Foi formalizada na passada quinta-feira,
com o início da 1ª Conferência Luso-Brasileira de Acesso Aberto, a
adição de pesquisa simultânea nos repositórios científicos de acesso
aberto de Portugal e do Brasil. Passa, deste modo, a ser possível
realizar buscas integradas a partir do Repositório Científico de Acesso
Aberto de Portugal (RCAAP) português ou do OASIS brasileiro, válidas
para os dois repositórios, que juntos somam mais de 134.000 documentos.
Lançado há dois anos, o RCAAP
permite aos investigadores de qualquer instituição do ensino superior
disponibilizarem online os resultados da sua investigação científica.
O repositório científico conta
presentemente com 30 repositórios institucionais, abrangendo todas as
universidades públicas, algumas universidades privadas, institutos
politécnicos, laboratórios do estado e instituições de investigação, e
incluindo cerca de 50.000 documentos.
Os valores comparam com o início
de 2008, quando existiam no país apenas três repositórios
institucionais com 7.300 documentos. "Ou seja, em menos de três anos o
número de repositórios institucionais decuplicou, o número de documentos
passou a ser quase 20 vezes maior e foi assegurada a abrangência de
todo o sistema universitário público nacional", salienta Luís Magalhães,
da UMIC, um dos organismos responsáveis pelo desenvolvimento da
plataforma, que contou com a colaboração da FCCN e da Universidade portuguesa do
Minho.
A disponibilização da nova
funcionalidade de pesquisa é feita a par da 1ª Conferência
Luso-Brasileira de Acesso Aberto, que decorreu dia 24 e 25 em Braga. O
evento, por sua vez, vem no seguimento do Memorando de Entendimento
assinado entre os ministros de ciência de Portugal e do Brasil em
Outubro de 2009, e dá continuidade às Conferências sobre o Acesso Livre
ao Conhecimento, organizadas pela Universidade do Minho em 2005, 2006,
2008, as duas últimas já no âmbito do projecto RCAAP.
O Memorando de Entendimento
assinado pelos ministros de ciência dos dois países previu, entre outros
aspectos, a disponibilização do acesso integrado aos repositórios
científicos de acesso aberto dos dois países, o desenvolvimento de um
sistema conjunto de metadados e pesquisa nos repositórios de ambos os
países, e a realização anual conjunta de um encontro internacional sobre
repositórios científicos de acesso aberto/livre cuja primeira
materialização é precisamente a conferência que agora se realiza.
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