São
os sonhos da lonjura
São
velas brancas a deslizar
É
a esperança da aventura
Que
ali se está a sonhar
São
as minhas nostalgias do passado
As
doces loucuras ainda a navegar
Num
rio de vida já só iluminado
Por
este sol de Inverno… a acabar
É
o tempo, sem tempo
A
correr para o mar
É
a alma de um povo
Que
ali vai a velejar
É
o sangue da cidade
Que
continua a palpitar…
É
o Tejo, é o Tejo
Que
da minha janela eu vejo
É
o Tejo. É o Tejo
Que
eu amo e que invejo
Porque
ele sonha e alcança
As
lonjuras da esperança
Porque
ele percorre o tempo
Sem
um choro ou um lamento.
E
ali está todo a animar
Com
velas brancas a deslizar !
E
continua a sonhar
E
continua à procura
Desses
sonhos de lonjura
Carlos
Morais dos Santos
In Sossego Intraquilo, Edições Hugin, 2003
Cônsul do M.I. Poetas Del Mundo
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