TRIBUTO DE HOMENAGEM
Escreve Fabrizia de Souza Carrijo, da USP, na Revista Convergência Lusíada, do real Gabinete Português de Leitura, do Rio de Janeiro:
"Mais conhecido como o autor do romance A
mulata (1896), que gerou grande polêmica no meio intelectual luso-brasileiro,
Carlos Malheiros Dias é dono de uma vasta e profícua produção literária hoje
pouco conhecida e reconhecida que, em diversos sentidos, revela um forte
engajamento político e social em relação ao momento em que viveu.
Sem dúvida, foi dotado de grande sensibilidade,
fazendo com que se tornasse um escritor muito conceituado, além de atuar como
uma espécie de mediador cultural entre as literaturas brasileira e portuguesa,
sendo ele mesmo possuidor de dupla nacionalidade.
Historiador, jornalista, diplomata, ficcionista, contista e cronista, Carlos Malheiros foi considerado um dos mais talentosos escritores portugueses. Em 1941, por conta de seu falecimento, Fialho d’Almeida o descreve como “esperado da seleção, possuidor de uma alma forte, uma cabeça sonhante e de um coração baboso de ternura, casando as realidades da vida com um poder de ideal transfigurante. São essas, qualidades por excelência, que traçam o perfil dessa figura luso-brasileira”. (ALMEIDA, 1941, p. 110).
O escritor nasceu no Porto em 1875. Era filho de Henrique Malheiros Dias, português, e de Adelaide Caroline Pereira de Araújo, natural do Rio Grande do Sul. (...)
Há alguma genealogia de Carlos Malheiro Dias, publicada?
ResponderExcluir