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MÚSICA DE FUNDO E AUDIÇÃO DE VÍDEOS E AUDIOS PUBLICADOS

NÓS TEMOS TODO O EMPENHO EM MANTER SEMPRE MÚSICA DE FUNDO MUITO SELECIONADA, SUAVE, AGRADÁVEL, MELODIOSA, QUE OUVIDA DIRETAMENTE DO SEU COMPUTADOR QUANDO ABRE UMA POSTAGEM OU OUVIDA ATRAVÉS DE ALTI-FALANTES OU AUSCULTADORES, LHE PROPORCIONA UMA EXPERIÊNCIA MUITO AGRADÁVEL E RELAXANTE QUANDO FAZ A LEITURA DAS NOSSAS PUBLICAÇÕES.

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domingo, 4 de abril de 2010

O Brasil como nação luso-Africana

                                                            Rota Luso-Afro-Brasileira
As versões tradicionais acerca da formação identitária brasileira tendem a realçar o protagonismo dos portugueses e a posição hegemónica alcançada pela cultura lusa durante o período colonial, matriz cujas principais e duradouras influências se manifestam na língua, na religião e nos modelos políticos de organização da sociedade.

Apesar de boa parte das tradições brasileiras serem de origem lusitana  e isso ser ignorado por muitos brasileiros, de facto essas heranças são bastante profundas, sendo interessante, ou perturbante, observar como essas heranças foram abrasileiradas e são hoje imaginadas como invenção original.

A realidade, entretanto, sempre foi mais complexa, ou mais sincrética, do que as definições oficiais acerca da história cultural do Brasil. Desde os primeiros momentos da construção colonial, também se constituiu uma matriz africana para a futura brasilidade, forjada pelos contributos diversificados de saberes, artes, linguagens e sentimentos trazidos pelos milhões de africanos para aqui transplantados, e que no Brasil se refizeram identitariamente, entrecruzando seus referentes aos europeus e ameríndios.

No ensaio “O colono preto como fator da civilização brasileira”, trabalho pioneiro do pesquisador baiano Manoel Querino, inicia-se a desconstrução dos esforços da historiografia oficial para apagar o papel do negro africano como co-colonizador do Brasil, abrindo caminhos que encontrarão uma decisiva síntese intelectual e ideológica no livro Casa-grande e senzala, de Gilberto Freyre, obra que pode ser considerada como um texto fundador do imaginário moderno sobre a mestiçagem afro-luso-brasileira.

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