Lula recebeu das mãos de Cavaco Silva o Prémio Norte-Sul 2010 (Foto: José Manuel Ribeiro/Reuters)
Na ocasião da cerimónia de entrega
pelo Presidente de Portugal Cavaco Silva, do prémio "Norte-Sul 2010", galardão atribuído
pelo "Centro Norte-Sul do Conselho da Europa", ao Ex-Presidente do Brasil Lula da Silva, este proferiu importantes palavras em que, uma vez mais, afirmou a urgente necessidade de se construir "Uma Nova Ordem Mundial" que seja mais justa e combata as grandes desigualdades sociais que existem em países e no mundo.
É preciso construir "Uma Nova Ordem
Mundial", pede Ex-Presidente do Brasil, Lula da Silva
In: Jornal Público
In: Jornal Público
Reformar as Nações Unidas "e o
seu Conselho de Segurança" e "forjar uma ordem económica mundial
menos desigual" são passos fundamentais para a "construção de uma
ordem mundial que traduza as nossas aspirações de liberdade e de justiça social",
defendeu o ex-Presidente do Brasil, Lula da Silva, no discurso com que recebeu
na Assembleia da República em Lisboa o Prémio Norte-Sul do Conselho da Europa.
"A moldura das alianças e das
organizações internacionais construída do século passado, influenciada pela
Guerra Fria, tornou-se manifestamente incapaz de dar conta das pressões do
século XXI", afirmou Lula. "É preciso mudar. É preciso levar em conta
a existência da África, do Oriente Médio, da América Latina, da Índia."
Lula da Silva, galardoado precisamente pelos seus esforços no combate à pobreza - e pela promoção do diálogo entre os países do Sul e entre estes e o Norte - considera que é cada vez mais óbvio para todos no mundo que "o processo democrático ganha nova dimensão quando acompanhado da garantia dos direitos económicos e sociais vários, da redução das desigualdades e da construção de uma sociedade mais justa do ponto de vista social e económico".
"O conceito de direitos humanos vai além da garantia das liberdades individuais, da faculdade de expressão e de escolha dos seus dirigentes", sublinhou. "O desenvolvimento económico tem de estar ao serviço da redução das desigualdades sociais, sem paternalismo, promovendo a inclusão das pessoas mais pobres à plena cidadania, para que sejam protagonistas, expressem as suas vontades, lutem e obtenham conquistas dentro de um processo democrático."
Para Lula, os países emergentes estão a provar que é "perfeitamente possível combinar um crescimento económico vigoroso e continuado com uma forte distribuição de renda e ampliação de direitos sociais".
E num mundo em crise financeira, "a melhor resposta é a retomada do crescimento mundial", sustenta. Em contraste, "o ambiente de estagnação ou de recessão é o pior para a causa dos direitos humanos".
Lula da Silva partilhou o prémio do Conselho da Europa para 2010 com Louise Arbour, desde 2009 Presidente do International Crisis Group, antiga Comissária da ONU para os Direitos Humanos e procuradora-geral do Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia. Ambos receberam o prémio das mãos do Presidente da República, Cavaco Silva.
Lula da Silva, galardoado precisamente pelos seus esforços no combate à pobreza - e pela promoção do diálogo entre os países do Sul e entre estes e o Norte - considera que é cada vez mais óbvio para todos no mundo que "o processo democrático ganha nova dimensão quando acompanhado da garantia dos direitos económicos e sociais vários, da redução das desigualdades e da construção de uma sociedade mais justa do ponto de vista social e económico".
"O conceito de direitos humanos vai além da garantia das liberdades individuais, da faculdade de expressão e de escolha dos seus dirigentes", sublinhou. "O desenvolvimento económico tem de estar ao serviço da redução das desigualdades sociais, sem paternalismo, promovendo a inclusão das pessoas mais pobres à plena cidadania, para que sejam protagonistas, expressem as suas vontades, lutem e obtenham conquistas dentro de um processo democrático."
Para Lula, os países emergentes estão a provar que é "perfeitamente possível combinar um crescimento económico vigoroso e continuado com uma forte distribuição de renda e ampliação de direitos sociais".
E num mundo em crise financeira, "a melhor resposta é a retomada do crescimento mundial", sustenta. Em contraste, "o ambiente de estagnação ou de recessão é o pior para a causa dos direitos humanos".
Lula da Silva partilhou o prémio do Conselho da Europa para 2010 com Louise Arbour, desde 2009 Presidente do International Crisis Group, antiga Comissária da ONU para os Direitos Humanos e procuradora-geral do Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia. Ambos receberam o prémio das mãos do Presidente da República, Cavaco Silva.
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