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MÚSICA DE FUNDO E AUDIÇÃO DE VÍDEOS E AUDIOS PUBLICADOS

NÓS TEMOS TODO O EMPENHO EM MANTER SEMPRE MÚSICA DE FUNDO MUITO SELECIONADA, SUAVE, AGRADÁVEL, MELODIOSA, QUE OUVIDA DIRETAMENTE DO SEU COMPUTADOR QUANDO ABRE UMA POSTAGEM OU OUVIDA ATRAVÉS DE ALTI-FALANTES OU AUSCULTADORES, LHE PROPORCIONA UMA EXPERIÊNCIA MUITO AGRADÁVEL E RELAXANTE QUANDO FAZ A LEITURA DAS NOSSAS PUBLICAÇÕES.

TODAVIA, SEMPRE QUE NAS NOSSAS POSTAGENS ESTIVEREM INCLUÍDOS AUDIOS E VÍDEOS FALADOS E/OU MUSICADOS, RECOMENDAMOS QUE DESLIGUE A MÚSICA AMBIENTE CLICANDO EM CIMA DO BOTÃO DE PARAGEM DA JANELA "MÚSICA - ESPÍRITO DA ARTE", QUE SE ENCONTRA DO LADO DIREITO, LOGO POR BAIXO DA PRIMEIRA CAIXA COM O MAPA DOS PAISES DOS NOSSOS LEITORES AO REDOR DO MUNDO.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Silvino Potêncio, poeta português de Trás-Os-Montes, radicado em Natal,RN-Brasil há 31 anos








Carlos Morais dos Santos
Prof. Universitário (Apos.)
Escritor, poeta, fotógrafo
Cônsul da S.I. Poetas Del Mundo 


É com muito gosto que publicamos hoje o nosso conterrâneo, escritor e poeta Silvino dos Santos Potêncio que, como nós, se encantou por Natal,RN - Brasil, onde optou por residir desde há 31 anos. Nós descobrimos Natal mais tarde, em 1992, depois de já termos visitado uma grande parte deste Brasil e só decidimos construir ali a nossa residência (agora, de seis meses por ano) em 2010, apesar de desde 1992 termos passado todos os anos uma parte das nossas férias nesta cidade encantadora. É que, desde 1992 passámos a ter um grande motivo mais para "ficarmos" em Natal: aqui se instalou um filho nosso, casado com uma querida potiguar, que nos deram dois maravilhosos netos potiguares.

Desde então,  Selma e eu, aqui constituímos  na Capital do Sol um enorme património de afetos, sobretudo, entre a comunidade de poetas, escritores e artistas, e nos temos associado à vida cívico-cultural da cidade e do estado. E foi através dessas nossos relações que viemos a descobrir o nosso conterrâneo, também poeta e escritor Silvino Potêncio.

Silvino Potêncio é um desses portugueses transmontanos que com a força da sua personalidade e dos seus talentos, tem marcado a sua presença em Natal, quer através das suas actividades profissionais ligadas ao mundo empresarial e de negócios, quer através do seu labor de escritor e poeta em que se distingue por um estilo muito próprio e singular marcado pelo humor espontâneo (às vezes,  mordaz) e pela linguagem que recupera os modos de expressão populares da sua região de origem e das suas influências de África, onde parte do seu coração, ainda mora.

Silvino Potêncio reflecte em seus escritos, a natureza de Trás-Os-Montes - Portugal, região que pela sua enorme beleza agreste e montanhosa, tem inspirado tantos talentos nas letras como o genial Miguel Torga, o grande poeta e escritor português que várias vezes foi proposto para ser candidato ao Prémio Nobel e que, com os cantos telúricos da sua poesia onde  esculpe liricamente  as paisagens de Trás-Os-Montes, as emoções e os sentimentos de um nordestino português, deixou uma obra que sendo bem portuguesa, tem um alcance e significado profundamente universal que o imortalizaram.

Eis, aqui, em poema e em crónica, o escritor e poeta Silvino dos Santos Potêncio, português das montanhas do nordeste transmontano de Portugal, e da diáspora, que também se expressa nessa mesma linguagem telúrica  que fala da terra e das gentes, das suas paixões e dos seus dramas, mas também dos seus estados de humor crítico e mordaz, sem enjeitar a linguagem da terra e dos homens que a habitam sentindo o seu pulsar nas suas dores, esperanças e sonhos que também são de Silvino Potêncio, como são de todos nós.
  
SILVINO DOS SANTOS POTÊNCIO,

Naturalidade: 04.11.1948, Aldeia de Caravelas - Mirandela, Portugal.
- Emigrante Transmontano da Aldeia de Caravelas/Mirandela - Portugal. O autor publicou alguns artigos de sua autoria no Jornal O Mundo Português - RJ, ligados a actividade turística e negócios no RN na década de 80. - Presentemente actua como Consultor de Empresas Nacionais e Internacionais, na cidade de Natal-Brasil.
- Após a instrução primária na Aldeia de Caravelas, freqüentou o Colégio "Externato Trindade Coelho - Macedo de Cavaleiros" e o LICEU NACIONAL DE BRAGANÇA - PORTUGAL., já no ano de 1966, freqüentou o COLÉGIO VASCO DA GAMA e LICEU NACIONAL SALVADOR CORREIA em Luanda - Angola.
- No ano de 1969 foi alistado na EAMA – Escola de Aplicação Militar de Angola. - De volta a Luanda, e até ao ano de 1975, realizou e completou diversos cursos de graduação profissional e acadêmica. ... Mudou-se para Natal no Brasil em 1979, onde reside actualmente.
- Na literatura mantém a sua identificação cultural e afinidade profundamente...
 arraigada com a cultura lusitana original do Galaico-Duriense como um todo, porém com especial dedicação e incidência sobre as origens dos usos e costumes das terras Altas Transmontanas.
- Embora acabe por sofrer a influência directa da cultura local, das terras por onde tem passado, com os seus múltiplos efeitos e o entrosamento familiar como conseqüência, ainda se mantém - dentro do possível - fiel às suas origens.
- Autor de algumas crônicas virtuais (em boa parte já publicadas) intituladas por nomes como o de "CATRAMONZELADAS" ®, "OS NÏZCAROS" ®. "OS GAMBUZINOS" ®... o autor acrescenta em cada uma a sua experiência pessoal directamente relacionada com esse mesmo pensamento ideológico.
No livro de poemas, publicado apenas como uma edição reduzida (esgotada) a uns quantos exemplares e distribuído entre colegas e amigos da época (período de 1970-1972) com o nome de "Eu, o Pensamento, a Rima..." - esta edição original tem algumas ilustrações assinadas por "D. Brandão" - então Furriel Miliciano e camarada de armas do autor.
Em projeto estão: Poesias Soltas, Crônicas da Emigração, Os Gambuzinos, “Estórias de Um Caixeiro Viajante”, Os Nizcaros (Sátiras Politicas da Actualidade)...

Endereços para contacto:
Silvino Dos Santos Potêncio
Rua Vigario Bartolomeu, nº 635 – S/102 – Cidade Alta
59025-100 – NATAL/RN – BRASIL
Email:sspotencio@yahoo.com.br
MSN: ss_potencio@hotmail.com
Blog: http://zebico.blog.com
http://osgambuzinos.blog.com
http://osnizcaros.blog.pt
Pagina: www.potencio.multiply.com

Minuto a Minuto...

Sinto morrer dentro de mim,
A cada minuto de espera;
Algo bom que chega ao fim,
Apenas deixando quimera

Quis ter em minhas mãos o seu destino,
Como se isso me fosse concedido.
Errei uma vez mais o meu caminho,
E assim viverei... eternamente iludido!

Cada dia que passa é sonho infindo,
Cada hora de vida é uma loucura
Minuto a minuto eu fico sentindo,

Levar de mim grande amargura,
Como água que na terra vai sumindo,
Transformando o meu ser em pedra dura!

(In: Eu, O Pensamento, ... A Rima!) De: Silvino S. Potêncio
Todos os Direitos Autorais Reservados ao Autor
_________________________________________________________________________
<<..."O maior castigo para aqueles que não se interessam por política, é que serão governados pelos que se interessam por ela."...>>( Arnold Toynbee)
De: Silvino Potêncio,...      ® Os Gambuzinos (278)
>>   As Guerras “Antoninas Luz & Tanas”

“...Nos tempos das fidalguias,
Das nossas Forças Armadas,
Em muito quartel existia,
Dois de Paus... e Reis de Espadas!...”  

Talvez por condão ou mera coincidência, a especialidade que nos foi atribuída, ao terminarmos o nosso tempo de “recrutamento e treino” na Escola de Aplicação Militar de Angola, foi a de “escriba amanuense” cujo símbolo é uma “Pena e uma Espada”.

Passaram-se os tempos, mudaram-se as vontades, perdeu-se o viço, gastou-se a pujança... mas ficou-nos o arquivo da massa cinzenta onde, pelo próprio nome, alegóricamente, tudo acaba em cinzas. - Tudo não passa de quimeras soltas ao vento da liberdade, que cada um conquista ao longo dos anos... A escrita, seja qual for o estilo adoptado, tem mil uma nuances de fantasia, de imaginativas situações que são expressas, mostradas ao público, de acordo com o divagar (uns vão di vagar outros vão mais di pressa!!!)... dos pensamentos do seu criador. Daquele que lhes dá vida e acende o interruptor para dar à luz mais um rebento, que... a bom pensar tanto pode ser um aborto da natureza como pode ser uma “Best seller” e por falar em “bestas”, queremos deixar aqui este nosso registro sobre dois nomes tipicamente Luz & Tanos, ou sejam; aqueles nomes que dão luz!

Nomes que quando dão à luz, na verdade iluminam a quem os cerca porém... entre eles há os que ao darem à luz, provocam uma grande escuridão! É um apagão tão grande que às vezes leva anos... muitos anos, para se fazer luz de novo!...

- Olha... Fernandinho, já estás na idade de ir p’ró seminário!...
Aatão prepara-te lá, e arruma a trouxa... c’amanhã vais p’ra Cuimbra.
- Não mãe, eu não quero ir!!!... (respondia-lhe o “puto”).
Lá em Cuimbra só tem “doutores” e eu não gosto daquilo.
Não adianta reclamares... já está decidido!... tens que ter um canudo, e se não podemos pagar o colégio, então aceitamos uma ajuda do Sá Cristão, que é Amigo do Padre da Igreja da Graça e prontos... tens que ir!... está dito!

E assim o Fernando que também era Bulhões... foi para “Cuimbra” e lá se formou em Direito, duplamente qualificado. Dizemos duplamente porque ele estudava advocacia, a arte de bem mentir ao falar a verdade, e estudava tudo tão direito, que o Papa ao saber das habilidades do "ganapo", lá o mandou emigrar para Itália, onde se hospedou eternamente na cidade de Pádua.

Este emigrante Português de nascimento, ao aceitar o convite do Santo Papa exigiu e ganhou a primeira guerra dele... só vou emigrar, se me mudar de nome!... dizia ele na bula que mandou ao Vá ticano.
- E este lhe atribuiu logo não só o nome, como até lhe deu uma Comenda,  a de Santo António!!!... e como ele morava em Pádua, ficou a guerra que dura até hoje...: quando estamos em Itália, rezamos ao Santo António dos Italianos, e quando visitamos Portugal, rezamos ao Santo António de Lisboa. – Só para lembrar aos leitores, esta guerra começou em 1.195, portanto Portugal ainda tinha Rei de Espadas, o Ti Dom Afonso Henriques, que também gostava muito de viajar e migrar para a terra das Uvas Mouriscas.

Anos mais tarde, ali pelas bandas de Santa Comba Dão... (tudo de Graça) o rapazote, terminou a instrução primária, que era de primeira mas só acabava na quarta classe!... A Mãe do dito cujo, foi à horta e chamou o rebento com bons modos como toda a Mãe sabe fazer;
- Olha... Toninho!... vem cá!
- Meu filho... limpa as “botas” – ele andava sempre de botas para ir buscar os tomates, e outras hortaliças porque naquele tempo ele acreditava que a alimentação orgânica era a melhor! - Tanto é que, anos mais tarde ele implantou no Estado Novo a tal República Orgânica (de organizada) e Política da Ná São...mas voltemos ao início do começo desta guerra orgânica.

Oh Mãe vou limpar as botas p’ra quê?!... daqui a pouco tenho que lá voltar à terra p’ra regar os grabanços... aatão depois tenho que as limpar de nobo!?...
- voismecê não sabe economizar, Mãe... temos que poupar água!...
-  Olhe que no futuro, ela ainda vai faltar... bai a ber!!!
Não é nada disso “botas” ... quero dizer, meu Filho Toninho!!!...
Eu quero que tu vás p’ra Cuimbra... p’ro Seminário... está bem?
- Não Xeñora... não quero ir a estudar p’ra Padre... eu quero é plantar tumátes!
Um dia havemos de ser os maiores produtores de tomates do mundo Luz & Tano (*) e se eu for p’ro seminário lá não tem tomates... além disso andam todos de sandálias, e eu quero andar de “botas”...
Não Senhor!!!... tens que ir p’ra Cuimbra e se não quiseres estudar Direito, então escolhe outro curso... nem que seja torto, mas tens que estudar... já te disse, e prontos!
- Mas... oh Mãéééeee... veja bem;  é que lá em Cuimbra só tem “doutores” e eu não gosto de ensinar a quem sabe mais do que eu!... Eu quero é aprender a arte de falar bem aquilo que os outros falam mal de mim, carago!
Não adianta reclamares!... sabemos que aqui na terra não se passa da cepa torta... e tu tens tudo para a endireitar!
Vai lá... vai lá, limpa as “botas” e arruma aquela ardósia nova que te comprei em Vá Longo... leva também aquele lápis de pedra preta... melhor... leva dois ou três lápis de pedras coloridas que se acham no fundo do ribeiro. São prácticos e são baratos!
Ah ... bem!... se é p’ra estudar Economia em vez de “Padraria” (era a arte de estudar p’ra padre) então eu vou!

E assim o Ti António De Oliveira Salazar, um bom Santo Homem para todos os Portugueses – foi até Professor, Doutor, Presidente do Conselho e de todos os Concelhos, de todos os Ministros... todos!... ele foi o mais “MAIOR” guerreiro que já se teve noticia! – Dizem até que ele anda agora a meter uma Cunha lá em cima, no Vá Ticano que é p’ra ser Cano Nizado, ou seja um Santo Antonio de Santa Comba Dão... tudo de graça. (sim porque meter a Cunha lá em baixo no fundo do Inferno já está LÁ o Cunhal...)
Esta guerra ainda não acabou! – Por isso vos contaremos o resto depois dela acabar...    

Em Abril de 1910 lá pelas berças de Estremoz, já quase na Raia de España, nascia um rebento que, pelo seu nome de António, e também pela sua índole, viria, anos mais tarde, a rebentar com a República.

Aos quatro anos de idade já brincava de “soldadinhos de chumbo” e por ideologia, enquanto comia umas alcagoitas torradas no calor do Além Tejo, ele copiava dos “canhões” Alemães que assoberbavam o mundo Europeu a ponto de deflagrar a Primeira Guerra Mundial onde, como todos sabem o maior Guerreiro foi o nosso conterrâneo Ti Milhões, de quem já vos falei aqui algumas vezes, e assim o Toninho, Alentejano de Estremoz, ele se tornou um Germanófilo ferrenho (é aquele soldado feito a ferro e fogo, mesmo sendo apenas de chumbo).
Foi mandado p’ra Lisboa para estudar no colégio dos Meninos da Luz e por isso cremos que ele poderia vir a ser mais um António Guerreiro Luz & Tano... e foi!
- Quando atingiu a graduação de General, foi mandado em missão ao Ultramar, aonde ele começou a escrever um Livro cujo lançamento ainda está em formação!... Portugal que Futuro??? – nós diríamos ... só Deus sabe!!!
- E então eis-nos chegados ao quartel do CABEÇO DE BOLA ...
... voismecê Xô General me desculpe mas não concordo que esta guerra se ganhe na Política. – dizia o home do poleiro...
A guerra tem que se ganhar no campo de batalha... como o fizeram sempre os nossos guerrilheiros home de Deus! – respondia-lhe o ajudante de Campo!
- Ná senhôri... cumpádi...
- ê cá na concordo!... nim cum voismecê!...NIM C’UELE...  até purquê ê inté já estive lá a comandar a tropa... ê cá sei muito bem c’a guerra é daqui do Gabinete, carago!
Olhe!... vá lá em Sã Bento e digue-lhe ó home das “botas”, que nós na cremos mais nessa conversa de ir p’ra Angola em Força, home!...

Os anos foram se passando e esta guerra continuou; de um lado o Alentejano António dizia que a guerra era em Lisboa... e o Ti António de Santa Comba Dão, insistia que a guerra era no Ultramar.
Guerra vai,... guerra vem!!!... e eis que, chega agora um outro “António” que, ao vestir a pele de LOBO,... ele que, sendo Médico Psiquiatra (entenda-se: é aquele médico que tem por especialidade a ciência da maluquice) como não tinha mais nada para escrever a favor da guerra dos outros “Antónios” ele, acabou de publicar u m novo livro ao qual não deu o nome porque se trata de um “LIVRO DE FIQUE SÃO”!!!...
Oh Ti Antunes!... essa não lembraria nem ao Diabo que o carregue lá p’ro quinto  dos infernos!... dizer que matou a soldo da sua vontade de ir passear na Ponta da Ilha ou passar um fim de semana na Ilha do Mussulo?!...
Coitados dos vindouros quando lerem todas essas barbaridades a seu respeito, home de Deus!!!...
Olhe... aceite o nosso conselho.
Faça auto-hemoterapia, faça auto-análise, faça-nos a todos EX COMBATENTES... um grande favor!
Recolha-se aos seus aposentos no “Alfredo de Matos”... e só saia de lá quando os burros perderem as penas... de preferência no dia de São Nunca...à tarde, pela hora das Ave-Marias. – Talvez nessa hora alguém declare que a guerra acabou!      
 (*) Portugal é atualmente o 5° maior produtor de Tomates com 3% da produção mundial de tomates e derivados.
Silvino Potencio - Emigrante Transmontano.
O Home de Caravelas - Mirandela – Ex Combatente – Ex Retornado – Ex Patriado do Principado da Pontinha – Ex Pulso do IARN Algarvio.  http://osgambuzinos.blog.com
   



10 comentários:

  1. De: Silvino Potencio

    Caro Amigo Carlos Santos,
    Agradeço emocionado pela bela surpreza da sua Homenagem à minha pessoa aqui expressa, a qual talvez nem seja assim tão merecida, mas... sei que é sincera como tudo na vida tem que o ser.
    Receba um grande abraço TRANSMONTANO e até breve.

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  2. De Fernando Cruz Gomes, Toronto, Canadá
    Falar em Silvino Potêncio... é falar em Alguém que me habituei a estimar. E a ler, como é evidente, para quem, como eu, não o conheço pessoalmente. Silvino é, sem dúvida, um dos expoentes máximos da nossa diáspora.
    Ainda não há muito deixei escrito no Jornal para onde trabalho a seguinte nota:
    O Potêncio outra vez a chorar...
    Não restam dúvidas. Quando o Potêncio escreve – e da forma que o faz – não é ele a escrever. Tão pouco o que se vai lendo... se pode ler sem ter, ao lado, um dicionário místico daqueles que têm a ver, tâo sòmente, com o linguajar da Alma que, vindo das terras de África – especialmente Angola, eu sei – deixe entender o simbolismo dos conceitos e o explanar de atitudes.
    O Silvino sabe manejar, como poucos, a pena. Aprendeu, talvez, nas escadas íngremes da Leba, à sombra de um ou outro imbondeiro que ainda por lá deixaram, quiçá mesmo a mergulhar os pés na água do riacho ou do mar... que une as Pátrias sem as escravizar. Portugal. Brasil. Angola. Por que não o Canadá, também?!
    A verdade é que os tais “retornados” – e muitos nem “retornados” podem ser porque só se “retorna” onde já se esteve – criaram uma forma de ser muito sui generis. Entendem a alma dos outros e só pedem que lhe entendam a sua. Nivelam pelos seus os conceitos dos outros, entristecendo-se, de morte, quando entendem que... mais uma vez os enganaram.
    E é por isso que eu entendo cada vez mais o Silvino Potêncio. Mesmo que ele diga que não, ele escreve a chorar. Mesmo que queira fazer rir, que se anarfanhe para ninguém lhe ver as lágrimas... ele está mesmo a chorar. Um passado que se foi?! – Decerto. Mas chora, também, um Futuro que... assim... é capaz de o deixar de ser.
    Deixem o Silvino chorar. As suas lágrimas juntam-se às de muitos outros, espalhados pelo mundo... Pode ser que façam um mar. Um mar só nosso. Que nos una a todos. Mesmo àqueles que da lei da morte se foram libertando.
    Olá, Silvino! Eu também choro... sabe?! Só não tenho – não consigo ter – a sua habilidade de amarfanhar os sentimentos. E tentar que pareçam sorrisos... as tristezas de uma alma que é igual à sua.

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  3. Agradeço, sensibilizado, as palavras do escritor e poeta Silvino Potêncio, acerca da postagem que, em sua homenagem, justamente lhe fiz neste blog, e também o excelente comentário do jornalista nosso conterrâneo, Fernando Cruz Gomes que de Toronto - Canadá nos vai lendo, o que muita satisfação nos causa.
    Para o amigo Fernando Cruz Gomes, cujas palavras escritas e gravadas sobre Silvino Potêncio eu acho serem uma brilhante peça de expressão literária, muito merecidamente dedicadas ao nosso Silvino Potêncio, quero manifestar o grande gosto que tive em o ler e dizer-lhe que, também ele, tem ao seu dispor este Blog de Culturas e Afetos Lusófonos para nos dar a grande honra de publicar os seus escritos se e quando bem entender como oportuno. Um grande abraço português e lusófono aos dois amigos.
    Carlos Morais dos Santos
    email pessoal: carlosmsantos2002@yahoo.com.br

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  4. Foi muita justa a homenagem de Carlos Santos, ao nosso compatriota Silvino Potêncio, que há anos distribui cultura pelo mundo lusófono! Dono de uma invulgar capacidade de aprofundar temas multifacetados, une a sátira à sua obra, de uma forma como poucos ousam fazer!
    Saudações Lusíadas,
    José Miranda de Melo
    CCP / Recife / Brasil

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  5. Bem haja! por mais um comentário elogioso, mas justo e perfeito, para Silvino Potêncio, da parte de mais um nosso compatriota - José Miranda Reis de Melo - que em recife nos dá a satisfação de ser nosso leitor. Grato pela referência que a mim diz respeito por justamente homenagear Silvino Potêncio. Conforme se pode ler na definição do conteúdo deste nosso blog, vamos fazendo o possível por ser este um "Forum de Culturas, Ideias e Debates, em prol da dignificação e afirmação do belo e expressivo mosaico das Culturas Lusófonas", em letras, artes e ciências, homengeando tanto autores consagrados e famosos, como apresentando e divulgando novos autores,autores menos conhecidos,ou desconhecidos, assim como divulgando noticiários, eventos, informações e entidades (museus, bibliotecas, academias, sítios especializados em conteúdos), ao serviço da solidariedade da lusofonia. Queremos religar o que está disperso(diáspora)e unir e conciliar o que é diverso (culturas lusófonas)fazendo da nossa diversidade um belo mosaico cultural que promova o belo, o bem e o justo. Enfim, enaltecemos as Culturas e os Afetos Lusófonos. Esperamos, pois, que os nossos amigos leitores disponham deste espaço como sendo "a nossa praça cívica" de encontros e que divulguem entusiasticamente este blog-revista, assim como os outros dois - Pro-Civitas e Lusotur - cujos links estão aqui mencionados. Desde Outubro de 2009, já estamos perto das 20.000 leituras neste Blog, e já fomos indicados para o prémio TOP BLOG 2010. Estamos satisfeitos com este resultado, mas sabemos que podemos fazer melhor e ir mais além, no caminho de sermos um grande blog de Culturas e Afetos Lusófonos. Previligio o espaço aos outros, coibindo-me de publicar meus poemas, ensaios, textos e fotos, o que só faço de vem em quando, porque os outros são mais importantes de que eu, e eu como todos nós, serei(seremos) mais rico recebendo o que os outros têm para oferecer.
    Amigo José Miranda Reis de Melo, as páginas deste blog-revista cultural estão também abertas ao seu dispor para nelas publicar alguma coisa de sua produção quando quizer. Como para qualquer outro colaborador, basta que me envie por email os seus trabalhos.
    Um abraço amigo do
    Carlos Morais dos Santos

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  6. Prezado Professor,

    Esta sua homenagem nos emociona, porque enaltece alguém a quem nos da Meganegócios Brasil Investments,aprendemos a admirar e respeitar: Sivino Potencio,que nos orgulhamos por tê-lo como nosso parceiro.
    /quisera colorir antes minhas palavras com os belos e rutilantes talentos do autor e do homenageado para esta minha saudação não enfadasse seus leitores e tecesse a minha admiração./todavia, seguindo a lição do provérbio, impelido pelas circunstância, usarei de um instrumento menos valioso para suprir o melhor, e para fazê-lo, certo de que terei o perdão do ilustre homenageado e complacência de seus amigos.
    Mas estamos aqui para render endossa esta homenagem a quem dela faz jus por múltiplas razões.Não estamos festejando somente o autor de obras notáveis e aplaudidas, mas um homem de um caráter primoroso, uma figura que sobressai nos meios políticos sem necessidade de controvérsias deselegantes, que se apresenta na vida social de maneira ereta, porém despida de qualquer orgulho, que busca os cenáculos das letras para maior expansão do cultivo ao belo, sem preocupar-se com a fama que envaidece tantos outros.
    Daí o motivo por que não podemos conter o transbordamento de nossa admiração pelo seu vulto, pelas suas obras, pelos seus pensamentos, por tudo que seu espírito edifica, por tudo que sua inteligência produz, por tudo que brota de seu coração bondoso e franco.
    Parabéns Professor pela iniciativa da homenagem
    Parabéns, prezado amigo Silvino Potencio, merecdor desta justa homenagem.

    Célio Rocha
    Meganegócios Brasil Investments
    http://www.meganegociosbrasil.com
    e-mail:imprensa@meganegociosbrasil.com.br

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  7. A homenagem que leio nestas linhas parece-me mais do que justa. Apenas conheço Silvino Potêncio através dos seus escritos que, leitura após leitura, me deram a conhecer as suas extraórdinárias qualidades, como homem, como português, como intelectual, como amigo.
    Homem do Norte, herdou todas as qualidades da nossa ancestralidade: amor à terra, à verdade, ao trabalho e à aventura, que o levou até ao Portugal ultramarino e ao Brasil.
    São homens como Silvino Potêncio que Portugal cada vez mais tem menos dentro das suas actuais fronteiras. Por isso está cada vez mais pobre de valores humanos e intelectuais.
    Bem haja Silvino Potêncio por tudo o que nos dá, em particular a amisade.
    19 de Setembro de 2010
    Ruy Miguel

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  8. De escritor para escritor

    Parab�ns a Silvino Pot�ncio (SP) pelo interessante texto aqui postado e ao Professor Carlos dos Santos por esta homenagem ao meu long�nquo amigo SP. Apesar de nos situarmos a milhares de kms, numa noite, a partir de Odivelas, at� conseguiu, no Brasil, fazer a grava�o de uma entrevista que dei a uma TV local, para eu poder rever tais agrad�veis momentos. E tal n�o tinha sido viabilizado nesta capital do ex-imp�rio... Assim, o que disse sobre os meus sete livros publicados, com vista a dar alguma contribui�o para a hist�ria recente de Portugal, acabou por ser mais "badalado" no al�m Atl�ntico. Sei que SP � um admirador do poeta e ensa�sta Joaquim Ev�nio (Vasconcelos), meu amigo de h� mais de 50 anos e que fez o favor de fazer a revis�o de algumas daquelas obras. Ele e eu mandamos daqui, da "grande" Lisboa (moro no concelho l�mitrofe de Oeiras) um grande abra�o, com votos de muitas felicidades na sua carreira art�stica e po�tica. Uma longa vida para o meu ex-camarada de armas, em Angola, Silvino Pot�ncio, deseja-lhe este algarvio, "careca" de Faro. E termino j� para n�o tentar copiar o estilo delicioso das suas r�bulas... N�o sem antes agradecer o apoio dado no enfrentamento da generalidade dos ex-combatentes, em rela�o ao pouco praticante m�dico psiquiatra e "eterno candidato" a Nobel, Ant�nio Lobo Antunes. Estes "tiros" dados nos pr�prios p�s n�o ir�o, com certeza, facultar-lhe a possibilidade de vir a ter a sorte de Losa...
    8-10-2010
    Cor. Manuel Bernardo

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  9. De: Silvino Potêncio
    Para: O Amigo Escritor-Historiador Coronel Manuel Amaro Bernardo!
    Antes de tudo, eu lhe agradeço pelo seu comentário aqui postado o qual vem na sequência de outras tantas referências e alegorias feitas às nossas ideias expressas nos vários portais virtuais, como sendo um mínimo daquilo que todos nós Portugueses de bem temos por obrigação deixar registrado para os vindouros em abono da verdade, que "tal como o azeite"... um dia ela vem ao de cima!
    Aproveito este espaço aqui concedido pelo Amigo Poeta Professor Carlos Santos, para mais uma vez, lhe manifestar os meus cumprimentos e parabéns pela sua obra. Não só a lingua como a Portugalidade em si lhe merecem com toda a hombridade e lhanesa de carácter de um Militar apolitico mas... "ÁS DIREITAS" isso sim!!!
    Receba aquele abraço!
    Silvino Potêncio
    Emigrante Transmontano em Terras do Indio Poty.

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  10. Nenhuma homenagem é demais para tão grande talento!

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