O Brasil é o sétimo maior
produtor mundial de queijos. A moderna indústria de queijos e de
laticínios advém do primeiro ciclo industrial do Brasil no final do
século XIX, quando surgiram as primeiras fábricas com máquinas e
tecnologia importadas da Europa.
Para pesquisar a rica história dos queijos no Brasil, o jornalista e escritor João Castanho Dias
(O leite na Paulicéia e 500 anos de leite no Brasil), viajou do Rio
Grande do Sul a Pernambuco coletando material e depoimentos em
queijarias e fazendas, num trabalho que uniu cerca de vinte pessoas,
entre repórteres, assessores, fotógrafos, ilustradores, e outros
profissionais.
O resultado foi a publicação de "Uma longa e deliciosa viagem", o primeiro livro da história do queijo no Brasil.
Dias pesquisou os primeiros
cronistas do Brasil e a literatura dos viajantes estrangeiros do século
XIX, mais fiéis à realidade.
A primeira queijaria brasileira foi fundada em 1581, na Bahia
Animais inexistentes até
então no Brasil, as vacas foram introduzidas no país em 1532 pelos
portugueses e a primeira queijaria surgiu em 1581 no colégio dos
jesuítas em Salvador, na Bahia.
A vinda da corte portuguesa, já no século XIX, “europeirizou”
a gastronomia. Então uma mistura da cozinha negra e índia com seus
pratos à base de mandioca, milho, feijão e carne de porco, a culinária
do Brasil a partir de 1808 seria outra, mais sofisticada nos aparatos de
mesa – pratos, talheres, toalhas – e na comida em si com receitas de
doces e salgados de origem luso-francesa nas quais não faltavam cremes
de leite, queijos, manteiga.
Quem saiu ganhando com isso foi a
incipiente indústria de laticínios que ressurge com toda força,
sobretudo, no sul de Minas Gerais para abastecer a enorme demanda de
lácteos que se verificou na época no mercado do Rio de Janeiro.
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