CANTO A PABLO NERUDA
Contemplo
estrelas e imagino quantas tu iluminaste, poeta
Acompanho
a viagem das nuvens e sei que uma és tu, poeta
Que
lhe dás formas, cores e destinos e a transformas em águas
E
para lá do azul infinito vejo os teus 100 sonetos despertarem
Em
manhãs de primaveras onde, por entre as pedra e as flores
O
teu grande amor se multiplica em beijos e carícias maduras
Que
fermentam como o doce mosto das uvas frescas de orvalho
Do
Chile sereno das montanhas, e dos mares salgados de tuas lágrimas
Partiste
para enamorares a terra inteira e brilhar no espaço sideral
Assim
mesmo, exilados ficaram os que não souberam que a Liberdade
Foi
mais que uma canção de amor, porque em ti, poeta, foi destino
Escrito
no pulsar do sangue que corre quente nas veias da tua pátria
Por
isso, como abelha incansável recolheste de todos os arbustos silvestres
O
néctar precioso que só alguns deuses e todos os campesinos provaram
E
teus Cem Sonetos ficaram gravados a fogo nas mais preciosas madeiras
E
teus gritos pela Liberdade ainda hoje estão escritos nas nuvens e estrelas
Marcando
para sempre, todos os poetas de todas as gerações de amantes
Porque
só tu conseguiste nos dizer com sublime beleza: “Confesso que vivi !”
Viverás
para sempre soltando tua poética aos ventos que forem passando
E
os mares, os rios, as montanhas, os vales, as pedras e as flores repetirão
O
teu canto a Matilde que se ouvirá no Olimpo onde moras, Pablo Neruda
Carlos Morais dos Santos
Cônsul (Lisboa) da S.
I. Poetas Del Mundo
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