TOP BLOG 2010

TOP BLOG 2010

Boas Vindas a esta comunidade de Culturas e Afetos Lusofonos que já abraça 76 países

MÚSICA DE FUNDO E AUDIÇÃO DE VÍDEOS E AUDIOS PUBLICADOS

NÓS TEMOS TODO O EMPENHO EM MANTER SEMPRE MÚSICA DE FUNDO MUITO SELECIONADA, SUAVE, AGRADÁVEL, MELODIOSA, QUE OUVIDA DIRETAMENTE DO SEU COMPUTADOR QUANDO ABRE UMA POSTAGEM OU OUVIDA ATRAVÉS DE ALTI-FALANTES OU AUSCULTADORES, LHE PROPORCIONA UMA EXPERIÊNCIA MUITO AGRADÁVEL E RELAXANTE QUANDO FAZ A LEITURA DAS NOSSAS PUBLICAÇÕES.

TODAVIA, SEMPRE QUE NAS NOSSAS POSTAGENS ESTIVEREM INCLUÍDOS AUDIOS E VÍDEOS FALADOS E/OU MUSICADOS, RECOMENDAMOS QUE DESLIGUE A MÚSICA AMBIENTE CLICANDO EM CIMA DO BOTÃO DE PARAGEM DA JANELA "MÚSICA - ESPÍRITO DA ARTE", QUE SE ENCONTRA DO LADO DIREITO, LOGO POR BAIXO DA PRIMEIRA CAIXA COM O MAPA DOS PAISES DOS NOSSOS LEITORES AO REDOR DO MUNDO.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Política editorial do livro em língua portuguesa precisa-se – considera professora brasileira


Laura Cavalcante Padilha, professora na Universidade Federal Fluminense, no Brasil, considera que “não há uma política editorial do livro escrito em língua portuguesa”.

A professora de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, que esteve em Lisboa na abertura do colóquio internacional sobre literaturas africanas de língua portuguesa, disse à agência Lusa que “o grande problema é uma coisa chamada gueto”.

“Nós precisamos de, no espaço da língua portuguesa, nos juntarmos, criar uma rede, para que não tenhamos gueto. Quem nunca leu Camões? Eu fui formada lendo Camões. Camões é meu poeta! Assim como eu tenho certeza que Drummond e Manuel Bandeira são poetas aqui, de Portugal, e angolanos, e cabo-verdianos”, defende.

Laura Cavalcante participa no colóquio “Percursos, trilhos e margens: receção e crítica das Literaturas Africanas em Língua Portuguesa”, que decorre no pólo de Lisboa do Centro de Estudos Sociais (CES).

As literaturas africanas de língua portuguesa “só não evoluem mais por causa da circulação do livro”, analisa a investigadora, recordando que “o livro que é produzido na África, em Angola, em Moçambique, em Cabo Verde, não chega” ao mercado brasileiro. “Se são lidos? São. Mia Couto é ‘best seller’ no Brasil. Mas é preciso que outros sejam publicados”, refere.

Por outro lado, estas literaturas africanas chegam ao mercado português porque algumas editoras lhes prestam atenção, mas seria preciso que os livros editados em Portugal circulassem no Brasil “de uma forma menos cara”, defende, pedindo “um ordenamento político-cultural mais consistente”.

Simultaneamente, “há escritores portugueses maravilhosos que não chegam”, e vice-versa. “Há muito mais do que o Paulo Coelho [no Brasil], mas quem é que lê isso que é mais do que o Paulo Coelho? Quem é que lê uma Adélia Prado, quem é que lê os romancistas brasileiros? Ninguém”, lamenta.

O colóquio começou hoje e prolonga-se até sexta-feira, propondo uma reflexão a académicos, editores (Caminho, Afrontamento e D. Quixote) e representantes de instituições culturais envolvidos na produção e divulgação das literaturas africanas de língua portuguesa.

Entre os escritores presentes estiveram a angolana Ana Paula Tavares e a guineense Odete Semedo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário