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MÚSICA DE FUNDO E AUDIÇÃO DE VÍDEOS E AUDIOS PUBLICADOS

NÓS TEMOS TODO O EMPENHO EM MANTER SEMPRE MÚSICA DE FUNDO MUITO SELECIONADA, SUAVE, AGRADÁVEL, MELODIOSA, QUE OUVIDA DIRETAMENTE DO SEU COMPUTADOR QUANDO ABRE UMA POSTAGEM OU OUVIDA ATRAVÉS DE ALTI-FALANTES OU AUSCULTADORES, LHE PROPORCIONA UMA EXPERIÊNCIA MUITO AGRADÁVEL E RELAXANTE QUANDO FAZ A LEITURA DAS NOSSAS PUBLICAÇÕES.

TODAVIA, SEMPRE QUE NAS NOSSAS POSTAGENS ESTIVEREM INCLUÍDOS AUDIOS E VÍDEOS FALADOS E/OU MUSICADOS, RECOMENDAMOS QUE DESLIGUE A MÚSICA AMBIENTE CLICANDO EM CIMA DO BOTÃO DE PARAGEM DA JANELA "MÚSICA - ESPÍRITO DA ARTE", QUE SE ENCONTRA DO LADO DIREITO, LOGO POR BAIXO DA PRIMEIRA CAIXA COM O MAPA DOS PAISES DOS NOSSOS LEITORES AO REDOR DO MUNDO.

domingo, 2 de janeiro de 2011

MEG KLOPPER FAZ PSICO-BALANÇO DE MAIS UM ANO QUE PASSÁMOS






FIM DE ANO
  


Meg Klopper


Fim de ano… Sempre a mesma coisa, ou seja, mensagens e mensagens que têm a finalidade de passar a limpo o ano que passou. Todos nós esperamos o melhor, o recomeço, a felicidade...

Eu, naturalmente, como qualquer mortal, também desejo tudo que todos desejam, mas tenho a responsabilidade de olhar-me no espelho. Não me refiro ao espelho material, cuja imagem é refletida, mas ao espelho da alma e ao mergulho que tenho a necessidade de fazer para que eu veja refletido nas minhas paredes internas o que passei para o meu semelhante... O que fui.

Tentei fazer esse mergulho e cheguei a uma conclusão, talvez não entendida por muitos, menos ainda percebida pela maioria que não me conhece. Aliás, eu mesma estou começando a me conhecer. Estou tentando ver em mim o que posso fazer para melhorar. Hum... Então resolvi que:

- Devo pedir perdão a DEUS por não ter me comportado como ELE gostaria;

- Perdão pela raiva que senti em alguns momentos que me assemelharam a um “bicho doente”. Não disse animal, porque todos somos animais, ainda que divididos pela classe de racionais, em detrimento aos irracionais que não praticam tantas coisas feias como nós. Talvez seja por isso que vivam menos que os seres humanos. DEUS os quer!

- Perdão pelo julgamento descabido que fiz de muitas pessoas sem antes conhece-las a fundo, menos ainda, parar para tentar entender os motivos de cada um. Acho que me deixei levar pelo egoísmo, mas, por um momento de reflexão, nas paredes de minh'alma, percebi que errei, chorei e voltei meu pensamento ao ALTO para que não rastejasse nem ficasse com meu rosto no chão;

- Perdão pelos apelos que recebi e deixei passar desapercebidos. Quantas pessoas devem ter me estendido a mão sem que eu percebesse?

- Agradeci pelo pão de cada dia, mas esqueci de distribuir pão para aqueles que nada tem;

- Pensei nos desonestos e, com isso, me coloquei no patamar das pessoas honestas. Ah! Mas as pessoas desonestas sabem de si. Cabe a mim praticar gestos honestos e afastar-me  do mal. Porém, posso me afastar em silêncio. “A palavra é prata, mas o silêncio é ouro.”

- Tive pena de mim mesma e do sofrimento inerente de todo ser humano, mas, e os dignos de pena que na verdade merecem amor?

- Não vi em alguns seres humanos o padrão que eu criei para eles. É… esqueci de aceitá-los como são;

- Perdão por ter conjugado mais o verbo TER do que o SER;

- Perdão por ter me distanciado daqueles que me ofenderam, desacreditaram de mim, falaram pelas minhas costas, me agrediram! Eles fizeram-me triste, porque me senti injustiçada, mas esqueci de agradecer a DEUS por esses tropeços que me ensinaram a identificar as pedras do meu caminho.

- Perdão pelos amigos que não soube conquistar e por aqueles que perdi por insensatez;

- Perdão por emocionar-me com atitudes, palavras, pensamentos e ações que pessoas de bem praticaram, deixando seus exemplos, mas não os copiei nem os inseri em minha vida.

Nossa! o tempo passou tão depressa! Estamos perdendo tanto tempo com coisas funestas.

Sei que errei e erro, mas preciso acertar. Preciso modificar meus torpes sentimentos e me transformar numa pessoa melhor.
Sei que sou apaixonada pelas “paixões” da terra, mas sei que nada disso vale a pena. Eu sei!

Portanto, mesmo que eu saiba e não pratique, sei que devo perdoar, fazer mais e cobrar menos, ser feliz com as conquistas dos meus semelhantes, ser tolerante, paciente, não ter orgulho banal, ser digna através de minhas ações e não apenas com palavras; Ser sincera comigo mesma para que os outros me reconheçam; Não apontar o dedo para ninguém, quando três dedos estão voltados em minha direção;

Enfim:

- Perdão por não perceber que para entendermos o amor, precisamos amar primeiro. Como disse Carlos Drummond de Andrade: “Amar se aprende amando”.
AMARMOS… AMARMOS… AMARMOS!
Por isso, enterrei as mágoas e estou correndo para o recomeço.

Aveiro, Portugal, 21/12/2010

Meg Klopper (Brasileira em Portugal)
Escritora, ensaísta, poeta
Cônsul-Secrectária da A. I. Poetas Del Mundo
Membro do Conselho Editorial-Redatorial do C.eA.L.

Nota:
Esta reflexão foi publicada no "Recanto das Letras" em 21/12/2010, Código do texto T-2683255

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