Depois de uma ausência de postagens desde o dia 24 de Julho por razões de impossibilidade visual após 3 intervenções ciruúrgicas aos meus olhos, e mais outra cirurgia de coração, recomeço hoje, já quase completamente apto mas ainda com algumas restrições de tempo ao computador.
Quero aproveitar para agradecer comovidamente a muitos dos meus queridos amigos de Portugal e do Brasil, deste especialmente os amigos de Natal, todas as mensagens e palavras de comforto e solidariedade, durante este período.
Como síntese da beleza dessa solidariedade e carinho para comigo, publico aqui mais um dos belos poemas que a excelsa "Poetisa das Flores e do Amor", minha querida amiga e confreira Cônsul do M.I. Poetas Del Mundo e do IHG/RN, Lúcia Helena Pereira, de Natal, me dirigiu e me dedicou ainda há poucos dias.
Hoje, neste dia dos Pais no Brasil (em Portugal o Dia dos Pais é celebrado em dia e mês diferente), quero aqui homenagear meu pai com um poema que lhe dediquei e, através desse poema, homenagear todos os pais do mundo que, amorosamente, souberam ser e são, o grande sustentáculo educador, formador e de amor, constituindo o maior e inesquecível exemplo mais marcante para seus filhos. A todos os pais que, ao lado de todas as mães também exemplares e marcantes, se completaram na construção de novas pessoas humanamente ricas, com base no maior de todos os exemplos de doação de vida: o Amor!
Quero aproveitar para agradecer comovidamente a muitos dos meus queridos amigos de Portugal e do Brasil, deste especialmente os amigos de Natal, todas as mensagens e palavras de comforto e solidariedade, durante este período.
Como síntese da beleza dessa solidariedade e carinho para comigo, publico aqui mais um dos belos poemas que a excelsa "Poetisa das Flores e do Amor", minha querida amiga e confreira Cônsul do M.I. Poetas Del Mundo e do IHG/RN, Lúcia Helena Pereira, de Natal, me dirigiu e me dedicou ainda há poucos dias.
AO CARLOS MORAIS DOS SANTOS
(Por Lúcia Helena Pereira)
Levo-te, humedecido em águas de açucenas,
O meu lenço de organdi branco
Para enxugar a lágrima que por ventura
Venha a rolar do teu olhar magoado.
Nesse lenço, um pouco do perfume de minh´álma
Espargindo pelo ar, num sopro úmido
Da flor que hoje colhi, tão cheia de cor e beleza,
Só para te ofertar.
PAI
Eu me lembro muito bem
PAI
do carinho dos teus olhos
do calor das tuas mãos
do belo som da tua voz
Eu me lembro muito bem
PAI
Da sabedoria das tuas palavras
Do brilho do teu pensamento
Da humanidade das tuas lutas
Eu me lembro muito bem
PAI
da força do teu Saber-Ser
do bom gigante que sempre foste
da generosidade dos teus atos
Eu me lembro muito bem
PAI
Como amaste a liberdade
Como te bateste pelos humilhados
Como defendeste os ofendidos
Eu me lembro muito bem
PAI
Porque em mim estás bem presente
E me ensinas muito para além
Do teu repouso permanente…
Porque tudo em ti é meu também
Eu me lembro muito bem
PAI
Como chorei por não te ter
Ao meu lado naquele dia
De verde-esperança do amanhecer
De uma nova pátria que se abria
Em Abril a florescer
A liberdade e a democracia
Eu me lembro muito bem
PAI
Como arriscaste a liberdade
Em lutas por justa razão
Por amares a igualdade
Dos direitos do cidadão
Por sentires a fraternidade
Em atos de compaixão,
Como sonhaste com a claridade
Que se iluminasse em revolução !
Eu me lembro muito bem
PAI
Das rugas do teu bom humor
No canto dos teus olhos rindo
Do calor do teu grande amor
Das tuas mãos grandes se abrindo !
Carlos Morais dos Santos
Cônsul (Lisboa) do M.I. Poetas Del Mundo
In Sossego Intranquilo
Ed.Hugin, 2003, Lisboa
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