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MÚSICA DE FUNDO E AUDIÇÃO DE VÍDEOS E AUDIOS PUBLICADOS

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sábado, 27 de novembro de 2010

Lisboa: Cimeira da OTAN aprovou novo conceito estratégico



NATO - Lisboa 2010

A primeira cimeira da Aliança Atlântica realizada em solo português, abriu um novo capítulo na história da mais bem sucedida aliança militar do mundo. Conheça os principais pontos da agenda.

Novo conceito estratégico

O novo conceito actualiza os objectivos e a missão da Aliança Atlântica, face aos que haviam sido fixados na cimeira de Washington, em 1999.

Resultado do trabalho de reflexão de um grupo de sábios dirigido por Madeleine Albright, antiga chefe da diplomacia norte-americana da era  Bill Clinton, o novo “texto fundamental” tenta adaptar o papel da Organização do Tratado do Atlântico Norte - OTAN a um mundo que mudou radicalmente depois dos atentados terroristas do 11 de Setembro, de Londres, da guerra na Geórgia e da própria crise financeira.

Desenvolvimentos que aceleraram a emergência de novas potências (China, Brasil, África do Sul), obrigando o bloco ocidental a uma interlocução muito mais alargada, numa altura em que as restrições orçamentais forçam a que se faça uma “gestão partilhada” dos sistemas de defesa dos 28 países-membros e se estendam pontes à Rússia.

O novo conceito reafirma que o objectivo da Aliança é um mundo sem armas nucleares, mas esclarece que terá meios nucleares enquanto houver ameaças nucleares.

Confirma ainda a validade do artigo 5º (um ataque contra um dos membros da OTAN deve ser entendido como um ataque a todos, que lhe devem prestar auxílio); mantém o pressuposto de que a Aliança é uma organização de “porta aberta” a países europeus que cumpram os seus princípios (caso da Ucrânia), mas transfere o enfoque para o papel das parcerias: com a União Europeia (que permanece numa fase embrionária de desenvolvimento do seu pilar de defesa), com a ONU e, sobretudo, com a Rússia.

É nesse contexto que se enquadrou a vinda a Lisboa do primeiro-ministro russo, Dmitri Medved. OTAN e Rússia tentarão relançar a parceria estratégica congelada desde a intervenção russa na Geórgia.

Escudo de defesa antimíssil

Depois de ter sido abandonado por Barack Obama, o controverso plano do seu antecessor de instalar bases do sistema de defesa antimíssil norte-americano em dois países europeus vizinhos da Rússia (a Polónia e a República Checa), em marcha está a possibilidade de a cimeira de Lisboa dar luz verde à criação de um sistema de protecção conjunto, eventualmente alargado à Rússia, capaz de proteger as principais cidades europeias e norte-americanas, e os 900 milhões de pessoas que vivem nos países OTAN da ameaças dos mísseis balísticos.

200 milhões de euros é o custo estimado pela Aliança para um projecto que ainda suscita dúvidas, por motivos diferentes, em França, nos países Bálticos e na Turquia – para além de ser ainda incerta a posição a assumir pela Rússia.

Retirada progressiva do Afeganistão

A cimeira da OTAN touxe a Lisboa o presidente afegão Hamid Karzai para aprovar um calendário indicativo para se proceder à retirada progressiva das forças internacionais que estão instaladas no Afeganistão, e que integram meios de 46 países, num total de 130.000 homens.

A intenção é passar à chamada fase II, intensificando, a partir do primeiro semestre do próximo ano, as acções de treino das forças afegãs com vista a que, em 2014/2015, a transferência de responsabilidades pela manutenção da segurança e da ordem pública do país possa ser concluída.

Relançar “pontes” com a Rússia

Lisboa confirmou o pressuposto de que a Aliança é uma organização de “porta aberta” a países europeus que cumpram os seus princípios (caso da Ucrânia), mas transfere o enfoque para o papel das parcerias: com a União Europeia (que permanece numa fase embrionária de desenvolvimento do seu pilar de defesa), com a ONU e, sobretudo, com a Rússia.


É a primeira vez que Portugal, enquanto membro fundador da Aliança Atlântica, assume a qualidade de anfitrião. A cimeira congregou representações ao mais alto nível dos 28 Estados membros, de cerca de quatro dezenas de países parceiros nas distintas parcerias da NATO e diversas organizações internacionais. Integraram as respectivas delegações nacionais os Ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa.


O programa disponibilizado da cimeira foi o seguinte:

Sexta-feira, 19 de Novembro
-Reunião de Chefes de Estado e de Governo
-Conferência de imprensa
-Jantar de trabalho dos Chefes de Estado e de Governo
-Jantar de trabalho dos Ministros dos Negócios Estrangeiros
-Jantar de trabalho dos Ministros da Defesa

Sábado, 20 de Novembro
-Reunião de Chefes de Estado e de Governo
-Reunião Força Internacional de Assistência para a Segurança - ISAF
-Reunião OTAN-Rússia
-Conferência de imprensa

Fonte: http://www.natolisboa2010.gov.pt/

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