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terça-feira, 29 de março de 2011

Miguel Nicolelis, o cientista brasileiro com potencial para um Prémio Nobel, inventor de “Nova técnica, consegue tratar Parkinson com estímulos elétricos na coluna”

Nova técnica consegue tratar Parkinson com estímulos elétricos na coluna”

Com uma promissora técnica para curar o mal de Parkinson, Miguel Nicolelis ganhou a capa da Science. E reforça suas chances de receber o maior prêmio da ciência






Nicolelis prepara uma teoria sobre o funcionamento do cérebro. Diz que “vai atacar o coração da neurociência”

Pela primeira vez em seus 129 anos, a revista americana Science dedicou sua capa à pesquisa de um brasileiro, o neurocientista Miguel Ângelo Laporta Nicolelis. Paulistano de 48 anos, Nicolelis dirige, desde 1994, o Centro de Neurociência da Universidade Duke, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Nicolelis é uma referência mundial na pesquisa da interface entre o cérebro e os computadores. Há anos ele trabalha com implante de próteses no cérebro de pacientes paralisados com lesões na medula – seu objetivo é permitir que voltem a andar, controlando trajes robóticos com o pensamento. 

Em seu novo estudo, ele ampliou a aplicação de sua pesquisa: Nicolelis deu uma nova direção às tentativas de curar o mal de Parkinson. “Com este artigo da Science, abri uma nova frente de trabalho”, disse.

O estudo foi feito a partir do implante de próteses na medula espinhal de ratos com sintomas iguais aos do Parkinson – uma doença degenerativa do sistema nervoso que causa tremores e espasmos incontroláveis e pode levar à morte. Ao estimular eletricamente a medula de ratos paralisados, a equipe de Nicolelis conseguiu reverter os piores sintomas relacionados à doença. Só nos Estados Unidos, meio milhão de pessoas sofrem de Parkinson, e 50 mil novos casos surgem por ano. No Brasil, o Ministério da Saúde não tem estatísticas sobre a doença.

“É a primeira vez que a ciência brasileira ganha a capa da maior revista científica do mundo”, diz Nicolelis. “Escolheram minha pesquisa porque ela não é uma terapia potencial apenas para Parkinson. É uma nova visão que pode influenciar o tratamento de outras doenças do sistema nervoso. Ainda não sabemos quais.”

O trabalho de Nicolelis com implante de próteses no cérebro de cobaias começou em 1984, quando ele se formou em medicina, na Universidade de São Paulo. 



















“Quando comecei a estudar o cérebro, o neurônio era considerado o rei da cocada preta. Ele só era pensado de forma isolada. Era como se os neurologistas só enxergassem um átomo de cada vez, nunca as moléculas.” Nicolelis leu que os astrônomos usam redes com várias antenas para mapear o céu e construir uma grande imagem virtual. E pensou: será que o cérebro também funciona assim?

 
Seu trabalho começou a ganhar evidência internacional em 1999, quando implantou uma prótese no cérebro da macaquinha Belle. O implante em 90 neurônios permitiu, pela primeira vez, a um primata mover um braço robótico com a força do pensamento. “Ao usar vários eletrodos para registrar os sinais de 90 neurônios ao mesmo tempo, obtive um sinal amplificado e de melhor qualidade”, disse.

Em 2001, a pesquisa de Nicolelis foi listada pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) como uma das dez tecnologias que vão mudar o mundo. Dois anos depois, Nicolelis registrou os sinais elétricos emitidos por 500 neurônios no cérebro da macaca Idoya e os transmitiu de seu laboratório ao MIT, a 1.000 quilômetros dali, onde a macaca fez um braço-robô se mover. Em janeiro de 2008, o pensamento de Idoya deu a volta ao mundo, literalmente. 

“Ela começou a andar em uma esteira no meu laboratório”, disse Nicolelis. “Nós registramos o movimento da atividade neural e enviamos o sinal, via satélite, em um décimo de segundo dos Estados Unidos ao Japão. Em Kyoto, um robô humanóide de 90 quilos andou sob o controle de Idoya.” O próximo passo é tentar fazer humanos com paralisia voltar a andar. Os testes começaram no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.


Em 2008, um robô em Kyoto, andou, graças ao pensamento de um macaco no laboratório de Nicolelis, nos Estados Unidos. Foi o ponto culminante de um trabalho iniciado em 1999, com a macaca Belle. Entre as duas pesquisas, Nicolelis fundou o Instituto de Neurociência de Natal, capital do Estado brasileiro do Rio Grande do Norte.

Pesquisador de ideias polêmicas, Nicolelis chamou a atenção da Academia Sueca. Em 15 de novembro de 2007, foi convidado pelo comitê do Nobel de Medicina para dar uma palestra sobre seu trabalho em Estocolmo. “Eles queriam que eu contasse a história das neuropróteses.” As razões que levam à escolha de um Nobel são o segredo mais bem guardado da ciência. Ninguém se candidata nem pode ser indicado. Nenhum contemplado jamais soube que estava no páreo até receber o telefonema de congratulações. Nicolelis diz que tem pouca chance, porque a disputa é acirrada demais e ele não participa das rodas de decisão do prêmio. 
 
  “Só posso dizer que um colega que recebeu o Nobel disse que meu trabalho entrou para o radar deles.”

Se conseguiu tantos avanços quando passou a pensar nos neurônios em conjunto – e não isoladamente, como fazia a maioria dos cientistas – era natural que Nicolelis tentasse ir mais além e passasse a imaginar o sistema nervoso como um todo. “É o que provamos com a pesquisa na Science. Não é preciso intervir diretamente no cérebro para tratar uma doença como Parkinson”, disse. Ninguém jamais imaginou intervir na medula espinhal para tratar essa doença, devido à visão tradicional do cérebro da maioria dos neurocientistas. “Nossa solução é um modelo completamente diferente do que se prega há cem anos. O pessoal continua achando que o cérebro é formado por ilhas funcionais segregadas. Nosso trabalho mostra que não, ele é um contínuo.”

É rara a semana em que não são publicados estudos mostrando zonas diferentes do cérebro que seriam responsáveis por tarefas diferentes, como memória e emoção. “Essa divisão não tem sentido. Vamos demolir tudo isso”, afirmou. Nicolelis está escrevendo um livro em que proporá uma nova teoria do cérebro.  “Vai ser uma briga, escrevendo um livro em que proporá uma nova teoria do cérebro. Vai ser uma briga de foice. Vou atacar o coração da neurociência.”











Capa da revista 'Science' destaca trabalho 
de Nicolelis e seus colegas (Foto: Science)








Esta nova técnica criada por uma equipe liderada por um pesquisador brasileiro e testada com sucesso em camundongos pode dar grandes esperanças aos pacientes vitimados pelo mal de Parkinson. Ela conseguiu, em roedores, eliminar os sintomas da doença ao estimular com eletricidade o sistema nervoso a partir da medula espinhal.

O trabalho foi chefiado por Miguel Nicolelis, da Universidade Duke, nos Estados Unidos, e do Instituto Internacional de Neurociências de Natal, no Rio Grande do Norte.  


















O estudo ganhou a capa da edição do periódico científico "Science". "Estamos todos celebrando aqui. É o segundo estudo da Duke a fazer a capa da revista -- e o primeiro de uma pesquisa brasileira", disse Nicolelis ao G1, destacando a participação dos pesquisadores do IINN no resultado.
 

Os resultados são tão promissores que os pesquisadores vão começar em breve os estudos com primatas -- os testes serão feitos em Natal -- e a expectativa é que os primeiros testes clínicos, com pacientes humanos, venham já no ano que vem. 
 saiba mais


A ideia que gerou o sucesso foi o resultado de encarar o cérebro e o mal de Parkinson de uma forma diferente da que é usualmente adotada pelos cientistas, segundo Nicolelis. "Nós estamos classificando a doença como algo da dinâmica cerebral -- mais ou menos como é a epilepsia", explicou. "Isso está produzindo uma nova teoria, em que precisamos olhar o cérebro como um todo, e daí surgem as ideias que estamos tendo, não só para o Parkinson, mas para outras doenças."

O mal de Parkinson é uma doença neurodegenerativa que avança de forma progressiva, causando tremores incontroláveis e espasmos, e no fim das contas leva à morte. 
 
Os pesquisadores partiram da premissa de que os sintomas surgem quando os neurônios que compõem o sistema nervoso parecem disparar todos em uníssono, simultaneamente -- de forma similar à que acontece nos ataques epilépticos. O resultado, no caso, são os movimentos involuntários da vítima da doença.

"O nosso tratamento funciona dessincronizando a ativação dos neurônios a partir de estimulação elétrica da coluna espinhal", disse Nicolelis.

Procedimento semelhante, com estimulação elétrica, já é usado em pacientes, em conjunto com drogas, para aliviar os sintomas, mas o processo exige estimulação
profunda do cérebro -- abre-se o crânio do sujeito e espetam-se eletrodos no interior cerebral para fazer as descargas elétricas. Procedimento delicado e difícil de fazer.

Nicolelis descobriu uma forma mais efetiva e menos invasiva de obter o efeito: as descargas elétricas agora são na medula espinhal, mais acessível.

"Nós abrimos uma pequena incisão na pele do animal e cortamos um pedacinho do osso, para ter acesso à medula", diz o cientista, explicando como foram feitos os testes com roedores.


Miguel Nicolelis, acompanhado por macaco que ajudou a testar 
controle de braço robótico (Foto: Duke University)











Novos  experimentos, ratos e camundongos com sintomas similares aos do mal de Parkinson se mostraram muito melhores ao controlar seus movimentos após a estimulação elétrica. Daí o ânimo dos cientistas em começar logo os testes em primatas e verificar se os benefícios também podem ser estendidos a ser humanos.

"Hoje, os esforços de estimulação profunda do cérebro beneficiam apenas uma pequena parcela dos pacientes", diz Nicolelis. "Com a nossa técnica, a tendência é que a grande maioria possa se beneficiar disso."

O cientista tem a esperança de que o novo tratamento possa dar às vítimas do mal de Parkinson uma vida normal por mais tempo, além de maior longevidade -- embora não seja uma cura propriamente dita. "Nossa técnica, caso funcione em humanos, poderia reduzir a dependência do paciente de grande quantidade de drogas", afirma.

A doença de Parkinson, que foi descrita em 1817, é uma das doenças neurológicas mais comuns dos dias de hoje, somente perde para a doença de Alzheimer. É uma doença que atinge todos os grupos étnicos e classes socio-económicas.

Blog aberto a todos os doentes, cientistas, familiares de doentes e a todos os que nele queiram participar - directa ou indirectamente. Mande o seu trabalho, o seu desabafo, as flores ou os sonhos que restam. Ajude a Associação de Parkinson de Portugal – Inscreva-se como sócio! Enquanto a doença me deixar escrever, mesmo a uma mão, continuarei a lutar pela nossa cura. Se mesmo assim não vier, tentei! 
Miguel Nicolelis cientista brasileiro

As informações sobre saúde contidas neste Blog são fornecidas somente para fins educativos e não pretendem substituir, de forma alguma, as discussões estabelecidas entre médico e paciente.
Todas as decisões relacionadas a tratamento de pacientes devem ser tomadas por profissionais autorizados que levarão em consideração as características exclusivas de cada paciente.


POEMA DEDICADO
A TODOS OS DOENTES DE PARKINSON:
(Para ouvir p.f desligue 1º a música de fundo)
Quisera andar de carrossel

 A MINHA POESIA:
POEMAS DE AMOR E DOR

VOLTEI A ESCREVER
E JÁ NÃO QUERIA

Voltei a escrever e já não queria

Pensava ter esquecido este meu versejar

Ser poeta é criar e sofrer todo o dia

Passar ao papel o que a alma encontrar.


Este estado de alma que já não ousaria

Que nos faz sofrer, para me encontrar,

Deixa o meu corpo quando escrevo poesia,

Nos poemas que ela cria, para me libertar.

A ti que mais amo e sem querer

Se fico triste e te faço sofrer

Rosa eu te quero, rosas eu te dou.


E se tu me vires distraído ou disperso

Uma única coisa eu imploro e peço,

Espera! A minha alma não regressou. 



        Rogério Martins Simões


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