Por Eduardo Quive (*)
Com vista a beneficiar os países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP), a criação de um centro de formação sobre gestão do património cultural foi objecto de uma reflexão no primeiro encontro sobre gestão do património cultural daquele bloco de países, decorrido em Maputo, recentemente.
O que levou os
países falantes da língua portuguesa em África a reunirem-se em Maputo, é a
iminente exclusão ou desaceleração desta parte na unificação da língua e do seu
contexto cultural que é diversificado e por vezes pouco favorável aos membros,
pela sua desvalorização.
Ao criar-se o
centro de gestão do património cultural, irá se resolver em parte estes
problemas e conduzir programas de formação sobre preservação, gestão e promoção
do património a nível dos países africanos de língua oficial portuguesa,
divulgar o património destas nações, bem como possibilitar a troca de
informação e de experiências no domínio da investigação, conservação e promoção
do património cultural dos PALOP.
A conjugação de
esforços e a criação de sinergias com vista a melhorar, a médio e longo prazos,
e ainda a representatividade do património cultural e natural dos PALOP na
lista do Património Mundial foram outras das razões que levaram à criação deste
centro, que deverá ser um espaço de excelência na preservação, gestão e
promoção do património a nível dos PALOP.
Este centro
poderá estar vinculado a uma instituição cultural e ser tutelada pelo sector
que superintende a área cultural no país onde for montado. E os dados
disponíveis dão conta que esta instituição poderá ter a sua sede em Maputo.
Constituem ainda
parte das actividades deste centro, a formação, inventariação e classificação
do património, bem como pesquisa e disseminação do património.
Participaram do
evento uma série de personalidades ligadas à área cultural de Moçambique,
Angola, Cabo-Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, bem como convidadas do Brasil,
Portugal e Espanha.
Pelo que soubemos
no mesmo evento até ao momento, o continente negro tem apenas dois centros
deste géneros, concretamente os que estão instalados no Quénia (Centro de
Desenvolvimento do Património em África, CHDA) e no Benin (Escola do
Património Africano, EPA), leccionando nas línguas inglesa e francesa,
respectivamente.
Máscara Maconde
Timbila
(*) Eduardo Quive é jornalista e escritor, membro
do Movimento Literário
Kuphaluxa, de Moçambique, entidade cultural nossa perceira, representante junto do nosso Blog-Revista CAL e membro do nosso Conselho Editorial/redatorial
Movimento Literário Kuphaluxa
Sede: Centro Cultural Brasil-Moçambique, nº 1728, Caixa Postal nº 1167. Maputo
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