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MÚSICA DE FUNDO E AUDIÇÃO DE VÍDEOS E AUDIOS PUBLICADOS

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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Morreu o pintor moçambicano Malangatana


 







 
 
 
 
 
 
 
O pintor moçambicano, de 74 anos, estava internado há vários dias no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos. O artista, que pintava pessoas e a vivência moçambicana, morreu na madrugada, do dia 5, vítima de doença prolongada, refere a direcção do hospital. A morte de Malangantana é lamentada pela comunidade de Países de Língua Portuguesa.

Além de pintor, Malangatana era escultor, contador de histórias, dinamizador cultural, poeta e ator, que começou a dedicar-se às artes quando o arquiteto português Pancho Guedes lhe cedeu uma garagem para atelier.

Pancho Guedes tem patente uma mostra de obras africanas no Mercado Santa Clara, em Lisboa, onde constam trabalhos do início do percurso de Malangatana. Também na Casa da Cerca, em Almada, está disponível até domingo uma exposição de desenhos e esculturas do moçambicano. O Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, é outro dos locais onde se expõem cinco obras do pintor.

Representado em várias coleções públicas e privadas, Malangatana expôs em conjunto ou em nome individual em Moçambique, África do Sul, Brasil, Dinamarca, Estados Unidos, Grã-Bretanha e Portugal.


A morte do moçambicano representa "uma perda muito grande para o mundo lusófono", comentou o secretário de Estado da Cultura. Elísio Summavielle considera que Malangatana era "uma figura universal na área das artes, com uma obra muito vasta" e um "grande homem e um resistente anti-colonial".

Já o secretário executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) sublinha que Malangatana “ultrapassou as fronteiras de Moçambique e de África. Esta perda é irreparável", disse Domingos Simões Pereira. Apontando o carisma do pintor moçambicano que "rapidamente se transformou numa verdadeira lenda viva", o secretário-executivo da CPLP destacou também a sua "grande dimensão humana". "Espero que a obra que ele deixa inspire outros a continuar e a manter esta dimensão", declarou.

Para a diretora da Casa da Cerca, a morte do pintor é uma "grande perda" para a cultura e para a humanidade. Ana Isabel Ribeiro destaca que o artista e o cidadão Malangatana deixaram sempre que "as pessoas, as culturas e o ser humano nas suas alegrias e tristezas invadissem as suas telas".

"É uma alegria e também uma grande tristeza saber que somos talvez os únicos a expôr neste momento desenhos e pinturas do artista feitos propositadamente para esta mostra", referiu a diretora da Casa da Cerca.

Malangatana "cruzou e fez a simbiose entre a iconografia africana e o modernismo europeu", explica a diretora do Centro de Arte Moderna (CAM) da Gulbenkian, cuja coleção integra cinco obras do pintor. Isabel Carlos, que antes de assumir a direcção do CAM foi crítica de arte, aponta o forte caráter autoral da obra de Malangatana. Nas suas telas, “o coletivo e as multidões são representadas" com rostos que são máscaras. "A obra tem uma identidade muito forte. Quando olhamos para uma obra do Malangatana, imediatamente dizemos que é Malangatana. Tem uma autoria fortíssima", sublinhou.

O crítico de arte Rui Mário Gonçalves destaca a importância da obra do pintor moçambicano, com a “sua tendência para a universalidade, mas sem perder a genuidade da própria origem.

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