1 - Neste dia Mundial da Poesia, dia 21 de Março de 2011, o mundo continua cada vez mais conturbado pelas crises financeiras e económicas que a ganância estúpida de poderosos especuladores do criminoso "Capitalismo Financeiro de Casino" provocaram no mundo inteiro, gerando um verdadeiro caos de desemprego, fome e misérias, que vem provocando rupturas da ordem mundial.
Este capitalismo financeiro globalizou-se e tornou-se cada vez mais agressivo e sem regras. Derivado do Ultra Neoliberamismo fundado, sobretudo, na "escola de Boston", invadiu o mundo ocidental, começando por "engolir" a economia, para depois "sequestrar" a política e "violar" o próprio Estado, arruinando as economias por entradas e saídas repentinas de grandes volumes de capital volátil, obrigando os estados a intervir, descapitalizando-se, para salvar seus próprios sistemas financeiros e muitas empresas que, desvalorizadas em Bolsas, deixaram de poder financiar suas actividades, causando o desemprego, a fome e ameaçando levar os países à banca-rota.
Muitos Estados-Nações experimentam graves problemas nos seus equilíbrios muito instáveis de ordem económica e financeira e as dívidas externas acumulam-se gigantescamente, levando os governos e desgovernos das nações mais fragilizadas a sobrecarregarem as populações mais dependentes e indefesas com impostos e congelamento de salários.
Era inevitável obedecer às Corporações dos Senhores das Finanças Internacionais que, donos das dívidas privadas e públicas que ajudaram a provocar e a aumentar com os especulativos juros que as Agências Internacionais de "Avaliação de Rating" vão determinando ao serviço de Bancos Centrais de fornecimento de capitais, como o FBI, impunham, depois, para "ajudarem" às recuperações dos países que os seus "operacionais" financeiros, haviam antes saqueado.
Qual velha e odiosa prestamista do " Crime e Castigo", de Dostoiesvsky, que explorava impiedosamente os pobres estudantes, saqueando seus parcos bens, se ía arriscando a ser eliminada, também as ações deste perverso capitalismo financeiro sem rosto e origens bem identificadas, arrisca-se a ser severamente punido. Sendo um capitalismo financeiro sem pátria e produto de muitas e duvidosas origens com enormes necessidades de branqueamento dos seus percursos, ele foi capitaneado, sobretudo, pelos EUA e Inglaterra, partindo também de vários quarteis generais (Bolsas) sendo o principal a bolsa de Wall Street, onde pontificavam "capitães operacionais", como o Sr. Soros e outros. Estas ações de verdadeira rapina financeira dirigidas, sobretudo aos frágeis países com débeis economias, da América do Sul, da Ásia e até de África, provocaram devastações de quase banca-rota por todo o lado, aumentando o desemprego, a fome e a miséria de vastas populações.
É certo que os grandes e repetidos "esquemas" de assalto aos sistemas financeiros regulares, exaurindo-os, de muitos países vítimas destes "disfarçados crimes contra a humanidade", acabaram por ser identificados e localizados nas suas origens obscuras e conduziram a uma acumulação de ódios e vontades de expurgar os perversos modelos de Ultra Neo-Liberalismo radical em que se filia este criminoso Capitalismo financeiro.
Não é de admirar pois, que o mais violento ataque deste capitalismo criminoso que conduziu à maior fraude financeira global da história, que eufemisticamente se designa agora de "Crise Glogal ", como que para disfarçar a natureza criminosa da sua génese que avassala ainda o mundo inteiro, tenha vindo a gerar um "despertar" das consciências cívicas da sociedade humana global que evidencia já claros sinais de repúdio e revolta contra tais sistemas que assentam em "falsos paradigmas de "Mercado de Livre Circulação de Capitais", exigindo a Cidadania Global a erradicação destes modelos e a emergência de Novos Sistemas e Modelos de Economia Social de Mercado, com regulação e controlo dos sistemas financeiros e com Responsabilidade Social.
E as revoltas da Cidadania Mundial, agora mais extrovertidas e globalmente solidárias, já estão a exigir dos políticos e dos partidos também mudanças de funcionamento e posturas mais directamente representativas do seus eleitorados e com aberturas à intervenção e participação dos cidadãos eleitos pela cidadania, como tal, no controlo e na governação da Pólis (a cidade, a nação), com propostas que vão no sentido de aprofundamento e progresso das Ciências Políticas, avançando novos "paradigmas" em substituição dos "velhos e falidos axiomas", em função do reconhecimento que a política, na sua pureza original, como serviço nobre e generoso de entrega à causa pública, é demasiado séria e exigente para se confinar aos políticos dos partidos que, tendo omitido das suas responsabilidades e deveres, mais se preocupam e lutam pelos seus interesses de grupo e pessoais do que pelas causas e interesses públicos.
Neste limiar do século XXI, era de grande aceleração do conhecimento humano e de grandes revoluções nos planos científicos, tecnológicos, sociológicos e económicos, parece claro que, finalmente, estamos no alvorecer de grandes mudanças paradigmáticas, também nas ordens políticas e de organização dos Estados, que vão no sentido de nos libertarmos dos inadequados e falidos modelos e paradigmas que, em muitos planos, ainda são residuais da revolução industrial, quando vivemos agora a era da revolução permanente do conhecimento, das formas de comunicação, organização da produção, distribuição e consumo, da mobilidade social, da Cidadania Global planetária e solidária, que demanda rápidas mudanças que acompanhem todo o progresso humano solidariamente.
Essas mudanças que, em muitos países vão tardando, vão acumulando perigosamente energigas negativas que, cada vez mais vão eclodindo em Greves e Manifestações por parte de grandes massas de cidadãos em geral e trabalhadores, que se agitam já nas praças e avenidas de todo o mundo.
Este capitalismo financeiro globalizou-se e tornou-se cada vez mais agressivo e sem regras. Derivado do Ultra Neoliberamismo fundado, sobretudo, na "escola de Boston", invadiu o mundo ocidental, começando por "engolir" a economia, para depois "sequestrar" a política e "violar" o próprio Estado, arruinando as economias por entradas e saídas repentinas de grandes volumes de capital volátil, obrigando os estados a intervir, descapitalizando-se, para salvar seus próprios sistemas financeiros e muitas empresas que, desvalorizadas em Bolsas, deixaram de poder financiar suas actividades, causando o desemprego, a fome e ameaçando levar os países à banca-rota.
Muitos Estados-Nações experimentam graves problemas nos seus equilíbrios muito instáveis de ordem económica e financeira e as dívidas externas acumulam-se gigantescamente, levando os governos e desgovernos das nações mais fragilizadas a sobrecarregarem as populações mais dependentes e indefesas com impostos e congelamento de salários.
Era inevitável obedecer às Corporações dos Senhores das Finanças Internacionais que, donos das dívidas privadas e públicas que ajudaram a provocar e a aumentar com os especulativos juros que as Agências Internacionais de "Avaliação de Rating" vão determinando ao serviço de Bancos Centrais de fornecimento de capitais, como o FBI, impunham, depois, para "ajudarem" às recuperações dos países que os seus "operacionais" financeiros, haviam antes saqueado.
Qual velha e odiosa prestamista do " Crime e Castigo", de Dostoiesvsky, que explorava impiedosamente os pobres estudantes, saqueando seus parcos bens, se ía arriscando a ser eliminada, também as ações deste perverso capitalismo financeiro sem rosto e origens bem identificadas, arrisca-se a ser severamente punido. Sendo um capitalismo financeiro sem pátria e produto de muitas e duvidosas origens com enormes necessidades de branqueamento dos seus percursos, ele foi capitaneado, sobretudo, pelos EUA e Inglaterra, partindo também de vários quarteis generais (Bolsas) sendo o principal a bolsa de Wall Street, onde pontificavam "capitães operacionais", como o Sr. Soros e outros. Estas ações de verdadeira rapina financeira dirigidas, sobretudo aos frágeis países com débeis economias, da América do Sul, da Ásia e até de África, provocaram devastações de quase banca-rota por todo o lado, aumentando o desemprego, a fome e a miséria de vastas populações.
É certo que os grandes e repetidos "esquemas" de assalto aos sistemas financeiros regulares, exaurindo-os, de muitos países vítimas destes "disfarçados crimes contra a humanidade", acabaram por ser identificados e localizados nas suas origens obscuras e conduziram a uma acumulação de ódios e vontades de expurgar os perversos modelos de Ultra Neo-Liberalismo radical em que se filia este criminoso Capitalismo financeiro.
Não é de admirar pois, que o mais violento ataque deste capitalismo criminoso que conduziu à maior fraude financeira global da história, que eufemisticamente se designa agora de "Crise Glogal ", como que para disfarçar a natureza criminosa da sua génese que avassala ainda o mundo inteiro, tenha vindo a gerar um "despertar" das consciências cívicas da sociedade humana global que evidencia já claros sinais de repúdio e revolta contra tais sistemas que assentam em "falsos paradigmas de "Mercado de Livre Circulação de Capitais", exigindo a Cidadania Global a erradicação destes modelos e a emergência de Novos Sistemas e Modelos de Economia Social de Mercado, com regulação e controlo dos sistemas financeiros e com Responsabilidade Social.
E as revoltas da Cidadania Mundial, agora mais extrovertidas e globalmente solidárias, já estão a exigir dos políticos e dos partidos também mudanças de funcionamento e posturas mais directamente representativas do seus eleitorados e com aberturas à intervenção e participação dos cidadãos eleitos pela cidadania, como tal, no controlo e na governação da Pólis (a cidade, a nação), com propostas que vão no sentido de aprofundamento e progresso das Ciências Políticas, avançando novos "paradigmas" em substituição dos "velhos e falidos axiomas", em função do reconhecimento que a política, na sua pureza original, como serviço nobre e generoso de entrega à causa pública, é demasiado séria e exigente para se confinar aos políticos dos partidos que, tendo omitido das suas responsabilidades e deveres, mais se preocupam e lutam pelos seus interesses de grupo e pessoais do que pelas causas e interesses públicos.
Neste limiar do século XXI, era de grande aceleração do conhecimento humano e de grandes revoluções nos planos científicos, tecnológicos, sociológicos e económicos, parece claro que, finalmente, estamos no alvorecer de grandes mudanças paradigmáticas, também nas ordens políticas e de organização dos Estados, que vão no sentido de nos libertarmos dos inadequados e falidos modelos e paradigmas que, em muitos planos, ainda são residuais da revolução industrial, quando vivemos agora a era da revolução permanente do conhecimento, das formas de comunicação, organização da produção, distribuição e consumo, da mobilidade social, da Cidadania Global planetária e solidária, que demanda rápidas mudanças que acompanhem todo o progresso humano solidariamente.
Essas mudanças que, em muitos países vão tardando, vão acumulando perigosamente energigas negativas que, cada vez mais vão eclodindo em Greves e Manifestações por parte de grandes massas de cidadãos em geral e trabalhadores, que se agitam já nas praças e avenidas de todo o mundo.
2 - Por outro lado, muitas democracias deixaram-se penetrar por degradação de Princípios e Valores Éticos que lhes são inerentes e a classe política foi sendo progressivamente invadida de párias medíocres e incompetentes, que agregados em partidos politicos, foram perdendo o sentido de honra e dignidade, atraiçoam a confiança dos eleitores que neles votaram, esquecendo-se que a Democracia é a conquista do povo, ao serviço do povo, pelo povo, e que os eleitos receberam o privilégio de um "Mandato" para tudo fazerem para honrar e valorizar a Res-Pública (o que é do povo) e criarem o progresso sustentado e moderno da Pólis (a cidade, a nação, a pátria), como nobre missão altruista, ao invés de servirem os interesses egoístas particulares - pessoais ou do partido - de curto prazo, pela conquista do poder, sem SER Méritocracias. Estas democracias, assim fragilizadas, vão descambando para Mediocracias Oligárquicas e Cléptocratas.
3 - Mas, apesar de tudo, o Processo Histórico vai fazendo o seu inexorável curso, avançando aqui, recuando um pouco ali, e os regimes absolutistas, ditaturiais, perante este mundo Globalizado de comunicações globais e instantâneas que geram rápidas solidariedades e abrem espaço para Uma Nova Cidadania Planetária, vêm-se confrontados com as repentinas explosões de revoltas dos "humilhados e ofendidos" e, inusitada e inesperadamente, surgem rebeliões que se contaminam em cadeia, como agora está a acontecer no mundo mulçumano ainda submetido a arcaicos e tiranos sistemas feudais que hereditariamente vão passando de mão em mão dentro das privilegiadas famílias.
Quem esperaria que estas verdadeiras implosões do absolutismo gerassem um verdadeiro Tsunami avalassador que, começando no velho egípto, está como onda gigantesca imparável, rapidamente a atravessar todas as nações do médio oriente e já da África mediterrânica ? Mais guerras fraticidas vieram juntar-se às muitas guerras de rapina "incendiadas" pelas potências rapineiras que, para conquistarem e submeterem aos seus interesses as riquezas das nações indefesas, estão a colocar este sofrido planeta e esta sofrida humanidade no limite da vida, sem paz e sem pão para todos.
Os acordos de Cessar-Fogo são apenas manobras muitas vezes para prolongar os conflitos nas falsas "diversões" diplomáticas das chancelarias dos países dominadores que tutelam os municiamentos táticos, e para enganar por algum tempo a opinião pública da cidadania mundial, e tudo voltar à mesma, porque os ódios e os interesses ganharam o espaço da razão, da justiça, da solidariedade e da fraternidade que devia ligar todos os Homens como irmãos, iguais em Direitos Humanos, embora diferentes na diversidade das suas etnias e culturas.
Os acordos de Cessar-Fogo são apenas manobras muitas vezes para prolongar os conflitos nas falsas "diversões" diplomáticas das chancelarias dos países dominadores que tutelam os municiamentos táticos, e para enganar por algum tempo a opinião pública da cidadania mundial, e tudo voltar à mesma, porque os ódios e os interesses ganharam o espaço da razão, da justiça, da solidariedade e da fraternidade que devia ligar todos os Homens como irmãos, iguais em Direitos Humanos, embora diferentes na diversidade das suas etnias e culturas.
Neste Dia Mundial da Poesia, apenas me resta "gritar" alguns poemas meus que, sendo de protesto e revolta, são também de esperança de que as novas gerações despertem para a Paz, para a Liberdade e para o Progresso Sustentado que respeite toda a biodiversidade da vida deste pequeno ponto azul no universo, que é a Casa de todos nós - este belo Planeta que na sua viagem pelo universo, exige dos humanos que sejamos tripulantes responsáveis pela paz e bem-estar desta Nave Terra, e não meros passageiros descomprometidos com o futuro da viagem.
DEMOCRACIA E LIBERDADE
Diz-se que a democracia
É o regime da Liberdade !
É sempre assim, será verdade ?
Diz-se que quem governa
São do povo representantes.
É o povo quem mais ordena !
Diz-se que sempre o povo
Tem na mão a sua arma,
Invensível, que não desarma:
É o voto da mudança
É o acto da correcção
Do rumo da governação
Que se sensura em liberdade !
É sempre assim, será verdade ?
Diz-se que em democracia
Direitos Humanos são para valer.
Liberdade, Igualdade, Solidariedade
São o norte da política,
São bandeira para erguer
E os desfavorecidos da sorte
Têm toda a proteção
Do nascimento até à morte !
Habitação, saúde e educação,
São Direitos de Constituição.
A razão a justiça e a verdade
São uma Lei de Igualdade !
É sempre assim, Será verdade ?
Há quase três séculos que se construiu
Esse Templo da Utopia
Da Cidade que seria a Ideal !
E será que ao tempo resistiu
Esse farol que a todos guia
Para um um Mundo Fraternal ?
Dizem que a democracia
é o triumfo da Verdade !
É sempre assim, será verdade ?
É que eu ando preocupado
A observar o que nos rodeia
E estou a ficar revoltado
Com tanta coisa que se falseia !
Vejo muita contradição
Em tudo o que está errado.
Vejo “um manicómio em acção
Muito mal frequentado”
!
Vivemos nas democracias
uma tal competição
Que até simples alegrias
São motivo de paixão !
Vejo nestas democracias
Tantas formas de exclusão,
Que lembram algumas tiranias
Da República de Platão,
Que avisavam que as demagogias
Eram um perigo uma traição
E nisso tinham razão !
Mas expulsavam minorias
De poetas, de artistas, em perseguição
Temendo que dar asas às fantasias
Fazem pensamentos em ebulição !
E hoje em dia, como estão as democracias ?
Estão já plenas de bondade ?
É sempre assim, será verdade ?
É o povo quem mais ordena ?
Ou a tirania de quem governa ?
Os eleitos para servirem o bem comum
Corrompem-se sem pudor algum !
Enriquecem com desonestidades
E atropelam as liberdades !
Manipulam as opiniões
Para enganarem corações
Com promessas nunca cumpridas
Sobre justas aspirações
Adiadas ou esquecidas !
Decidem contra a Justiça,
o Direito e a Razão
e com todo o despudor
servem-se da governação !
Mas, então a democracia
Não é o regime da Liberdade ?
Não é a melhor via
Para a Justiça e Solidariedade ?
É sempre assim, será verdade ?
Que dizer das democracias
Que ao povo não dão razão ?
E usam de demagogias
Para “fabricarem” opinião !
E deturpam as democracias
Para justificarem a traição
De em vez da Paz fazerem a guerra
Para alimentarem a louca ambição
Dos poderosos da Terra,
Sem amor e compaixão
Pelo povo de que se servem
Como “carne para canhão”,
Matando civis inocentes
Homens, crianças e
mulheres em gestação,
Semeando o ódio e a raiva
Sem a mínima piedade,
Enriquecendo alguns poucos,
Empobrecendo a humanidade,
E sem legítima justificação
Destroem tanta cidade
Que “os operários em construção”
Ergueram em séculos de idade !
E tudo porque exploram a Terra
Com uma economia de guerra,
Depradando o Planeta – Aldeia
Como famintos lobos em alcateia !
Mas então a democracia
Não é um modelo de Solidariedade ?
Não é a mais humana via
Para o progresso em Liberdade ?
Não é a grande utopia
Para uma melhor Humanidade ?
É sempre assim, será verdade ?
É que tenho a interrogação
Que me angustia o coração:
Se a democracia é ciência
Como explicar tanta demência ?
Se a democracia é amor
Como explicar tanta dôr ?
Se a democracia é civilização
Como explicar tanta exclusão ?
É a democracia o reino da Liberdade,
Da Igualdade e da Solidariedade ?
É sempre assim, será
verdade ?
Carlos Morais dos Santos
A TERRA GRITA
A Terra grita de dor, dolorida
Com feridas abertas nas florestas
e rios agonizando exangues, sem vida
e os ares envenenados com agressões infestas
A Terra grita de dor, sofrida
vendo seus filhos morrendo, em extinção
de milhões de espécies já sem lembrança de
vida
e os homens matando e matando-se sem paixão
A Terra grita de dor, muito sentida
com os senhores da guerra sem humanidade
que regem tudo pela ganância desmedida
sufocando a Liberdade, a igualdade, a
fraternidade
A Terra grita de dor, já mal ouvida
por tanta indiferença, egoismo e demência
em que a verdade, a razão e o direito à vida
são desprezados cruelmente e sem decência
A Terra grita de dor, ressentida
por não se ter construído a Cidade Ideal
por se ter escarnecido Thomas More e a utopia
perdida
e glorificado a razão da força e o poder
brutal
A Terra grita de dor, remexida
e chora os seus filhos assassinados
em tantas guerras sujas de crueldade
consentida
em nome das mentiras e dos valores atraiçoados
A Terra grita de dor, já doente e enfraquecida
arfando esmagada pelo peso das legiões
que se apressam pelos caminhos de terra
exaurida
para saquearem o ouro negro das velhas
civilizações
E as poderosas bombas que mataram inocentes
em Hiroshima, Nagasaky e em Saigão
são agora “mais cirúrgicas e decentes”
são”mais livres, democráticas e solução”...
são festejadas pelos Golias e pelos dementes
contra os David transviados sem remissão
e mesmo contra um mundo de descontentes
fala mais alto o ribombar do canhão
E os corações dos homens justos combatentes
pela paz, pela concórdia e pela razão
perdem a esperança e desfalecem já frementes
na utopia humanista de uma nova civilização
em que os Templos e as Obras eminentes
glorificassem a justiça, a fraternidade a
união
numa Nova Cidadania mais premente
que com amor universal fosse a Globalização
Carlos Morais dos Santos
CESSAR - FOGO
Suspenso
o ferro, o fogo, a faca
Suspensa
a fome, na face já fraca
Suspensa
a febre da força da fúria
Suspensa
a fala do fraco e do forte
Suspenso
o facto, faltoso, a falácia
Ainda
fica a ameaça que oprime e trespassa
Ainda
restam os restos resolutos da trapaça
Ainda
sobram as ruínas ruídas pelos ratos
Ainda
fumegam os fogos funestos forjados
Ainda
se ouvem os sopros sofridos que suspiram
Ainda
se soltam os silvos da situação sem saída
Ainda
se ouvem os choros chorados da chacina
Ainda
se sente o silêncio das sepulturas sem sorte
Ainda
subsiste a sede do sangue sangrando sem sentido?
Mas
o fim das finalidades funestas da força forçada
Mas
o respeito respeitado pela rota da Paz
Mas
o regresso às raízes da razão rasurada
Mas
o retorno às relações regradas pela razão
Mas
a concórdia da convivência conveniente
Mas
a sorte das soluções sólidas e seguras
Mas
a coexistência coesa dos cidadãos cansados
Mas
a vida vivida com versos rimados de amor
Mas
o sol solidário e o sopro da luz da Santa Cidade
Não
surge a sorrir e a brilhar na lua do horizonte comum
Porque
são outros os caminhos cavados por caras ambições
Porque
parece mais forte a força dos fortes feita de egoísmos
Porque
a força dos fracos só tem a força falida da franca razão
Porque
é mais fácil usar a força formidável que força pela forca
Porque
o materialismo maldoso marcha matando a mãe natureza
Porque
o paradigma principal do progresso é ter património patente
Porque
a ambição do poder podre é o paradoxo do progresso perverso!
Mas porque o princípio primordial é a
primazia da paz e o progresso da vida:
Acreditemos
ainda que o Direito dará a sua última palavra
Acreditemos
ainda que a Justiça julgará com justa certeza
Acreditemos
ainda que a Razão reluzirá como luz legítima
Acreditemos
ainda que os homens regressarão à humanidade
Acreditemos
ainda na volta da vida vivida com plena harmonia
Acreditemos
ainda no valor valorizado em versos de amor solidário
Acreditemos
ainda na palavra poética dos poetas e no planeta azul !
Carlos
Morais dos Santos
Cônsul (Lisboa) da Assoc.Internacional “Poetas Del Mundo”
Nenhum comentário:
Postar um comentário