O
Reino Unido teve apenas dois reis. No entanto, o título Príncipe do
Brasil já era utilizado pelos herdeiros da Corôa Portuguesa desde 1634.
O reino foi elevado à categoria de Império por Dom João VI, aquando da
independência brasileira.
D. João VI
D. João VI
O
príncipe regente e futuro rei D. João VI, durante o período final do
reinado de sua mãe, D. Maria I, elevou em 1815 o Brasil da condição de
vice-reinado colonial à de reino autónomo, intitulando-se desde então
pela Graça de Deus Príncipe-Regente de Portugal, Brasil e Algarves,
daquém e dalém-mar em África, senhor da Guiné, e da Conquista,
Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia. O título
oficial anterior era o mesmo, apenas não incluindo a palavra "Brasil".
Posteriormente,
durante o Congresso de Viena em 1815, como consequência do
estabelecimento da Casa de Bragança e da capital do Império Português
no Rio de Janeiro, no ano de 1808, durante as guerras napoleónicas, D.
João VI estabeleceu a nova designação de Reino Unido para as suas
coroas, em regime jurídico similar ao do actual Reino Unido da
Grã-Bretanha e Irlanda ou do extinto Império Austro-Húngaro.
Em
1816, D. João VI iniciou hostilidades no sentido Banda Oriental,
atacando contra José Artigas, dirigente máximo da Revolução Oriental.
Os domínios portugueses da época ficaram a partir de então oficialmente
designados como Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, e D. João
passou a ostentar o título de Príncipe Real do Reino Unido de Portugal,
Brasil e Algarves, sendo príncipe e posteriormente rei das três coroas
unidas, entre as quais, aquela onde residia, como Rei do Brasil.
Após
a morte de sua mãe, considerada a primeira rainha do Reino Unido de
Portugal, Brasil, e Algarves, D. João foi aclamado na corte do Rio de
Janeiro como sucessor real. D. Maria I permanecera com o título por
apenas um ano.
O
Príncipe D. Pedro de Alcântara, último herdeiro da Coroa portuguesa a
ostentar o título de Príncipe do Brasil, não chegou a ser rei do Reino
Unido de Portugal, Brasil, e Algarves, pois autoproclamou-se Imperador
do Brasil quando declarou sua Independência. Só depois da morte de seu
pai, D. Pedro I do Brasil foi considerado rei de Portugal como D. Pedro
IV de Portugal. Chegou a receber, contudo, o título de Príncipe Real do
Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.
Em termos de dimensão territorial, o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves foi um dos Estados mais vastos do Mundo. O seu território, além de incluir Portugal e o Brasil, incluía, ainda os domínios ultramarinos portugueses, espalhando-se pelos cinco continentes habitados da Terra.
Em termos de dimensão territorial, o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves foi um dos Estados mais vastos do Mundo. O seu território, além de incluir Portugal e o Brasil, incluía, ainda os domínios ultramarinos portugueses, espalhando-se pelos cinco continentes habitados da Terra.
Na Europa, o Reino Unido incluía Portugal Continental, os Açores e o Arquipélago da Madeira.
Na
América, incluía o território atual do Brasil (excepto o Acre e os
territórios recebidos do Paraguai em 1872), o actual Uruguai (como
província Cisplatina) e a Guiana Francesa.
Em
África, incluía Cabo Verde, a atual Guiné-Bissau, Ziguinchor e
Casamansa, São Tomé e Príncipe, São João Baptista de Ajudá, Cabinda,
Angola, Moçambique e parte do actual Zimbabué.
Na
Ásia, incluía Goa, Damão, Diu e Macau, além de reivindicações sobre
Malaca e Ceilão (atual Sri Lanka). Na Oceania, incluía Timor Oriental,
Solor, Flores e reivindicações sobre as costas ocidentais da actual
Papua-Nova Guiné e sobre as ilhas Molucas, hoje na Indonésia.
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