também estão entre os mais numerosos.
No Brasil inteiro há cerca de 500 municípios com nomes de santos. E mais de 40 grupos de futebol.
Diz
Jesus a Pedro: “Eu te darei as chaves do Reino do Céus: tudo o que
ligares na Terra será ligado nos céus, e tudo que desligardes na Terra
será desligado no Céu”. Daí acreditar que o padroeiro do Brasil manda
nas chuvas. Por isso também soltar foguetes na sua data, em junho, para
agradar ao porteiro celestial.
A maior metrópole do País e segunda do mundo, São Paulo leva o nome do santo do dia em que se rezou sua primeira missa. Quem escolheu foi o jesuíta José de Anchieta, hoje a um passo de ser também canonizado.
O maior rio nordestino chamamos de Velho Chico, tal a intimidade assumida com São Francisco.
Tudo porque na primeira vez que aquelas águas foram navegadas era dia
dele. Outro Rio, o de Janeiro, decreta feriado pelo padroeiro São Sebastião, no dia 20, mas não abre mão de cruzar os braços também no 23 de abril, dia de São Jorge.
Cada
dia tem seu santo, cada santo tem um dia. Os engraçadinhos dizem que o
de São Nunca fica fora do calendário. Responde-se: ele é contemplado em
2 de novembro, dia de Todos os Santos. Data que originou, inclusive, a
nomenclatura do maior porto brasileiro e um tradicional sobrenome do
nosso povo: Santos.
Foram os Portugueses
que enraizaram o culto às santidades católicas em todos os âmbitos da
vida no Brasil. Trouxeram vários costumes. Veja alguns exemplos:
Ligar a torneira e abrir a porta é com São Pedro
Nossa Senha Aparecida:Feita branca, aparecida negra
Quem declarou São Pedro de Alcântara
padroeiro do Brasil, com a bênção do papa, foi… Pedro de Alcântara,
nosso primeiro imperador. Como está atrelado à história imperial, o
santo acabou ficando em segundo plano em relação à Nossa Senhora
Aparecida, também nossa padroeira. Além de ter sido encontrada no rio
Paraíba por pescadores pobres, ela é negra. No entanto, sua cor não é
original da imagem. Especialistas atestam que os traços tradicionais,
do século 18, adquiriram o tom escurecido enquanto ficaram sob a água
lodosa.
Santo António recebia salário para dirigir infantaria
Um
governador baiano já havia proclamado soldado o santo António da igreja
local para que a santidade auxiliasse nos momentos de aperto. Com a
invasão francesa em Portugal, D. João não pensou duas vezes. O então
príncipe regente do Reino Unido de Portugal e Brasil apelou ao santo
peão com uma promoção. Em 1810, assinou decreto, no Rio de Janeiro,
elevando o “Glorioso santo António, que se venera na cidade da Bahia”,
ao posto de “Tenente Coronel de Infantaria”. Outras imagens da
santidade junina também receberam títulos de soldado, capitão, coronel
e tenente em todo o canto do Brasil a fim de garantir alguma proteção.
Sempre com os devidos documentos, distintivos e indumentária – e sem
esquecer dos soldos pagos às paróquias.
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