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MÚSICA DE FUNDO E AUDIÇÃO DE VÍDEOS E AUDIOS PUBLICADOS

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terça-feira, 7 de setembro de 2010

Corte portuguesa no Rio de Janeiro uniu o país - afirma historiador

A chegada da Corte portuguesa ao Rio de Janeiro, em 1808, deu à cidade protagonismo político e cultural e uma centralidade que foi o cimento da unidade do Brasil, afirmou o historiador português Jorge Couto, que apresenta esta semana a obra "Rio de Janeiro - capital do Império Português (1808-1820)".

A apresentação do livro decorrerá quinta-feira, dia 9, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, às 18:30 horas.

A obra reúne comunicações ao colóquio realizado em Paris, em que se 'analisam as várias matérias que estiveram na origem da criação do Estado do Brasil', disse Jorge Couto. A ida da Rainha D. Maria I, do Príncipe regente D. João, futuro D. João VI, e da Corte levou à criação de várias iniciativas que 'permitiram a declaração da independência [em 1822], um ano depois da partida do monarca'. 'Durante a permanência da Corte, foi criado um conjunto de infraestruturas do ponto de vista institucional, administrativo, político, económico, cultural, científico e educacional' que possibilitaram ao Brasil ascender à independência.
Um factor essencial foi a declaração em 1815 da equiparação do reino do Brasil aos reinos de Portugal e Algarves.

A instituição da Corte no Rio deu à cidade a 'subordinação directa das outras partes do império, e depois da expulsão do general francês Junot [de Portugal, em 1808], todas as decisões são submetidas ao Príncipe Regente no Rio'.
 
Por outro lado, vincou Jorge Couto, 'há a importância do Rio como cimento na unidade de Brasil pois as capitanias brasileiras deixavam de se reportar a Lisboa para tratar directamente com a capital fluminense'.
'O Rio torna-se assim a sede da verdadeira América Portuguesa', sublinhou. Um facto que 'evitou a fragmentação do Brasil, emergindo como capital irá manter a centralidade política e a cultural até ao século XX', disse.
 
O surgimento da imprensa, a construção do Teatro S. João em traça análoga ao S. Carlos de Lisboa e com participação do mesmo arquitecto, Costa e Silva, as diferentes instituições de ensino, o Jardim Botânico e a Real Biblioteca Pública da Corte, além dos músicos que passaram a residir no Rio, são alguns dos factores que conferem o protagonismo cultural ao Rio de Janeiro.
 
Passa a haver uma grande diversificação da oferta cultural que até então não tinha existido e que dotou a capital de um conjunto de instituições que constituem uma rede que influenciava e
atraía as elites do país', referiu.

A ida da Corte para o Brasil foi 'uma opção estratégica' que tinha sido já equacionada por frei Vicente do Salvador e pelo padre António Vieira no século XVII e pelo marquês de Pombal, aquando da guerra dos sete anos (1756 e 1763).

Uma opção com a qual Winston Churchill aprendeu quando equacionou a retirada da administração do Estado, família Real e Parlamento para o domínio do Canadá aquando da II Grande Guerra (1939-1945), argumentou Couto.

'A ideia da Corte no exílio não corresponde à realidade e é um anacronismo. A Família Real e a Corte apenas se transferiram para um dos domínios ultramarinos da Coroa portuguesa', enfatizou.

A obra, com prefácio de Eduardo Lourenço, é  "útil pois actualiza um conjunto de conhecimentos sobre a temática brasileira mas também da conjuntura política europeia da época e do mundo".

Depois de Lisboa, a obra, editada pela Tribuna da História, será apresentada no dia 13 na Universidade de S. Paulo, no dia 15 no Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro, e no dia 17 no Museu de Arte da Bahia, em Salvador. Estão ainda previstas apresentações em universidades de Belém do Pará.
 
 
 

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