" Para nascer, pouca terra; para morrer, toda a terra"
“(…) Mas estes são os ossos de que mais se deve prezar vosso sangue” Padre António Vieira - sermão na Igreja de S. António dos Portugueses, Roma, 1670.
O dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, celebra-se anualmente a 10 de Junho, data do falecimento do grande poeta da nossa língua. É, tradicionalmente, uma oportunidade para os portugueses espalhados pelo mundo celebrarem a sua pátria de origem, ou tão só a sua a segunda pátria, para os que a adoptaram mais tarde. Evocamos então, em especial, a história, a cultura e as conquistas humanas dos portugueses bem como as suas tradições. Homenageamos nossos antepassados e ensinamos nossos filhos a respeitar as suas origens.
Portugal existe como Nação há quase 900 anos. As suas fronteiras estão definidas há mais de 700 anos. Começámos poucos, mas determinados a defender a nossa soberania e a mostrar a nossa vontade de estabelecer relações com outros povos. Ao longo dos séculos viajámos muito e fixámo-nos pelo mundo. Com maiores ou menores vicissitudes, erros (quem os não comete?) e sucessos, logramos estabelecer pontes humanas. Criámos no passado um dos impérios mais vastos e poderosos do mundo.
Voltámos, entretanto, geograficamente, à dimensão europeia, que nos aproxima do original do nosso território. Mas estamos incomparavelmente mais enriquecidos nos planos cultural e social.
A nossa língua é falada oficialmente por oito países nos quatro cantos da terra num total de cerca de 230 milhões de pessoas. Não seremos mais a potência politica económica e militar de outrora, mas temos hoje uma presença humana vasta com a qual nos identificamos pelo idioma comum que é um dos mais falados em todo o mundo. Temos excelentes relações com todos os povos de fala portuguesa, para além de não termos, felizmente, inimigos entre nenhuma nação do globo. Portugal deu no passado ao mundo, e continua a dar no presente, figuras de grande reconhecimento nas mais diversas áreas da actividade humana.
“(…) Mas estes são os ossos de que mais se deve prezar vosso sangue” Padre António Vieira - sermão na Igreja de S. António dos Portugueses, Roma, 1670.
O dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, celebra-se anualmente a 10 de Junho, data do falecimento do grande poeta da nossa língua. É, tradicionalmente, uma oportunidade para os portugueses espalhados pelo mundo celebrarem a sua pátria de origem, ou tão só a sua a segunda pátria, para os que a adoptaram mais tarde. Evocamos então, em especial, a história, a cultura e as conquistas humanas dos portugueses bem como as suas tradições. Homenageamos nossos antepassados e ensinamos nossos filhos a respeitar as suas origens.
Portugal existe como Nação há quase 900 anos. As suas fronteiras estão definidas há mais de 700 anos. Começámos poucos, mas determinados a defender a nossa soberania e a mostrar a nossa vontade de estabelecer relações com outros povos. Ao longo dos séculos viajámos muito e fixámo-nos pelo mundo. Com maiores ou menores vicissitudes, erros (quem os não comete?) e sucessos, logramos estabelecer pontes humanas. Criámos no passado um dos impérios mais vastos e poderosos do mundo.
Voltámos, entretanto, geograficamente, à dimensão europeia, que nos aproxima do original do nosso território. Mas estamos incomparavelmente mais enriquecidos nos planos cultural e social.
A nossa língua é falada oficialmente por oito países nos quatro cantos da terra num total de cerca de 230 milhões de pessoas. Não seremos mais a potência politica económica e militar de outrora, mas temos hoje uma presença humana vasta com a qual nos identificamos pelo idioma comum que é um dos mais falados em todo o mundo. Temos excelentes relações com todos os povos de fala portuguesa, para além de não termos, felizmente, inimigos entre nenhuma nação do globo. Portugal deu no passado ao mundo, e continua a dar no presente, figuras de grande reconhecimento nas mais diversas áreas da actividade humana.
Porque é
oportuno, menciono apenas dois exemplos totalmente díspares mas hoje
igualmente conhecidos no Brasil: Santo António, cuja data evocativa é
13 de Junho, nado, criado, ordenado, em Lisboa no século XIII,
encontrou a resposta mais empolgante e generosa do seu tempo no exemplo
franciscano e por isso partiu para o mundo, para servir os outros, na
pobreza, tornando-se o expoente da riqueza da oratória e de virtudes
que seduzem até hoje tanta gente; o futebolista Cristiano Ronaldo, nado
pobre, no final do século XX, na Ilha da Madeira é um exemplo mundial
de excepcional profissional, competente e totalmente empenhado em
servir bem o maior espectáculo da terra na actualidade.
São expoentes do Portugal de ontem, de hoje e de sempre: a determinação em enfrentar os desafios do seu tempo e, com as bases aprendidas na sua terra, partir “à conquista do mundo”. Como dizia Padre António Vieira, “…para nascer, Portugal; para morrer, o mundo. Para nascer, pouca terra, para morrer, toda a terra”.
Toda
a emigração é uma gesta de aventura, de desafio, de risco, de aposta no
futuro, de combate contra as adversidades da vida. Cada emigrante é um
lutador pela liberdade de realização individual. Porém, a história
desses movimentos, pelo menos no que respeita aos portugueses do Rio de
Janeiro, e não só, demonstra que ela foi também feita de exemplares
solidariedades: as beneficências, as caixas de socorros, os hospitais,
os lares, as misericórdias, as irmandades, as bibliotecas, os liceus,
etc. Essas obras provam que os imigrantes portugueses trouxeram para o
Brasil para além da sua força pessoal de vencer na vida, a forte
convicção de que nada se consegue sem gestos generosos e continuados de
auxílio mútuo. Dar para receber. Dar mesmo, sem esperar nada receber em
troca.São expoentes do Portugal de ontem, de hoje e de sempre: a determinação em enfrentar os desafios do seu tempo e, com as bases aprendidas na sua terra, partir “à conquista do mundo”. Como dizia Padre António Vieira, “…para nascer, Portugal; para morrer, o mundo. Para nascer, pouca terra, para morrer, toda a terra”.
O Brasil conhece bem o contributo dos imigrantes portugueses para a construção desta grande Nação e está reconhecido por esse facto. Portugal agradece ao Brasil e está-lhe reconhecido por ter acolhido aqui os seus filhos e ter-lhes permitido realizarem os seus sonhos de um mundo maior e melhor. E hoje, diante das actuais dificuldades financeiras e económicas em Portugal, que estamos certos serão temporárias, o exemplo desta acolhida brasileira ganha recordações familiares.
O presidente Lula afirmou em Portugal, em Maio findo, que o Brasil está pronto a ajudar Portugal de novo, nesta fase. Agora, como sempre, o Brasil demonstra a profunda relação fraterna existente entre nós. A hora é também de os portugueses no Brasil reforçarem o apego às duas nações e ao aprofundamento da relação entre elas. A solidariedade é para nós um assunto de família, do mesmo sangue, porque este “é mais espesso do que a água”.
António Almeida LimaCônsul-Geral de Portugal no Rio de Janeiro
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