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Boas Vindas a esta comunidade de Culturas e Afetos Lusofonos que já abraça 76 países

MÚSICA DE FUNDO E AUDIÇÃO DE VÍDEOS E AUDIOS PUBLICADOS

NÓS TEMOS TODO O EMPENHO EM MANTER SEMPRE MÚSICA DE FUNDO MUITO SELECIONADA, SUAVE, AGRADÁVEL, MELODIOSA, QUE OUVIDA DIRETAMENTE DO SEU COMPUTADOR QUANDO ABRE UMA POSTAGEM OU OUVIDA ATRAVÉS DE ALTI-FALANTES OU AUSCULTADORES, LHE PROPORCIONA UMA EXPERIÊNCIA MUITO AGRADÁVEL E RELAXANTE QUANDO FAZ A LEITURA DAS NOSSAS PUBLICAÇÕES.

TODAVIA, SEMPRE QUE NAS NOSSAS POSTAGENS ESTIVEREM INCLUÍDOS AUDIOS E VÍDEOS FALADOS E/OU MUSICADOS, RECOMENDAMOS QUE DESLIGUE A MÚSICA AMBIENTE CLICANDO EM CIMA DO BOTÃO DE PARAGEM DA JANELA "MÚSICA - ESPÍRITO DA ARTE", QUE SE ENCONTRA DO LADO DIREITO, LOGO POR BAIXO DA PRIMEIRA CAIXA COM O MAPA DOS PAISES DOS NOSSOS LEITORES AO REDOR DO MUNDO.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Poesia dos Açores e do Rio Grande do Sul, hoje no "Casfé Camões", em Brasília


O Instituto Camões- Embaixada de Portugal promove ontem no seu auditório  mais um  "Café Camões", desta vez dedicado à poesia do arquipélago dos Açores e do Rio Grande do Sul, estado brasileiro de forte influência açoriana. 

Os serões literários do "Café Camões", iniciativa do Instituto Camões em colaboração com a Universidade Católica de Brasília, agora no seu nono ano de existência, reúnem um público essencialmente universitário e neles têm sido regularmente apresentados escritores e poetas de expressão lusófona, procedendo-se à leitura de textos seleccionados.

O "Café Camões" tem vindo a alargar o seu âmbito às culturas de outros países com representação diplomática no Brasil interessados em participar.


Café Camões"  - Poesia  dos Açores e do Rio Grande do Sul
13 de Abril, Quarta-Feira, às 19h30,
Auditório do Centro Cultural do Instituto Camões,
Avenida das Nações, SES, Quadra 801, Lote 02 - Brasília


"Azores" de John Updike
(tradução de Jorge de Sena)

Grandes navios verdes
eis que navegam
ancorados, para sempre;
sob as águas
enormes raízes de lava
prendem-nos firmes
a meio do atlântico
ao passado.

Os turistas, pasmando
do convés,
proclamam aos guinchos lindas
as encostas malhadas
de casinhas
(confetti) e
doces losangos
de chocolate (terra).

Maravilham-se com
os campos graciosos
e os socalcos
feitos à mão para conter
os modestos frutos
das vinhas e das árvores
importadas pelos
portugueses:

paisagem rural
vindo à deriva
de há séculos;
a distância
amplia-se.

O navio singra.
Outra vez a constante
música alimenta
  um vazio à popa,
os Açores sumidos.
O vácuo atrás e o vácuo
à frente são o mesmo.
 
 

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