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MÚSICA DE FUNDO E AUDIÇÃO DE VÍDEOS E AUDIOS PUBLICADOS

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quarta-feira, 10 de março de 2010

Páginas da História Luso-Brasileira: O Forte do Presépio - daqui nasceu Belém do Pará


O navegador português Francisco Caldeira Castelo Branco partiu de São Luís (Maranhão), em Novembro de 1615, coberto de glórias. Prestigiado pelos superiores, após ter ajudado na conquista da capital maranhense, recebeu como nova missão a conquista da boca do rio Amazonas.

Saiu de São Luís no dia de Natal e, exactamente no dia 12 de janeiro de 1616, as três embarcações que comandava penetraram as barrentas águas da baía do Guajará. Para a posteridade, naquele momento nascia Nossa Senhora ou Santa Maria de Belém do Grão-Pará e Castelo Branco, por sua vez, ficaria conhecido como o “Descobridor e Primeiro Conquistador do Rio das Amazonas”, segundo o historiador brasileiro Aníbal Barretto.

Não bastava, porém, chegar ao povoado, fincar uma bandeira e esperar o consagrador julgamento da história. Os cerca de 200 homens que vieram na expedição trataram logo de erguer, às margens da baía, um forte onde pudessem se abrigar e proteger a cidade de invasores, saqueadores e prováveis ataques de estrangeiros, em especial os corsários ingleses e holandeses que perambulavam pela Amazónia e esperavam a menor hesitação dos portugueses para se apoderarem das terras.

Outra função da construção era defender a tropa do ataque de índios hostis, até então os únicos habitantes da região.

Apegado a datas, Castelo Branco lembrou que partira de São Luís no dia 25 de Dezembro anterior e então baptizou o abrigo como Forte do Presépio de Belém.

A calmaria durou pouco. A tropa foi surpreeendida por um ataque dos índios tupinambás, comandados pelo chefe Guaimiaba (“cabelo de velha” na língua da etnia), morto em combate. No final da batalha, o abrigo foi destruído e os portugueses tiveram que construir um novo, mais resistente.

Como as suas novas linhas ficaram semelhantes às de um castelo, o espaço foi rebaptizado para Forte Castelo do Senhor Jesus Cristo. Passaram-se os séculos e o nome foi trocado para Forte Castelo de São Jorge, monumento classificado património nacional em 1962.

É ali que repousa a origem da fundação de Belém e da colonização da Amazônia e em cada peça catalogada pelo Museu do Forte está a ligação com a identidade paraense.

É um dos museus mais importantes do Brasil, pois representa por excelência a historia da urbanização de Belém e, consequentemente, do Pará e da Amazónia.

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