Restauração
da Independência é a designação dada à revolta iniciada no dia 1º de
Dezembro de 1640, em Portugal, contra o domínio da dinastia filipina dos
Habsburgos que se prolongava desde1580.
Antecedentes
Quando em 1578 Portugal foi
derrotado na batalha de Alcacer Quibir, o país ficou sem rei - D.
Sebastião, morto na batalha - e sem sucessor. Durante dois anos, o trono
ainda foi ocupado pelo Cardeal-Rei D. Henrique, mas os direitos
invocados pelo monarca Habsburgo acabaram por prevalecer.
A ideia de recuperar a
independência foi-se entretanto tornando cada vez mais poderosa e a
ela começaram a aderir todos os grupos sociais.
Em Espanha, o rei Filipe IV
enfrentava dificuldades: continuava em guerra com outros países; o
descontentamento da população aumentava; rebentavam revoltas em várias
regiões - a mais violenta, a revolta da Catalunha (1640), obrigando
Madrid a deslocar tropas para a regiião. Todas estas circunstâncias
acabaram por criar a oportunidade que os portugueses havia muito
tempo esperavam.
Os nobres revoltosos convenceram D. João de Bragança, que vivia no seu palácio de Vila Viçosa, a aderir à conspiração.
Aclamação do rei D. João IV - estava instaurada a dinastia portuguesa da Casa de Bragança
O dia 1 de Dezembro
Ao despontar do dia 1 de
Dezembro de 1640, cerca de 40 nobres portugueses, conhecidos por
"conjurados", entram no palácio real do Paço da Ribeira e rapidamente
controlam a guarda. Procuram o secretário de estado Miguel de
Vasconcelos, que executam, e obrigam pela força a duquesa de Mântua, no
cargo de Vice-Rei, a ordenar a rendição das forças castelhanas
acantonadas no castelo de São Jorge e nas fortalezas que defendem o rio
Tejo.
Embora conduzida e executada
pela nobreza portuguesa, a revolução tem aceitação total. Em todo o
país, quando se conhece a boa nova da destituição da duquesa e do fim do
domínio dos Habsburgos, há movimentações de regozijo. Várias cidades do
país declaram o seu apoio a D. João IV.
O duque de Bragança chega a
Lisboa no dia 6 de Dezembro para ser aclamado rei. Nas duas semanas que
se seguem, todo o país, nobres e municípios, se declara por D. João IV.
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