TOP BLOG 2010

TOP BLOG 2010

Boas Vindas a esta comunidade de Culturas e Afetos Lusofonos que já abraça 76 países

MÚSICA DE FUNDO E AUDIÇÃO DE VÍDEOS E AUDIOS PUBLICADOS

NÓS TEMOS TODO O EMPENHO EM MANTER SEMPRE MÚSICA DE FUNDO MUITO SELECIONADA, SUAVE, AGRADÁVEL, MELODIOSA, QUE OUVIDA DIRETAMENTE DO SEU COMPUTADOR QUANDO ABRE UMA POSTAGEM OU OUVIDA ATRAVÉS DE ALTI-FALANTES OU AUSCULTADORES, LHE PROPORCIONA UMA EXPERIÊNCIA MUITO AGRADÁVEL E RELAXANTE QUANDO FAZ A LEITURA DAS NOSSAS PUBLICAÇÕES.

TODAVIA, SEMPRE QUE NAS NOSSAS POSTAGENS ESTIVEREM INCLUÍDOS AUDIOS E VÍDEOS FALADOS E/OU MUSICADOS, RECOMENDAMOS QUE DESLIGUE A MÚSICA AMBIENTE CLICANDO EM CIMA DO BOTÃO DE PARAGEM DA JANELA "MÚSICA - ESPÍRITO DA ARTE", QUE SE ENCONTRA DO LADO DIREITO, LOGO POR BAIXO DA PRIMEIRA CAIXA COM O MAPA DOS PAISES DOS NOSSOS LEITORES AO REDOR DO MUNDO.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Missão Cruls - Uma Tajectória para o Futuro - Brasília Uma Ideia que vem de Longe, Exposição na Embaixada de Portugal

Cientistas da Missão Cruls foram reunidos para colectar dados sobre o sertão brasileiro Fotos: Arquivo Público do DF
 
Realizou-se  dia 18 de Março, pelas 19.00, no Auditório do Instituto Camões/Embaixada de Portugal em Brasília, uma sessão pública de apresentação do livro "Missão Cruls - Uma
Trajectória para o Futuro".
Brasília - uma ideia que vem de longe

A ideia de construir Brasília não surgiu de repente. Desde o século XVIII, sonhos e projectos já povoavam o imaginário político ao vislumbrar a possibilidade de a capital do Brasil ser transferida para o interior. De acordo com pesquisa de António Menezes Júnior, Marta Sinoti e Regina Fernandes Saraiva, publicada em "Olhares Sobre o Lago Paranoá" em 1750, quando o Brasil era ainda colónia de Portugal, o cartógrafo genovês Francisco Tossi Colombina elaborou a Carta de Goiás e sugeria a mudança da capital do país para essa região.

Há também registos atribuídos ao Marquês de Pombal, afirmando que o estadista português já sonhava com a mudança da sede de governo para o vale do Amazonas, transformando o Rio de Janeiro, sede do governo naquela época, em capital provisória.
 
Os inconfidentes também demonstravam esse desejo. Em 1789 eles fizeram constar em seu programa a transferência da Capital Federal para São João Del Rei — para eles, o local que apresentava as melhores condições para abrigar o centro do governo, por causa de sua privilegiada localização geográfica e pela fartura de mantimentos.
 
No começo do século XIX, o jornalista Hipólito José Costa, através do Correio Braziliense, instigou uma forte campanha em defesa da transferência da capital. O jornalista indicava um ponto ideal, na zona dos mananciais dos rios Araguaia, Tocantins, São Francisco e Paraná — ou seja, justamente sobre o Planalto Central brasileiro.

José Bonifácio, o "patriarca da independência", também foi um fervoroso partidário da substituição da capital. Ele vislumbrava a mudança para a cidade de Paracatu, no planalto mineiro, e propunha até mesmo o novo nome: Petrópole ou Brasília.
As qualidades ambientais e as riquezas naturais dessas regiões eram sempre citadas como um dos principais argumentos para a transferência. A outra justificativa estava relacionada com as questões estratégicas de segurança: um centro político localizado no interior seria menos vulnerável a ataques de conquistadores.

Com a Proclamação da República, em 1889, essa preocupação foi materializada na Constituição, que estabeleceu para a União a propriedade de uma zona de 14.400 km2 no Planalto Central, que seria oportunamente demarcada para o estabelecimento de uma futura sede de governo.
Em 1892, para cumprir a Constituição, o presidente Floriano Peixoto nomeou a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, cujo objetivo era iniciar de facto a demarcação do Distrito Federal. Foi a primeira iniciativa oficial do governo brasileiro para concretizar a mudança da capital. Essa comitiva ficou conhecida por Missão Cruls.

Luiz Cruls era um notável astrónomo belga, director do Observatório Astronómico do Rio de Janeiro. Para cumprir a determinação do presidente Floriano Peixoto, Cruls organizou uma equipa de 21 pesquisadores, entre geólogos, geógrafos, botânicos, naturalistas, engenheiros, médicos e higienistas, que seguiram a Ferrovia Mogiana, do Rio de Janeiro a Uberaba, e depois rumaram ao Planalto Central, percorrendo um total de 4 mil quilómetros.

Uma Trajetória para o Futuro

Um grupo de 17 pesquisadores brasileiros decidiram reconstituir, em 2003, a trajectória do astrónomo belga Luis Cruls rumo ao Planalto Central. Para isso, desenvolveram o projecto "Missão Cruls: Uma Trajetória para o Futuro", coordenado por Pedro Jorge de Castro, Doutor em Comunicação e Artes.

A expedição partiu no dia 10 de Novembro da sede do Museu Nacional de Astronomia no Rio de Janeiro. Objectivo: observar e comparar os aspectos analisados pela comitiva do século XIX, verificando as mudanças que ocorreram no século XXI.

Nenhum comentário:

Postar um comentário