O escritor português José Saramago,
recentementre falecido, foi a grande figura homenageada da 2ª Mostra de
Cinema Luso-Amazónica, que decorreu dia 28 de outubro, no Teatro
Gebes Medeiros, em Manaus.
A programação contou com obras contemporâneas da filmografia portuguesa, além de produções de cineastas amazonenses como Roberto Kahane e Márcio Souza.
“Ano passado homenageamos o pioneiro Silvino Santos.
Nesta segunda edição, Saramago é quem receberá as honras por ter sido o
único escritor de língua portuguesa a receber o Prémio Nobel de
Literatura e por todas as suas obras”, comenta Chicão Fill, organizador da mostra.
O evento tem como objectivo
incentivar a produção cinematográfica e a interacção cultural no âmbito
da língua portuguesa. “A ideia é reforçar mesmo a presença do cinema
luso no Amazonas. A exemplo da primeira edição da mostra, queremos
interagir com alunos de escolas públicas, levando-os para as sessões
para que eles se familiarizem com o cinema português”, enfatiza.
Boa iniciativa
Márcio Souza, realizador do
filme “A selva”, de 1973, que integra a programação do evento, entende
que a mostra é uma opção diferenciada em relação ao que é exibido nas
salas comerciais de cinema..Uma iniciativa como a Mostra Luso-Amazónica é
importante, até porque o cinema português tem desempenhado um papel
siginficativo na Europa”, declara o dramaturgo.
“Não se pode falar de cinema na
Amazónia sem se referir aos portugueses. Por isso a iniciativa dessa
mostra é admirável. ”, disse o realçizador Roberto Kahane.
José Gaspar, crítico de cinema,
diz que a mostra vale pelo intercâmbio entre Portugal e Brasil. “É
importante manter vivo esse laço cultural entre a comunidade portuguesa
no Amazonas”, ressalta Gaspar. “Nasci em Portugal, moro há 50 anos em
Manaus e sou fã do cinema contemporâneo de Manoel de Oliveira, Paulo
Rocha, António Pedro Vasconcelos”, afirmou.
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