António Moraes Sartini,
Director Executivo do Museu de Língua Portuguesa – MLP - de São Paulo,
Brasil, afirmou que “gostaria de ter uma presença muito maior dos demais
países de língua portuguesa” junto da instituição que dirige.
Esta afirmação foi proferida
após palestra no Instituto Internacional de Língua Portuguesa, na
Praia, Cabo Verde, onde esteve para dar continuidade a alguns projectos
conjuntos que Museu da Língua Portuguesa e Instituto Internacional da
Língua Portuguesa/IILP têm em cima da mesa. Entre esses projectos está
uma presença mais forte do instituto junto da entidade museológica
brasileira, principalmente como “posto avançado” dos demais países
lusófonos.
“O ideal seria que cada país
apresentasse o seu português específico e isto será possível através de
uma parceria com o instituto”, considera, adiantando que esse é um
trabalho delicado, que não deverá ser feito pela própria equipa do MLP.
Questionado sobre o sucesso do
“seu” museu, algo que se vem verificando ao longo dos seus quase seis
anos de existência, refere o dinamismo como uma das principais armas,
mas também uma nova abordagem por parte deste espaço em relação àquele
que é o seu público.
Com um acervo que não é o típico
objecto museológico – a língua -, sublinha que, no fundo, “é igual em
tudo a todos os outros museus”, desde a preservação, às exposições ou ao
trabalho de pesquisa.
A responsabilidade, essa, tem
sido muita, seja recebendo maioritariamente um público jovem – por
vezes, na sua primeira visita a um museu -, seja por estar a servir de
base para a edificação de outros museus linguísticos a nível
internacional.
Num mundo globalizado, a língua
torna-se aspecto diferenciador, mas também de aproximação, saindo
reforçada como factor de identidade e identificação cultural.
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