O navegador português Francisco Caldeira Castelo Branco
partiu de São Luís (Maranhão), em Novembro de 1615, coberto de glórias.
Prestigiado pelos superiores, após ter ajudado na conquista da capital
maranhense, recebeu como nova missão a conquista da boca do rio
Amazonas.
Apegado a datas, Castelo Branco lembrou que partira de São Luís no dia 25 de Dezembro anterior e então baptizou o abrigo como Forte do Presépio de Belém.
Saiu
de São Luís no dia de Natal e, exactamente no dia 12 de janeiro de
1616, as três embarcações que comandava penetraram as barrentas águas
da baía do Guajará. Para a posteridade, naquele momento nascia Nossa
Senhora ou Santa Maria de Belém do Grão-Pará e Castelo Branco, por sua
vez, ficaria conhecido como o “Descobridor e Primeiro Conquistador do
Rio das Amazonas”, segundo o historiador brasileiro Aníbal Barretto.
Não
bastava, porém, chegar ao povoado, fincar uma bandeira e esperar o
consagrador julgamento da história. Os cerca de 200 homens que vieram
na expedição trataram logo de erguer, às margens da baía, um forte onde
pudessem se abrigar e proteger a cidade de invasores, saqueadores e
prováveis ataques de estrangeiros, em especial os corsários ingleses e
holandeses que perambulavam pela Amazónia e esperavam a menor hesitação
dos portugueses para se apoderarem das terras.
Outra função da construção era defender a tropa do ataque de índios hostis, até então os únicos habitantes da região.
Apegado a datas, Castelo Branco lembrou que partira de São Luís no dia 25 de Dezembro anterior e então baptizou o abrigo como Forte do Presépio de Belém.
A
calmaria durou pouco. A tropa foi surpreeendida por um ataque dos
índios tupinambás, comandados pelo chefe Guaimiaba (“cabelo de velha”
na língua da etnia), morto em combate. No final da batalha, o abrigo
foi destruído e os portugueses tiveram que construir um novo, mais
resistente.
Como as suas novas linhas
ficaram semelhantes às de um castelo, o espaço foi rebaptizado para
Forte Castelo do Senhor Jesus Cristo. Passaram-se os séculos e o nome
foi trocado para Forte Castelo de São Jorge, monumento classificado
património nacional em 1962.
É ali que
repousa a origem da fundação de Belém e da colonização da Amazônia e em
cada peça catalogada pelo Museu do Forte está a ligação com a
identidade paraense.
É um dos museus
mais importantes do Brasil, pois representa por excelência a historia
da urbanização de Belém e, consequentemente, do Pará e da Amazónia.
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