÓNIO JOSÉ DA SILVA"

Luís Mário Lopes - escritor dramaturgo português premiado

A 5ª edição do Prémio Luso-Brasileiro de Dramaturgia António José da Silva 2011 teve como vencedor o texto “Vizinhança”, do autor português Luís Mário Lopes. O resultado foi promulgado após um longo processo de análise e debate entre os jurados brasileiros e portugueses por videoconferência.
O autor da obra vencedora recebe 15 mil €uros e o texto será editado nos dois países. Resultado de um acordo assinado entre a Fundação Nacional de Artes – Funarte e o Instituto Camões, de Lisboa, este edital recebeu 187 inscrições de textos brasileiros e 23 inscrições de textos portugueses. A comissão de seleção decidiu não conferir Menção Honrosa a nenhum texto.

Os jurados brasileiros, nesta fase final, foram Marcos Ribas de Faria, Maria Helena Khüner e Carlos Augusto Nazareth. Integraram o júri português Eugénia Vasques, Luísa Costa Gomes e José Luís Ferreira.

Sobre o autor de “Vizinhança”:

Luís Mário Lopes é autor da peça “A Casa dos Anjos” (Prémio Autores 2010 na categoria Teatro – Melhor texto português representado; Grande Prémio de Teatro Português 2009) e dos argumentos dos filmes de curta-metragem de ficção “Directo” (de que é também co-realizador; melhor curta-metragem nos festivais Cineport 2011 e Fest’Afilm 2011), “A6-13” (Grande Prémio Tóbis do Lisbon Village Festival, 1st European Digital Cinema Festival 2006) e “Não esquecerás” (em pré-produção) e do longa metragem “Do outro lado do mundo” (em pós-produção).

FOLIA DOS REIS - FESTA RELIGIOSA DE ORIGEM PORTUGUESA É UMA TRADIÇÃO BRASILEIRA CELEBRADA EM SÃO BERNARDO - SÃO PAULO


FOLIA DOS REIS EM SÃO BERNARDO-SÃO PAULO-BRASIL

Os moradores da Rua Campos do Jordão, no alto do Baeta Neves, em São Bernardo (São Paulo), estão com quase todos os preparativos prontos para receber a Folia de Reis hoje, a partir das 13h30. A tradição completa 62 anos e, há cinco deles, cerca de 200 voluntários preparam festa especial para homenagear os bastiões - conhecidos como palhaços - que carregam a bandeira do Divino e levam música e orações para dentro das residências.

Os grupos de Folia de Reis saem durante todo o mês de dezembro visitando as casas, cantando em agradecimento à acolhida da bandeira.

No ano passado, aproximadamente 1.200 pessoas acompanharam o evento. Este ano, a expectativa dos organizadores é de que até 2.000 participem da festa.

A Folia de Reis é festa religiosa de origem portuguesa que chegou ao Brasil no século XVIII, onde foi desenvolvida com características próprias e se transformou em manifestação folclórica. O grupo do Alto do Baeta Neves, que surgiu em 1949 e é composto por 15 pessoas, usa a música e versos para contar a história da visita dos Reis Magos e o nascimento de Cristo. As manifestações festivas estendem-se até ao dia 6 de janeiro, data consagrada aos Reis Magos.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

EDUARDO LOURENÇO - O PRESTIGIADO ENSAÍSTA, PENSADOR, FILÓSOFO, PROFESSOR UNIVERSITÁRIO PORTUGUÊS INTERNACIONALMENTE RESPEITADO COMO UM DOS MAIS BRILHANTES ENSAÍSTAS, FOI DISTINGUIDO COM O IMPORTANTE PRÉMIO PESSOA 2011


TRIBUTO DE HOMENAGEM
AO PROFESSOR EDUARDO LOURENÇO


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Carlos Morais dos Santos
Professor Universitário
Escritor, ensaísta, poeta, fotógrafo
Editor/Administrador do CeA.L.
Cônsul da Assoc.Internac. Poetas Del Mundo
CULTURAS E AFETOS LUSÓFONOS CELEBRA E SAÚDA HOJE, AQUI, O MAIS ILUSTRE ENSAÍSTA, PENSADOR, FILÓSOFO PORTUGUÊS DO SÉC.XX-XXI, O PROFESSOR EDUARDO LOURENÇO, PRESTANDO-LHE A NOSSA SINGELA HOMENAGEM, NA OCASIÃO EM QUE MUITO JUSTAMENTE FOI DISTINGUIDO COM MAIS UM IMPORTANTE PRÉMIO - O  PRÉMIO PESSOA 2011.

ESTE É MAIS UM ENTRE MUITOS PRÉMIOS E DISTINÇÕES QUE LHE TÊM SIDO ATRIBUÍDAS, QUER EM PORTUGAL, QUER NOUTROS PAÍSES, COM DESTAQUE PARA AS ELEVADAS CONDECORAÇÕES QUE O GOVERNO DA FRANÇA TEM PREMIADO E HOMENAGEADO O NOTÁVEL LABOR INTELECTUAL DESTE GRANDE ENSAÍSTA E PENSADOR DO NOSSO TEMPO.

TEMOS A FELICIDADE E O PRIVILÉGIO DE CONHECER PESSOALMENTE O NOSSO PROFESSOR EDUARDO LOURENÇO, COM QUEM TEMOS TIDO A HONRA E O GRANDE PRAZER DE COM ELE TERMOS ESTABELECIDO UMA RELAÇÃO DE GRANDE CORDIALIDADE E DELE TERMOS BENEFICIADO DE INÚMERAS E FASCINANTES LIÇÕES MAGISTRAIS, APRECIADO A IMENSA LUMINOSIDADE DA SUA INTELIGÊNCIA, CULTURA E PENSAMENTO, E DE COM ELE TERMOS CONVIVIDO EM INÚMEROS EVENTOS LITERÁRIOS EM QUE PARTICIPÁMOS, EM QUE SEMPRE NOS FASCINA COM A SUA PERSONALIDADE E GRANDEZA INTELECTUAL E HUMANA,  QUE SE MANIFESTA COM UMA GRANDE SIMPLICIDADE E COM UMA RARA DELICADEZA AMISTOSA NO TRATO PESSOAL. SÃO ASSIM AS GRANDES FIGURAS HUMANAS, COMO O PROFESSOR EDUARDO LOURENÇO, COM QUEM AINDA ESTE ANO ESTIVÉMOS NUM ENCONTRO INTERNACIONAL SOBRE FERNANDO PESSOA E NIETZSCHE, NA CASA FERNANDO PESSOA, EM LISBOA. 

EDUARDO LOURENÇO é o 25.º premiado com o Prémio Pessoa, uma iniciativa do Expresso em colaboração com a Caixa Geral de Depósitos.
Eduardo Lourenço de Faria, tem 88 anos e uma vasta e importante obra de grande valor publicada, o que foi determinante a escolha unânime do júri deste ano. A reedição, pela Fundação Caloustre Gulbenkian, da sua obra completa - num total de 38 volumes - foi o motivo mais imediato para a atribuição do prémio.
Um trabalho 'ciclópico', como afirmaram os responsáveis científicos da Fundação Calouste Gulbenkian que este ano iniciaram a publicação da obra. De facto, são 38 volumes de ensaios político-filosóficos escritos entre os anos de 1945 e 2010, de um autor que apesar da sua enorme projecção internacional permanece "pouco lido em Portugal", justifica a Gulbenkian.

Beirão radicado em FrançaEduardo Lourenço nasceu numa pequena aldeia da Beira Alta, em 1923. Cedo radicado em França, permaneceu sempre fortemente ligado a Portugal.

"Fico furioso", afirmou recentemente em entrevista, quando questionado sobre o facto de poder ser considerado exilado. Ainda este ano, na sua aldeia, foi homenageado como figura ímpar da cultura nacional. O Prémio Pessoa tem, este ano, o valor de 60 mil euros.

"Num momento crítico da História e da sociedade portuguesa, torna-se imperioso e urgente prestar reconhecimento ao exemplo de uma personalidade intelectual, cultural, ética e cívica que marcou o século XX português", escreveu o júri em comunicado sobre a escolha de Eduardo Lourenço, homenageando "a generosidade e a modéstia desta sabedoria, que tendo deixado uma marca universal nos Estudos Portugueses e nos Estudos Pessoanos, nunca desdenhou a heteredoxia nem as grandes questões do nosso tempo e da nossa identidade".

Doutores Mário Soares e Francisco Pinto Balemão, Membros do Júri 
do Prémio Pessoa 2011, no Palácio Seteais, em Sintra-Portugal

Para o júri, do qual Eduardo Lourenço foi membro até 1993, este prémio pretende prestigiar o filósofo e a sua intervenção na sociedade, "ao longo de décadas de dedicação, labor e curiosidade intelectual, que o levaram à constituição de uma obra filosófica, ensaística e literária sem paralelo".
Eduardo Lourenço é o grande intérprete da identidade portuguesa com projecção internacional.


Breve Biografia


1923
Nasce em 23 de Maio, embora conste do assento de nascimento a data de 29 de Maio, em S. Pedro do Rio Seco (concelho de Almeida, distrito da Guarda) Eduardo Lourenço de Faria, filho de Abílio de Faria, 2.º Sargento de Infantaria, e de Maria de Jesus Lourenço, tendo como avós paternos Guilherme de Faria e Maria Nunes e, como avós maternos, António Lourenço e Ana Carpinteiro.
1930-1931
Frequenta a Escola Primária em S. Pedro do Rio Seco.
1932
Parte com a mãe e os irmãos para a Guarda, onde o pai é Alferes de Infantaria.
1933
Em Almeida, conclui o 2.º grau do ensino primário, tendo sido aprovado com distinção no exame final.
1934
Regressa à Guarda onde frequenta o 1.º ano do ensino secundário no Liceu Afonso de Albuquerque. O pai parte para África (Nampula).
1935-40
Entra no Colégio Militar, em Lisboa, cujo curso conclui em 1940.
1940
Faz provas de admissão aos cursos preparatórios destinados a alunos provenientes das escolas militares, tendo sido admitido pela Faculdade de Ciências, em 06/07/40.
1941
Desiste dos cursos preparatórios na Faculdade de Ciências e presta provas de aptidão com destino à Licenciatura em Ciências Históricas e Filosóficas.
1946
Defende a tese de licenciatura, subordinada ao tema O Sentido da Dialéctica no Idealismo Absoluto (mais tarde publicada, em parte, em Heterodoxia I). Conclui, a 23 de Julho, o acto de licenciatura em Ciências Históricas e Filosóficas com 18 valores.
Publica “Crónicas Heterodoxas” no Diário de Coimbra.
1947
É convidado para Assistente do Curso de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, à qual estará ligado até 1953 (Professor titular Joaquim de Carvalho).
1949
Parte para França, a convite do Reitor da Faculté de Lettres da Universidade de Bordéus, com uma Bolsa de Estágio da Fundação Fulbright.
1950
Assistente de Filosofia na Universidade de Coimbra desde 1950/51 a 1952/53.
1953
Leitor na Universidade de Hamburgo.
1954
Casa com Annie Salamon a 20 de Abril, em Dinard, Bretenha.
Leitor na Universidade de Heidelberg.
1955
Leitor na Universidade de Montpellier.
1958
Professor convidado na Universidade da Baía.
1960
A convite do governo francês, torna-se leitor na Universidade de Grenoble entre os anos lectivos de 1960/61 e 1964/65.
1965
É “Maître-assistant” e professor associado da Universidade de Nice (até à jubilação, em 1988/89). Fixa residência em Vence, Alpes Marítimos.
1973
Torna-se professor convidado da Universidade Nova de Lisboa.
1986
Maître de Conferences, associado na Faculdade de Letras de Nice.
1988
Professor Jubilado na Universidade de Nice.
Recebe o Prémio Europeu do Ensaio “Charles Veillon”, pelo conjunto da sua obra.
1989
Conselheiro Cultural junto da Embaixada Portuguesa em Roma, até ao ano de 1991.
1992
Recebe a Ordem do Infante D. Henrique (Grande Oficial). Recebe o prémio António Sérgio.
1995
Doutoramento Honoris Causa, pela Universidade do Rio de Janeiro.
1996
Officier de L’Ordre de Mérite, (distinção atribuída pelo Governo francês).
Doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Coimbra.
Recebe o Prémio Camões.
1998
Doutoramento Honoris Causa pela Universidade Nova de Lisboa.
2000
É-lhe atribuído, pelo governo francês, a distinção de Chevalier de L”Ordre des Arts et des Lettres.
2001
Recebe o prémio Vergílio Ferreira.
Recebe a Medalha de Ouro da cidade de Coimbra.
2002
Condecorado pela França, com a Legião de Honra, no grau de Cavaleiro.
2003
Homenageado pela revista brasileira Metamorfoses, com um dossier comemorativo sobre a sua obra. É neste ano objecto de diversas grandes entrevistas e capas de jornais quando, em Maio, completa 80 anos. Homenageado igualmente pela Biblioteca Municipal da Maia com uma exposição bibliográfica (que se tornou itinerante) e um volume que recolheu os principais textos críticos sobre a obra de Eduardo Lourenço.
2006
Recebe o prémio Extremadura para a Criação, categoria ‘Melhor trajectória literária de um autor Ibero-Americano’.
2007
Doutoramento Honoris Causa pela Facoltà di Lingue e Letterature Straniere Università di Bologna e criação da Cátedra Eduardo Lourenço de História da Cultura Portuguesa. Homenageado no Congresso Internacional Jardins do Mundo que decorreu no Funchal.
2008
O Centro Nacional de Cultura promove, em Lisboa, um Ciclo de Conferências na semana do seu 85º aniversário. Nessa altura também doa três mil livros da sua biblioteca pessoal, nas áreas da Cultura Portuguesa e História das Ideias, à Biblioteca Eduardo Lourenço na Guarda.
Em Outubro, o Centro Nacional de Cultura e a Fundação Calouste Gulbenkian promovem um Congresso Internacional em sua homenagem onde recebe a Medalha de Mérito Cultural .
Recebe a Medalha de Ouro da Cidade da Guarda.
Bibliografia
Livros publicados por Eduardo Lourenço

  • Heterodoxia I, Coimbra, Coimbra Editora, 1949 (republicado em 2005).
  •  O Desespero Humanista na Obra de Miguel Torga e o das Novas Gerações, Coimbra, Coimbra Editora, 1955.
  • Heterodoxia II, Coimbra, Coimbra Editora, 1967 (republicado em 2006).
  • Sentido e Forma da Poesia Neo-Realista, Lisboa, Ulisseia, 1968 (republicado em 2007).
  • Fernando Pessoa Revisitado. Leitura Estruturante do Drama em Gente, Porto, Ed. Inova, 1973 (A ideia central deste livro foi exposta pelo autor em Maio de 1967 numa comunicação apresentada ao Círculo Cervantes de Nice. 2.ª edição em 1981; 3.ªe 4ª edições em 2000 e 2003, com o título Pessoa Revisitado e com novo prefácio; traduzido para francês em 1990, nas edições Métailé, com o título Pessoa l’Étranger Absolu e em 2006 para espanhol, na editora pré-texto;).
  •  Tempo e Poesia – À Volta da Literatura, Porto, Ed. Inova, 1974 (2.ª edição na Relógio de Água, Lisboa, 1987; republicado em 2003).
  •  Os Militares e o Poder, Lisboa, Editora Arcádia, 1975.
  • O Fascismo Nunca Existiu, Lisboa, D. Quixote, 1976.
  • Situação Africana e Consciência Nacional, Lisboa, Pub. Génese, 1976.
  •  O Labirinto da Saudade – Psicanálise Mítica do Destino Português, Lisboa, D. Quixote, 1978 (Edições sucessivas na D. Quixote: 2..ª ed. 1982, 3..ª ed. 1988, 4..ª ed. 1991, 5..ª ed. 1992. Edição do Círclo de Leitores, em 1988; republicado em 2000, com novo prefácio).
  • O Complexo de Marx ou o Fim do Desafio Português, Lisboa, D. Quixote, 1979.
  •   Espelho Imaginário – Pintura, Anti-Pintura, Não-Pintura, Lisboa, Imprensa Nacional Casa da Moeda, 1981 (2.ª edição aumentada em 1996).
  •  Poesia e Metafísica – Camões, Antero, Pessoa, Lisboa, Sá da Costa Editora, 1983 (republicado em 2002);
  • Prémio de Ensaio Literário Jacinto do Prado Coelho, atribuído pelo Pen Clube em 1984).
  •  Ocasionais I / 1950-1965, Lisboa, A Regra do Jogo, Edições, 1984.
  •  Fernando, Rei da Nossa Baviera, Lisboa, Imprensa Nacional Casa da Moeda, 1986 (Recebeu o Prémio Nacional da Crítica, em 1986. 2.ª edição em 1993; republicado em 2008).
  •  Heterodoxia I e II, Lisboa, Assírio & Alvim, 1987.
  • Fernando Pessoa, Roi de Notre Bavière, (Trad. Annie de Faria), Paris, Chandeigne, 1988 (2.ª edição revista e aumentada em 1997).
  • Le Labyrinthe de la Saudade – Psychanalyse Mythique du Destin Portugais, (Trad. Annie de Faria), Bruxelles, Ed. Sagres-Europa, 1988.
  •  Nós e a Europa ou as Duas Razões, Lisboa, Imprensa Nacional Casa da Moeda, 1988 (2.ª ed. em 1989, 3.ª ed. em 1990 e 4.ª ed. aumentada em 1994).
  • ’Europe Introuvable. Jalons pour une Mythologie Européenne, (Trad. Annie de Faria), Paris, Métaillé, 1991.
  • O Canto do Signo – Existência e Literatura (1957-1993), Lisboa, Editorial Presença, 1994 (Recebeu o Prémio D. Dinis de Ensaio, em 1995).
  • Europa – Para uma Mitologia Europeia, Lisboa, Visão, 1994 (republicado em 2001, com novo prefácio).
  •  Le Miroir Imaginaire – Essais sur la Peinture, (Trad. Annie de Faria), Bordeaux, Ed. L’Escampette, 1994.
  • Fernando Re Della Nostra Baviera, (Trad. Daniela Stegagno), Roma, Empirìa, 1997.
  • Mythologie de la Saudade. Essais sur la Mélancolie Portugaise, (Trad. Annie de Faria), Paris, Ed. Chandeigne, 1997.
  • Nós Como Futuro, Lisboa, Assírio & Alvim, 1997 (Fotografias de Jorge Molder).
  •  Portugal-Europa, Mythos und Melancholie: Essays, Frankfurt, TFM, 1997 (Tradução para alemão de diversos ensaios publicados em língua francesa).
  • O Esplendor do Caos, Lisboa, Gradiva, 1998 (traduzido para francês em 2002 nas edições L’Escampette, com o título La Splendeur du Chaos).
  •  A Nau de Ícaro, seguido de Imagem e Miragem da Lusofonia, Lisboa, Gradiva, 1999.
  •  Portugal como Destino, seguido de Mitologia da Saudade, Lisboa, Gradiva, 1999 (publicado no Brasil sob o título Mitologia da Saudade, seguido de Portugal Como Destino, S. Paulo, Companhia das Letras, 1999).
  •  Mi És Európa, (Trad. Kutor Tünde trad. Csaba Márta, Rákóczi István, Szelényi Zsolt, Székely Y Ervin, Szilágyi Ágnes Judit), Búbosbanka, Ed. Ibisz, 1999.
  •  A Noite Intacta. (I)recuperável Antero, Vila do Conde, Centro de Estudos Anterianos, 2000 (republicado em 2007, sob o título Antero ou a Noite Intacta).
  •  La Culture à l’Ère de la Mondialisation, suivi d’un Portrait par Catherine Portevin, (Trad. Annie de Faria), Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2001.
  • Mythologie der Saudade. Zur Portugiesischen Melancholie, Frankfurt am Main, Ed. Suhrkamp, 2001 (Tradução para alemão de diversos ensaios da edição francesa).
  •  Europa Y Nosotros o las Dos Razones, (Trad. Ernesto García Cejas e Vicente Araguas), Madrid, Huerga Y Fierro Editores, 2001.
  • Le Poète dans la Cité (Aujourd’hui) – De Dichter in de Samenleving (Vandaag), Bruxelles, Instituto Camões – Delegação da Bélgica, 2002.
  •  Chaos a Nádhera – Eseje o Identitě, Praha, Dauphin, 2002.
  •  Chaos and Splendor & Other Essays, Dartmouth, Center for Portuguese Studies and Culture- University of Massachusetts Dartmouth, 2002.
  • Chaos and Splendor & Other Essays, CARLOS VELOSO (ed.), Dartmouth,Center for Portuguese Studies and Culture- University of Massachusetts Dartmouth, 2002.
  • This Little Lusitanian House: Essays on Portuguese Culture, Providence,Gavea-Brown Pub., 2003.
  • Destroços - O Gibão De Mestre Gil E Outros Ensaios, Lisboa, Gradiva, 2004.
  • O Lugar Do Anjo - Ensaios Pessoanos, Lisboa, Gradiva, 2004.
  •  O Outro Lado Da Lua - a Ibéria Segundo Eduardo Lourenço, Porto, Campo das Letras, 2005
  •  A Morte De Colombo - Metamorfose E Fim Do Ocidente Como Mito, Lisboa, Gradiva, 2005
  •  As Saias de Elvira E Outros Ensaios, Lisboa, Gradiva, 2006
Pensamentos de Eduardo Lourenço

O Canto do Signo – Existência e Literatura, Editorial Presença, 1994.

“A crítica só tem um significado ‘crítico’ razoável: é ‘consciência efectiva dos limites’,
exactamente como Kant a entendeu.”

“Os criadores têm a realidade das suas criações. Os críticos aquela que as criações
lhes consentem, sejam elas medíocres, excelentes ou geniais. A sua ilusão desenraizável é a
de imaginar que são eles quem lhes dá vida, quem as ilumina, quem as julga.
O contrário é mais exacto: são elas quem os faz viver, os ilumina ou julga.”

“O que se chama Crítica é a sombra apagada desta constelação móvel e irradiante das Obras.”

“A existência da obra de Arte oferece a particularidade única de ser uma existência que
não está certa da sua existência e ao mesmo tempo a existência mais resistente
na sua abissal fragilidade.”

“A Literatura é, no espelho da Cultura, uma prova da mortalidade das Obras,
pois é como mortas que elas se prestam à manipulação culturalista dos vivos.”

“O «ser» da crítica não é mais que sombra do «ser literário», embora esta sombra
não seja criada do exterior, mas segregada pela própria existência literária.
Por isso os avatares da Literatura são os avatares da Crítica Literária.”

“Entre crítica e literatura não há nem concorrência, nem oposição, nem convergência.
Há comparticipação na mesma liturgia do imaginário que ambas celebram,
uma criando-o, a outra lendo-o e recriando-o numa espécie de infelicidade sublime
a meio do caminho entre o eco e a metáfora.”

“Em todos os sentidos do termo, a obra é uma presença intemporal, porque nenhum
tempo preciso, nem sequer o do seu empírico nascimento, lhe pode ser assinalado.
E como seria de outro modo se ela é realidade humana na sua máxima irrealidade?
Ou se se prefere, irrealidade humana na sua máxima realidade?”

“O verdadeiro crítico é aquele que não compreende a obra e antevê (um pouco)
as razões por que não pode compreendê-la.”

“Toda a nomenclatura é uma aposta, um risco. Mas o que nós próprios
nos atribuímos é além disso desafio e pretensão. Através da palavra mágica «geração»
damo-nos facilmente uma figura no céu passageiro da vida literária.”

“Há apenas duas maneiras de conviver com o tempo: tomá-lo como realidade
ou como ficção. O que nós chamamos a literatura clássica tomava o tempo
como ficção. A literatura especificamente moderna – a que nasce com o D. Quixote
e toma plena consciência de si mesma com Madame Bovary – colhe a essência
da realidade humana como temporalidade pura.
É a ficção que deve enfrentar esta esfinge sem enigma.”
p. 302

O Labirinto da Saudade, Gradiva, 2005.

“Que o português médio conhece mal a sua terra – inclusive aquela que habita
e tem por sua em sentido próprio – é um facto que releva de um mais genérico
comportamento nacional, o de viver mais a sua existência do que compreendê-la.”

“Citar um autor nacional, um contemporâneo, um amigo ou inimigo,
porque nele se aprendeu ou nos revimos com entusiasmo, é, entre nós,
uma raridade ou uma excentricidade como usar capote alentejano.
A referência nobre é a estrangeira por mais banal que seja, e quem se poderá
considerar isento de um reflexo que é, por assim dizer, nacional?”

“Os Portugueses vivem em permanente representação, tão obsessivo
é neles o sentimento de fragilidade íntima inconsciente e a correspondente vontade
de a compensar com o desejo de fazer boa figura, a título pessoal ou colectivo.”

“Mas seja qual for a interpretação ideológica de Camões, não é possível,
para ninguém, separar o seu canto épico da apologia histórica de um povo
enquanto vanguarda de uma fé ameaçada na Europa do tempo e de um império
igualmente guarda-avançada da expressão comercial e guerreira do Ocidente.
É essa a «matéria» textual e moral do Poema.”

“Em princípio, todo o português que sabe ler e escrever se acha apto para tudo,
e o que é mais espantoso é que ninguém se espante com isso.”

A Nau de Ícaro seguido de Imagem e Miragem da Lusofonia - Gradiva

“Na verdade, e enquanto cultura europeia moderna, uma das originalidades
da nossa cultura foi a de ter sido, entre os séculos XV e XVII,
expressão singular e multiforme do «olhar europeu» sobre outras culturas,
e o que não é menos importante, reflexo do olhar do outro sobre a Europa.
O poema nacional dos Portugueses, Os Lusíadas, e a Peregrinação de Mendes Pinto
podem ser considerados os pólos deste duplo movimento solar da nossa cultura
portuguesa enquanto cultura inscrita fora do seu círculo original.”

“O nosso grande problema, enquanto portugueses, neste fim de século,
é integrar a realidade, a banal realidade europeia, com os seus imperativos
de organização, de competitividade, de invenção. Sem perder um certo arcaísmo,
um certo perfume de vida que se lembra ainda do seu passado rural,
vida banhada da doce luz da Finisterra.”

”Nenhuma barca europeia está mais carregada de passado do que a nossa.
Talvez por ter sido a primeira a largar do cais europeu e a última a regressar.”

“O nosso mundo, na aurora de um novo milénio, segundo o calendário crístico,
parece-se com um dos grandes aeroportos onde a humanidade se cruza sem se ver.”

“Não pode dizer-se de língua alguma que ela é uma invenção do povo que a fala.
O contrário seria mais exacto. É ela que o inventa. A língua portuguesa é menos
a língua que os Portugueses falam do que a voz que fala os Portugueses.”

“Uma língua não é de ninguém, mas nós não somos ninguém
sem uma língua que fazemos nossa. É neste sentido, e unicamente
neste sentido – longe das identificações narcisistas dos
nacionalismos culturais -, que uma língua é, como pensava Pessoa,
a nossa verdadeira pátria. A esse título, habitá-la, defendê-la,
da única maneira criadora tolerável, o que a torna cúmplice
dos nossos desejos e dos nossos sonhos de imortalidade humana,
nem é mesmo um dever, mas a natural respiração de uma cultura
que tem nela a sua matéria e a sua forma. Ou melhor, a alma da sua alma.”

“O povo brasileiro é um povo cheio de humor. Não é culpa dele se é um povo
demasiado grande para a memória que tem, como nós somos um povo
pequeno de mais para a memória imensa que ao longo dos séculos
refluiu para o nosso coração e nos sufoca.”

pp. 142-143
Tempo e Poesia, Gradiva

“Como a palavra comum, e mais do que ela, a escrita é um risco total.
De uma maneira geral ninguém a lerá como o seu autor a concebeu.
Ela será ocasião inevitável de desentendimento, desatenção, porventura
Irritação ou desprezo, mas igualmente de comunhão possível,
de entusiasmo, sobretudo de veículo para o transporte do próprio sonho.”

“À obsessão de julgar a Obra, antepôs-se-me a urgência de uma espécie de osmose
com ela, de modo a que o meu discurso sobre ela fosse uma espécie de duplo,
não do seu próprio discurso – o que nenhuma Obra é -, mas da claridade,
da evidência interna, do movimento, em suma, da vida iluminante
que na Obra existe, por ser o que é.”

"Decidi, por conseguinte, que os Poetas seriam os meus guias e não os críticos,
quero dizer a espécie crítica que vive na ilusão de uma superioridade
de estado do seu próprio estatuto crítico e da instância
(quando não instituição...) em que se constitui.”

“O acto crítico autêntico é um contínuo acto de amor que não
precisa de outra justificação que a da invenção mútua
de existência em que todo o amor consiste […].”

“Em sentido radical não há nada a dizer de um poema,
pois é ele mesmo o dizer supremo.”

“Se nada mais ficar do propósito que os meus textos «críticos» quiseram
encarnar, que sobrenade ao menos a paixão e o fervor nunca desmentido
pela Poesia mesma, lâmpada miraculosamente intacta no tempo
de plurais trevas que a cercaram sem a poder dissolver.”

“Espírito da Terra capaz de romper através da vida obscura da
nércia animal para oferecer uma face de Deus ao apelo universal da luz,
a Esfinge é encarnação perfeita da ambiguidade radical da situação humana.
E ao mesmo tempo a realização plástica mais concreta
do acto original do homem: a poesia.”

“Compreender a Esfinge, compreender a poesia é olhá-la sem a tentação
de lhe perguntar nada. É aceitar o núcleo de silêncio donde todas as
formas se destacam. A obra vale pela densidade de silêncio que nos impõe.
Por isso os poetas que imaginam dizer tudo
são tão vãos como as estátuas gesticulantes.”

“A Saudade é a sensível existência humana, a si mesma
inacessível e próxima. Inacessível porque próxima.”

“O amor pela poesia, como todo o amor, é a história dum equívoco.”

“A importância única da geração de Orpheu reside nessa aceitação sem limites
da seriedade da poesia, ou, se se prefere, da poesia como realidade absoluta.”


“O universo de «Orpheu» é o de um abalo radical que num segundo de terror
e êxtase confunde na terra desolada os deuses e os demónios. O drama
de «Presença» é o de homens que entre as ruínas de uma terra novamente
quieta procuram com fervor a imagem de um deus mais intacto para adorar.
enquanto o não acham, o prazer e a angústia da busca
lhes servem de verdadeiro deus.”

Fernando, Rei da nossa Baviera, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1993.
p. 48

[…]

“A galáxia-Fernando Pessoa não é habitável senão por aqueles
que como ele sabem que ‘grandes são os desertos…’”

DEPOIMENTOS

EXCERTOS SELECTOS SOBRE EDUARDO LOURENÇO

Um dos espíritos mais sagazes, de uma fulgurância estonteadora, que o ensaísmo
português em alguma época produziu. Muitas características e muitas virtudes
(por vezes dissociáveis, como no seu caso) desenham o perfil deste beirão
que, nunca deixando de o ser, se tornou um dos nossos universalistas –
talvez por isso vemo-lo como o mais certeiro e apaixonado diagnosticador
das contraditórias especificidades do homem português e, ao mesmo tempo,
um daqueles que mais capazes se revelam de um distanciamento clarificante.

Fernando Namora
*******************
“Eduardo Lourenço é um mestre do ensaio livre e criativo que procura abarcar
e desvelar a compreensão da realidade em perspectivas inesperadas. Mestre de
uma crítica livre  pensadora, mas pós-livre-pensamento, difícil de enquadrar em
escolas e correntes, Eduardo Lourenço tem procurado desminar o nosso imaginário
repleto de imagens  desfocadas de nós mesmos, de mitos e utopias delirantes que nos têm impedido de trilhar caminhos sólidos de realização colectiva. Os seus textos
são interpretação e, ao mesmo tempo, são fonte de interpretação. A sua lucidez
analítica perante a complexidade  da história e suas derivas presentes obriga-nos
a uma ascese das nossas insuficiências  hermenêuticas e a alargar a compreensão
de Portugal, da Europa e do mundo. Tenho uma dívida de inspiração a
Eduardo Lourenço e aos seus escritos, lidos por mim com entusiasmo sistemático.
Os seus textos e os momentos de convívio com este pensador têm sido
desbravadores de caminhos e de temas de abordagem da História da
Cultura, esse mar onde navego em termos de investigação. Sem Eduardo Lourenço
os meus livros seriam mais pobres. Ele tem-me ensinado, com os suas análises
 argutas e as suas provocações eivadas de ironia, a olhar o nosso passado
e o nosso presente de forma menos simplista e mais complexizante.”

José Eduardo Franco

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“(…) trata-se de um verdadeiro pensamento da literatura, e, no mesmo gesto,
de uma proposta de interpretação global da história literária do século
XIX e XX (…) e de uma tentativa de caracterização dos grandes problemas
do nosso tempo. Não se pode dizer que seja pouco”.

Eduardo Prado Coelho


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Eduardo Lourenço é um filósofo que pensa em metáforas e um poeta que transforma as metáforas em personagens. As suas personagens são os textos que lê e que
nos ensina a ler como se fossem gente: Camões, Pessoa, Portugal, o que fomos,
o que somos, o que ainda poderemos querer ser.

Helder Macedo

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Cosmopolita à maneira de Goethe ou de Stendhal, dotado do olhar lúcido de um exilado do interior, Eduardo Lourenço é um digno sucessor de Paul Hazard”.

Gerard Spiteri.

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“(…) a sua compreensão íntima do mistério da saudade, (…) a sua magistral interpretação
da obra de Pessoa, dão-nos a essência mesma da lusitanidade”.

Catherine Trautmann, Ministra da Cultura de França

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“Eduardo Lourenço (…) sabe que todos nós somos espíritos perdidos no tempo e que,
apesar das palavras não poderem quebrar a nossa irredutível solidão, elas podem pelo
menos proporcionar um pouco de conforto no vazio da infinitude”.

Pascal Avot.
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Fontes:




CASA DA CULTURA PORTUGUESA, DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ-BRASIL, ABRE INSCRIÇÕES PARA CUROS DE PORTUGUÊS PARA ESTRANGEIROS E SOBRE O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO DE PORTUGUÊS



A Casa da Cultura Portuguesa, da Universidade Federal do Ceará, tem abertas as inscrições até o dia 10 de janeiro, para dois cursos: “Português para estrangeiros” e “Conhecendo o novo acordo ortográfico”. Os interessados devem dirigir-se à secretaria da Casa das 9h às 12h ou das 15h às 17h.

Os cursos têm a duração de 30h/aula e serão realizados do dia 16 de janeiro a 03 de fevereiro de 2012. Os professores Juarez Mesquita de Albuquerque e Carmen Sílvia Lima e Silva irão ministrar as aulas. Mais informações pelos telefones: (85) 3366-7649 / 3366-7650.

PRÉMIO LUSO BRASILEIRO DE DRAMATURGIA 2011, "ANTÓNIO JOSÉ DA SILVA" - FINALISTAS BRASILEIROS DIVULGADOS PELA FUNDAÇÃO NACIONAL DAS ARTES

Os quatro textos escolhidos pela comissão de seleção do Brasil foram: “Videoteipe”(pseudónimo Maure Picat); “Oásis” (pseudónimo Oásis 6.0); “A Morada do Dragão” (pseudónimo António Malazarte) e “Tem Alguém que nos Odeia” (pseudónimo Eva Brack). A comissão de seleção é formada por Maria Helena Khüner, Maria Isabel Cavalcanti, Marcos Ribas e Carlos Augusto Mazareth.

Além dos selecionados no Brasil, outros quatro textos, escolhidos pelo júri português, concorrem ao Prémio.

O autor da obra vencedora receberá 15 mil euros. Realizado pela Funarte, em parceria com o Instituto Camões, de Portugal, o Prémio vai na quinta edição. No dia 15 de dezembro, por videoconferência, os jurados brasileiros e portugueses definirão o vencedor do 5º Prêmio Luso-Brasileiro de Dramaturgia.

ANA MARIA MACHADO, INSÍGNE ESCRITORA BRASILEIRA, É A NOVA PRESIDENTE DA ABL - ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS



A escritora Ana Maria Machado foi eleita, por unanimidade, a nova presidente da ABL (Academia Brasileira de Letras).

Segunda mulher a ocupar o cargo - a primeira foi Nélida Piñon, em 1997-, a escritora substitui Marcos Vinicios Vilaça, que dirigiu a ABL por dois períodos: nos biénios 2006/07 e 2010/11.

Ana Maria Machado prometeu promover os "melhores valores da cultura nacional e da língua portuguesa" e afirmou que a instituição dará prioridade, no próximo ano, às atividades relativas aos centenários da morte do Barão do Rio Branco e do nascimento de Jorge Amado.

Ana Maria Machado entrou para a Academia em 2003, tendo sido essa a primeira vez que um autor com obra significativa para o público infantil foi escolhido para ocupar uma das cadeiras dos "imortais das letras".

PORTUGAL É UM DOS PAÍSES PRESENTES NA EXPOSIÇÃO DE PRESÉPIOS NO MUSEU DE ARTE SACRA DE SÃO PAULO



No Museu de Arte Sacra de São Paulo, uma exposição que reúne mais de 30 presépios de 20 países, incluindo Portugal, estará patente ao público até dia 8 de janeiro..

Esta é a primeira vez que a exposição é feita e a ideia é montá-la todos os anos. O museu já exibe durante todo o ano alguns exemplares de presépios. Um deles, doado pelo artista plástico Ciccilo Mattarazzo, está exposto em permanência. A obra tem 1.600 peças e só há mais dois presépios do mesmo nível em todo o mundo.

De acordo com a consultora do Museu de Arte Sacra, Beatriz Vicente de Azevedo, o que chama a atenção na exposição é a grande variedade e as particularidades de cada obra, reflectindo aspectos regionais e culturais de cada país. A curiosidade é que, embora o tema seja o mesmo, há diferentes formas de expressão e características. “Como o presépio é uma arte popular, não segue aqueles padrões rígidos de uma arte académica. O presépio do Peru, por exemplo, usa os animais dos Andes e os personagens têm feições dos índios andinos. O da Polónia, em vez de ser uma gruta, apresenta um castelo misturado com uma catedral sumptuosa. O do Uruguai é todo feito com produtos orgânicos”.

Segundo Beatriz de Azevedo, as obras foram cedidas pelos consulados dos países e colecionadores particulares. “Há presépios da Polónia, Uruguai, Colômbia, Chile, México, Argentina, Peru, Israel, Guatemala, Itália, Estados Unidos, Portugal, Zimbabwe, França, Mossi [Alto Volta, África], Nigéria, Alemanha, Espanha, El Salvador e Brasil.

O Museu de Arte Sacra de São Paulo fica na Avenida Tiradentes, 676, no bairro da Luz, na capital paulista. A exposição estará patente ao público até ao dia 8 de janeiro.

domingo, 11 de dezembro de 2011

MARIZE DE CASTRO LANÇA O SEU NOVO LIVRO DE POEMAS: HABITAR TEU NOME - ESTE LIVRO DA BRILHANTE E SINGULAR POETA DO RN, MUITO ACLAMADA NO BRASIL, PELA BELEZA DUMA POESIA QUE SE ASSUME CLARAMENTE NO QUE A POESIA INVULGAR SE DEVE ASSUMIR: TRANSGRESSORA - É MAIS UM LIVRO DA AUTORA SEMPRE ESPERADO COM MUITA EXPECTATIVA.




Marize de Castro é uma das mais distintas poetas (poeta é como ela prefere ser designada) do Rio Grande do Norte-Brasil que mais se tem distinguido nacionalmente como criadora de uma poesia tão singular, que dela se pode dizer que rompe com todas as estéticas já percorridas para ultrapassar as fronteiras das palavras e dos tabús metafóricos, galgar os espaços de tempo e lugar, para se fazer ouvir com uma poesia nova, ousada, profunda e visceralmente sincera, verdadeira - nisso contrariando Pessoa em: "O poeta é um fingidor..."  -  primando pela depuração estética da palavra poética a um nível lírico de rara beleza e ousadia que, em Marize de Castro, corresponde a uma exigese formal de tentar com as palavras erguer o lirismo inusitado que pode exisir numa quase meta-linguagem que a habita e nos habita, obscura e palpitante, mas nela se revela, aberta como o núcleo de uma rosa vermelha exposta ao sol, nela se faz língua, corpo, seiva e sangue, dor e prazer, sexo e alma, amor, amor dádiva, infinito, total!  

Nos seus anteriores livros há sempre como que a expectativa de que mais territórios além fronteiras a sua poética vai percorrer! Mas nesse caminhar em que sempre nos surprende com uma poética que prefere abandonar as estradas de Santiago já percorridas por todos os peregrinos, ela prefere penetrar nas veredas recônditas da beleza poética que outros não ousam sequer tentar a aventura de percorrer, mas Marize de Castro faz mais que isso, vira o poema do avesso e oferece-nos a belesa lírica de dentro para fora, a metáfora sem auto-sensura, o poema em carne viva, em sangue, seiva, suor, o corpo de dentro e de fora a dialogarem, sem mácula, a verdade do amor, do prazer e do sofrer, as ânsias incontidas em energias à solta, como éguas bravias, correndo loucamente livres pelos prados.

Da minha muito querida amiga Marize de Castro, escrevi um dia, num poema a ela dedicado, ainda inédito, as seguinte estrofes:..."Das tuas arestas vivas sangra mel/e nos abismos do teu Ser-Sentir/macios pingos de dor, inaudíveis/soltam explosões siderais, ofuscantes...Mas és viajeira do tempo vindouro/espaço aberto, lava escaldante/dos teus férteis lábios, seios e ventre/escorre um néctar que é puro ouro/que adorna teu poema, maior amante/que te cativa, fertiliza e castra, insistente..." 

De Marize de Castro, que é também jornalista e editora, mas essencialmente, profundamente, poeta, cada novo livro é sempre uma grande expectativa, cada novo livro pode ser uma nova poesia:
até onde tu irás minha poeta? que..."vestida de véus, ornada de escondidas lágrimas-diamantes/em poemas, cavalgas o sol e a lua/os rios, os mares e todos os pássaros/em rituais cópulas, febris, inebriantes..."  

Marize de Castro vai agora lançar mais uma obra poética sua, que intitulou:                  
                            
"HABITAR TEU NOME" 

Dos poemas contidos nesta obra de Marize de Castro, escreveu com palavras certeiras, exactas, aquilo que, como disse antes, é sempre o esperado e o inesperado em cada novo livro de poemas desta brilhante poeta potiguar e brasileira e universal na sua poesia.

Disse o Professor Doutor Ivan Junqueira:

"Estes versos, assombram, perturbam, desconcertam" 






















Exorto, pois, a todos que amam a poesia, sobretudo a poesia que "marca" o leitor, como quase tatuagem que mais não pode retirar da sua pele, que compareça ao lançamento e/ou obtenha mais este tão esperado livro de Marize de Castro.

DATA DE LANÇAMENTO: 14 de Dezembro de 2011, (quarta-feira) às 19 Horas

LOCAL: Teatro Alberto Maranhão (o belo Teatro Casa de Cultura mais impotrtante e significativo de Natal, situado na Praça Augusto Severo, Ribeira, Natal-RN-Brasil

Lá estaremos para felicitar nossa querida amiga Marize de Castro e para, ávidamente, começarmos a ler-viajar com a poesia deste ..."pássaro dos abismos e montanhas insondáveis/ Vôos de "Via Crucis - Via Láctea, alma errante"...   

Carlos Morais dos Santos