JÁ NÃO TENHO TEMPO
Já não tempo para viver não vivendo;
Para sorrir não sorrindo;
Para sorrir não sorrindo;
Para alimentar conversas inócuas;
Para participar em discussões sem sentido;
Para ter de ouvir falsas convicções de egos
perdidos
ou mal realizados;
ou mal realizados;
Para aqueles “sábios lacónicos”, mestres do
silêncio
que nada têm para dizer;
que nada têm para dizer;
Para aqueles outros “sábios eloquentes”
que só repetem as ideias de outros
que só repetem as ideias de outros
e só discorrem sobre o óbvio, e só
vislumbram
o que já aconteceu;
o que já aconteceu;
Para aqueles que só mostram a coragem
escondida em bastidores
escondida em bastidores
e no íntimo dos seus grupos de cumplicidade
ou em conversas sussurradas em esquinas
de passos perdidos;
de passos perdidos;
Já não tenho mais tempo ocioso
para aqueles “analistas críticos” que só
sabem criticar
os que pensam, os que falam, dizendo,
os que fazem, fazendo,
os que fazem, fazendo,
mas eles, os críticos, não arriscam eles
próprios
pensar, dizer, fazer;
pensar, dizer, fazer;
Já não tenho mais tempo ocioso
para aqueles que são “valentes à distância”
e cobardes perante as situações;
e cobardes perante as situações;
Para aqueles egoístas e ingratos que nunca
dão de si próprios,
dão de si próprios,
mas, num momento, esquecem o que receberam
dos que se deram;
dos que se deram;
Para aqueles ambiciosos da ganância
compulsiva que,
arrogantes e frios, desprezam o respeito
arrogantes e frios, desprezam o respeito
e a honra, a ética e a
dignidade moral, a estima,
os afectos, o humanismo, e até o simples
civismo e a boa educação;
civismo e a boa educação;
Para aqueles que fazem do seu caminho
transviados da vida,
transviados da vida,
não uma bela aventura sincera e generosa,
mas uma tortuosa estrada onde
mas uma tortuosa estrada onde
espreitam de tocaia oportunidades de
salteador.
PARA TODOS ESSES JÁ NÃO TENHO MAIS TEMPO,
PORQUE:
PORQUE:
JÁ SÓ TENHO TEMPO PARA VIVER, VIVENDO,
PARA SENTIR, SENTINDO
PARA APRENDER, APRENDENDO
PARA SORRIR, SORRINDO
PARA CAMINHAR, CAMINHANDO
PARA PENSAR, PENSANDO
PARA DIZER O QUE SINTO
PARA SENTIR O QUE DIGO
PARA AMAR, AMANDO
PARA LUTAR, LUTANDO
POR AQUILO EM QUE ACREDITO
Fotos e Poema
Carlos Morais dos
Santos
Dr. Carlos Morais:
ResponderExcluirQue rico poema vai extrapolando a dor da sua alma, diante das injustiças e desigualdades.
O seu tempo está, agora e sempre, voltado para o bem comum, para o amor, para a vontade de que o seu país seja sincero e correto com os homens de boa vontade.
Bem haja! Bem haja ao seu coração virtuoso e bom, a clamar pela paz e igualdade, sem tanto ouro para uns, e tantas lágrimas para outros.
Conte com a minha admiração e respeito.
Lúcia Helena Pereira
Natal-RN/BRASIL