A cidade de Fafe, no Norte de
Portugal, oferece, através do seu Museu das Migrações e das Comunidades,
no passado dia 21 de Abril, uma exposição que evoca o Brasil e a chegada dos
portugueses às terras de Vera Cruz.
Integrada na programação anual
do Museu das Migrações e das Comunidades, a mostra assinala o Dia da
Comunidade Luso Brasileira (22 de Abril), data do encontro da expedição
dos portugueses com a terra e as gentes além-mar, que se vai manter ao
longo dos séculos.
Esta celebração foi criada em 1967 pelos dois governos - Portugal e Brasil -, foi instituída pelo senador brasileiro Vasconcelos Torres e devia ser comemorado nos dois países, já que é nesse dia que se celebra o “achamento do Brasil”.
A exposição “Portugal-Brasil:
Paisagens brasilianas e Fafenses Brasileiros de Torna-Viagem”, integra
um conjunto de retratos da autoria do artista plástico Luís Gonzaga,
que — destaca a nota do museu — “nos situa a ligação de Fafe ao Brasil,
em particular pela memória dos fafenses que emigraram para o Brasil
durante o século XIX e inícios do século XX, e que no seu regresso
edificaram a então Villa de Fafe - os fafenses “Brasileiros de
Torna-Viagem”.
Estarão patentes ao público,
pela primeira vez à luz desta ligação ao Brasil, a colecção das telas do
acervo do Município que representam os “ilustres emigrantes
brasileiros”, que, desde o início do século XIX edificaram palácios,
casas apa-laçadas e palacetes, abriram ruas e praças redesenhando a
“cidade”.
Os princípios e ideais de
liberdade e de auxílio mútuo levaram-nos à construção de edificações de
cariz social - o Hospital de S. José (1858), o Asilo para a Infância
Desvalida (1877) e o Asilo dos Inválidos (1906), a Escola de Conde
Ferreira (1866) a Escola Deolinda Leite (1892), a Igreja Nova de S. José
(1895) a Confraria de S. José ou da Misericórdia administradora do
Hospital (1860). Construíram ainda o exótico jardim romântico do
Calvário (1892), imitando as metrópoles de além-mar.
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