No próximo dia 14 de Junho, o meu recente amigo Jeferson Fonseca de Moraes, vai lançar no Instituto Luciano Barreto Júnior, na cidade Aracaju, capital do Estado de Sergipe – Brasil, o seu Livro “Dando a volta por cima – superando o câncer e outras dores pela fé”.
Trata-se do testemunho vivido na primeira pessoa, do drama do câncer enfrentado corajosamente e com muita fé, pelo autor, que abre o seu enorme e generoso coração e a sua alma fraternal para se oferecer como amparo e ajuda aos outros semelhantes, abrindo-se num grande e afetuoso abraço aos que passam ou podem vir a passar por semelhante situação e encontram no autor deste livro um companheiro de luta, um “compagnon de route”, que não se limita a uma narrativa de auto ajuda encorajadora.
Numa linguagem inteligente e clara, atrativa e luminosa, frequentemente colorida pelas suas vivências outras que lhe deixaram deliciosas lembranças, o autor revela o escritor dotado de sensibilidade humanista e encanta-nos, por exemplo, com a narrativa das suas viagens a Portugal, onde se enamorou com o país e dele, poeticamente, reteve para sempre, memórias das belas paisagens, da estética histórica das cidades, do contato com as gentes e, inesquecivelmente, recorda a beleza invulgar das gaivotas portuguesas que à beira do rio Tejo, em Lisboa, ou do rio Douro, no Porto, desenham incansavelmente acrobáticos e magistrais voos rasantes, ora subindo por sobre os telhados e janelas das casas da beira rio, ora descendo sobre as águas, atravessando-as com sua penetrante visão, em busca dos apetecidos peixes.
As observações das gaivotas portuguesas que tanto encantaram Jeferson de Moraes, remetem para as suas marcantes lembranças que, como eu, ficaram quer da leitura de um livro, primeiro, quer do filme que vimos, depois, levando o autor a relembrar Lisboa onde contemplava por horas, deliciado, a arte de voar destes belos pássaros pescadores que, no meu caso, eu tenho o privilégio de observar também sempre encantado, a partir de minha residência, os seus voos em círculos rasantes quase roçando as janelas de minha casa de Lisboa, em Algés, frente ao rio Tejo, exatamente frente à área de praia de onde partiram no séc. XV e XVI, as caravelas que demandaram os sete mares, revelando ao mundo Novos Mundos.
Inevitavelmente, tanto para Jeferson de Moraes, quanto para mim, a observação contemplativa destas belas gaivotas, nos fazem reviver as imagens do belo e marcante filme “Fernão Capelo Gaivota” (título adotado em Brasil e Portugal), e que no original lançado em 1973 nos EUA, foi intitulado como “Jonathan Livingston Seagull”.
O filme, dirigido por Hall Bartlett e produzido nos Estúdios da Paramount Pictures foi um grande e inesquecível êxito mundial, uma obra cinematográfica que, juntamente com o livro com o mesmo título, da autoria do piloto e escritor Richard Bach, obra lançada em 1970, marcou uma geração. A história é um belo e comovente drama, que é uma metáfora filosófica, e o filme contribuiu muito para tornar o livro também num “best-seller” que vendeu mais de 40 milhões de cópias em mais de 70 países do mundo.
Inesquecível é também a belíssima trilha sonora de Neil Diamond e a magnífica fotografia do filme. Este, como o livro, é uma parábola. Faz uma analogia entre o homem e a gaivota, no sentido de mostrar as dificuldades de superação dos limites, do encontro com a verdadeira liberdade, baseada no amor, na solidariedade fraternal e na compreensão do outro, conforme muito bem explica Jeferson Fonseca de Moraes em seu livro.
Esse filme, conforme confessa o autor de “Dando a volta por cima” e, sobretudo, o herói Fernão Capelo Gaivota, passou a ilustrar a forma de Ser e Estar na vida de Jeferson Fonseca de Moraes, como um “arquétipo”, um símbolo ontológico que o leva a sempre se encantar com a observação das gaivotas que o autor, desde logo, decidiu que haveriam de estar presentes na contra-capa do seu livro, como que a assinalarem a sua posição ética, cívica e humanista, nas razões que o levaram a se decidir e a fazer este seu livro para ajudar os outros.
A sua elevada alma e generoso coração, qual Fernão Capelo Gaivota, espera que, ao invés do drama narrado no filme e no livro, sua intenção e labor literário seja bem recebido e reconhecido como um seu abraço-amparo, solidário e fraternal, que apoie quem o lê e sofre, e ajude a superar o seu sofrimento e a vencer a sua luta contra as terríveis e ameaçadoras doenças e outras dores da vida, ou melhor prepare psicologica e filosoficamente quem, não padecendo, retire da leitura deste livro, uma lição enriquecedora que o fortifique para enfrentar algum infortúnio que lhe possa acontecer.
No livro e no filme, "Fernão Capelo Gaivota" é uma ave exemplar e heróica, que sonhou e ousou voar mais alto, mais longe, em busca da perfeição, do belo e do bem, valores que adquiriu e que, mais tarde, sente o dever de transmitir às gaivotas suas companheiras de colónia para que todas se superem e elevem acima da sua condição original. Fernão Capelo Gaivota é uma ave que não se contenta em voar apenas para comer. Ele tem prazer em voar e esforça-se em aprender tudo sobre voo e de como superar suas atávicas limitações para retransmitir aos outros. Por ser diferente das aves do seu bando original, a quem quiz doar a sua experiência e saber, ele é expulso. A comunidade estranha a diferença, teme-a, julga-a injusta e severamente e, ao invés de saudar e receber a riqueza dessa diferença elevadora, recusa a ajuda, pelo medo de mudar e de progredir, e exclui, marginalizando o outro, o "Fernão Capelo Gaivota".
Este meu Novo Amigo, autor deste belo livro “Dando a volta por cima”, surgiu de um encontro aparentemente casual mas como que estando já anunciado como o mensageiro e portador de uma nova amizade inevitável por tantas identidades, sentimentos, valores e acontecimentos coincidentes em vivências comuns, que logo descobrimos, e parece que tinhamos “hora marcada para esse encontro”.
Ele tem o sobrenome Moraes, como eu tenho Morais, nasceu num dia 14 de Novembro, como eu, superou e venceu um câncer, como eu, empenha-se em passar a sua experiência e a sua ajuda a outros, como eu o tenho feito, tem o amor aos livros e à escrita, como eu, é apaixonado por gaivotas, como eu, foi marcado pela grande lição de vida que foi o livro e o filme “Fernão Capelo Gaivota”, como eu. Ainda hoje, eu tenho o livro e o filme como um dos filmes e um dos livros da minha vida, como Jeferson de Moraes. Ele, como eu, amamos a vida e a liberdade e acarinhamos o culto dos afetos. Ambos sabemos que o maior e mais rico património que um ser humano pode conseguir e acumular em sua vida, é o de valor insuperável do amor, dos afetos, das amizades.
Não nos conhecíamos nem ouvíramos falar um do outro. Ele fazia questão de procurar e encontrar uma fotografia de gaivotas para contra-capa do seu livro e, depois de muito pesquisar na internet, descobriu meu Blog e nele encontrou um poema meu – “Gaivotas de Abril” – ilustrado por uma fotografia minha de que gostou e, finalmente, me pediu permissão para a usar o que, desde logo, com muito gosto e honra, lhe disponibilizei.
Grato e generoso, Jeferson de Moraes, fez questão de terminar este seu livro com um último capítulo – XXVII, “A gaivota e a contra-capa” – que é a narrativa sobre como encontrou a minha fotografia e nos conhecemos, mas onde tece, também, e a propósito, tal como o faz no que já li do seu livro, luminosas e humanistas considerações acerca da natureza humana, suas fraquezas e grandezas.
Jeferson de Moraes, havia-me informado, na troca de nossa correspondência por email, que fazia questão de eu ser uma das primeiras pessoas a receber um exemplar de seu livro logo que estivesse pronto e antes do seu lançamento. Foi um afetuoso, delicado e precioso presente que recebi há dias e desde logo mergulhei nesse seu livro que expõe uma grande lição de vida e revela um autor de grande sensibilidade literária, poética até, com uma escrita clara e cativante e uma narrativa fluída. O livro revela também a alma e generoso coração solidário do auor, um grande cidadão brasileiro do Sergipe.
Estou a deliciar-me com esta leitura e exorto a todos que possam adquirir o livro “Dando a volta por cima” para não perderem esta bela lição de vida e de como superar as dificuldades e os infortúnios, como foi para nós a lição de "Fernão Capelo Gaivota".
Carlos Morais dos Santos
Escritor, Poeta, Fotógrafo
Cônsul (Lisboa) Assoc.Internac.Poetas Del Mundo
BASTA ESSE COMENTÁRIO DO0 SEU AMIGO COM SOBRENOME QUASE IGUAL AO SEU. ESSA PÁGINA, ESCRITA COM A ALMA DA EMOÇÃO, COM O TRAÇO RETILÍNEO DO SEU OLHAR DE AMOR E GENEROSIDADE, COM AS NUANÇAS SUAVES DA SUA HUMANIDADE, PAGAM, DE ANTEMÃO, ESSE LIVRO A SER PUBLICADO EM ARACAJU (LINDA CIDADE NORDESTINA).
ResponderExcluirPARABÉNS A AMBOS: O AUTOR E O AUTOR.
LÚCIA HELENA
NATAL/RN - BRASIL
Esse homem, o autor de "Dando a volta por cima", é um ser humano como poucos... Ele é fiel aos amigos, um trabalhador dedicado, profissional que se fez por valores que ainda nos seus 65 anos de idade, faz questão de cultivar. Não obstante tudo isso, é sério, disciplinado e impaciente. Sobre esta última característica, a vida lhe impôs regras, buscando desenvolver nele um outro sentido de tempo e uma nova reflexão sobre a vida. É um pai difícil de ser comparado a outros... Capaz de sacrificar sua própria vida e felicidade pela vida e felicidades dos seus filhos. Nos repete sempre a frase: "viva o bom, pois o ótimo é utopia". Somente com a cura da sua doença ele conseguiu aplicar o conselho a si mesmo, dando verdadeiramente a partir de então, "a volta por cima".
ResponderExcluirComo disse certa vez Tom Jobim, o poeta Vinicius de Moraes era tão versátil que só tendo os dois nomes no plural. Da mesma forma, presto aqui homenagem dobrada a esses dois Moraes. Um, meu cunhado e irmão mais velho de fé, Jeferson, de quem acompanhei as notícias da elaboração do livro desde que a idéia surgiu numa visita aqui a Salvador-BA. Outro, este poeta que do outro lado do Atlântico mostra o quanto podemos estar próximos, senão pela língua comum que é nossa pátria maior, senão pela dedicação às palavras que fascinam como gaivotas, certamente pelo sentimento que transforma o coletivo de homem em humanidade. Parabéns, Moraes.
ResponderExcluirComo cunhada e admiradora de Jeferson fico feliz com esse encontro dos dois 'Moraes' que adiante, tenho certeza, renderá ainda boas histórias.
ResponderExcluirDesde o começo sabia que o 'compadre' daria a volta por cima e, aqui em Salvador, quando fomos agradecer ao Senhor do Bonfim pela sua saúde foi emocionante sentir a sua fé.
Homens como Jeferson, que reúne tantas qualidades, é raro nos dias atuais. Mas não é que ele encontrou um similar do outro lado do Atlântico?
Vocês merecem comemorar essa amizade degustando um bom vinho do Porto sob os voos de muitas gaivotas!
Nádya Argôlo
Não resisto em intervir nestes comentários, apesar de como editor deste blog, dever reservar os comentários para os outros, porque meu espaço natural está mais no que escrevo nas publicações das postagens. Mas perante tão exaltantes testemunhos, permito-me dar a conhecer aos leitores, agora na qualidade de comentarista, parte do que já disse, por email, a este HOMEM BOM, autor do livro "Dando a volta por cima": cotejando parte desse meu email-carta:
ResponderExcluirCaro Amigo Jeferson de Moraes, continuo degustando aos poucos o seu livro, ..."mas desde já, perante a beleza e sinceridade da sua prosa, pelos motivos altruístas que o levaram a escrever este livro, pela forma tão correta e delicada como solicitou a minha modesta contribuição da foto para a contra-capa e, sobretudo, pela grande lição de vida e de generosidade com que se dispôs a ajudar outros com este seu livro altruísta, devo confessar que sou eu que me sinto privilegiado pela sorte de nos termos encontrado e de o ter assim conhecido, identificando-o desde logo como um dos meus novos e bons amigos e publicando o anúncio do lançamento de seu livro.
...E tudo - as coincidências dos nossos apelidos iguais, a data do nosso aniversário, as décadas em que nascemos (eu em 1935, o meu amigo em 1945), o termos passado pela mesma dura prova do câncer e termos superado, o termos depois nos consagrado a ajudar outros que passam pelo mesmo padecimento, o gosto de ambos pela escrita e pelos livros, o mesmo sentido humanista de estar na vida, valorizando o ético, o estético, o poético, o belo e o bem - tudo isso e o mais que quando nos conhecermos viermos a descobrir e a identificar, como coisas que temos em comum, são um acontecimento assaz singular, como se estivesse marcado para acontecer agora.
...Saliento, ainda, como um aspeto curioso de nossa identidade, o fato de sendo eu português de Lisboa, moro seis meses por ano no Brasil, em Natal, minha esposa é brasileira do RJ e eu tenho o Brasil como minha segunda pátria a que estou ligado desde há 38 anos, e ter em Natal, minha segunda residência...Sou eu, portanto, que estou muito grato pelo seu chamamento.
Obrigado meu amigo! Agora vou prosseguir a leitura de seu belo livro, que hei-de degustar devagar, com tempo, como se deve fazer com um bom vinho português"...
Até ao nosso pessoal encontro, brevemente, em Lisboa.
Um abraço afetuoso para vc, Jeferson e para toda essa marivilhosa família e todos seus amigos que justamente muito o admiram e estimam.
Carlos Morais dos Santos
Editor do C.A.L.
Que bela noticia!!! O lançamento de um livro que trata da superação e ele mesmo é a prova inconteste dessa vitória. Que belas palavras desse nosso já querido poeta português Carlos Morais dos Santos falando do nosso amado compadre doutor nas artes nas leis e nas ciências da vida Jeferson Fonseca de Moraes. Mais uma vez Jeferson nos dá um exemplo uma demonstração de determinação, uma prova de carinho. Não conheço ainda o conteúdo do livro, mas já posso imaginar baseado nos muitos ensinamentos que ele tem nos dado ao longo das últimas décadas. Fiquei muito feliz de ver o surgimento dessa amizade luso-trans-oceanica tecida nos vôos de sábias gaivotas. Parabéns a ambos pelas conquistas baseadas nos mais elevados sentimentos de solidariedade e de fé.
ResponderExcluirAbraços fraternos.
Edson Diogo
Parabéns ao meu querido e muito amado pai pela publicação do livro. Que o seu testemunho ajude a outras pessoas que passam por essa doença a enfrentá-la com muita fé.
ResponderExcluirVocê é um ser iluminado, pois tem em sua volta pessoas que lhe amam profundamente, posto que é um ser humano bom e justo.
Amo muito você.
Viviane