A
Bagaceira é uma aguardente de vinho de origem portuguesa com teor
alcoólico de 35% a 54% em volume, a 20°C, obtida a partir de destilados
alcoólicos simples de bagaço de uva, com ou sem borras de vinhos,
podendo ser rectificada parcial ou selectivamente. É admitido o corte
com álcool etílico potável da mesma origem para regular o conteúdo de
congéneres.
Com
base nesses "know how" português, foram instaladas no Brasil as
primeiras destilarias de cachaça (do século XVI ao XVII) , denominadas
"casas de cozer méis", que logo se multiplicaram, pela facilidade de já
existirem engenhos para produção de açúcar e rapadura.
Em
1756, o Rei de Portugal resolveu taxar a nova bebida. A aguardente de
cana-de-açúcar foi, nessa época, um dos produtos brasileiros que mais
contribuíram com impostos para a Fazenda do Reino. Esses recursos foram
importantes para a reconstrução de Lisboa, abalada por um violento
terramoto no ano anterior.
A
cachaça chegou a ser proibida, mas passou mais tarde a ser exaltada por
todos como uma óptima bebida e consumida até em banquetes palacianos.
Misturada ao gengibre e outros ingredientes, era apreciada também nas
festas religiosas portuguesas com o nome de Quentão, como hoje ainda se
bebe nas festas juninas do Brasil.
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