PAISAGEM QUASE IRREAL
Quase manhã clara, paisagem coada
Ainda por um véu de noiva em neblina
O Sol, rompe a virgindade da madrugada
Despe águas e florestas, rasgando a cortina
Olho, contemplo, abrangendo tudo, e inundo o olhar
Ouço os acordes de aves a romper o silêncio quase absoluto
Já desperto, descanso, acalmo, mas penso que estou a sonhar!
A beleza da placidez bucólica me refaz: Não sofro, não luto!
Horizonte de paisagem quase irreal que enleva e faz meditar
Na força estética da Mátria Terra redentora, divina, magistral
Aqui, estamos envolvidos por um “Shangri-lá” de re-encantar
homens desiludidos, exauridos, já perdido do olhar, já sem ideal
Por isso, as divindades que aqui habitam estas florestas, estas águas
Acendem nos homens a esperança de que há uma eternidade a salvar
Que se mostra nestes momentos que celebram a vida e esquecem mágoas
Enquanto a nave do tempo percorre o espaço no dorso do vento a navegar
Olho ilhotas, ainda sonolentas, espelhando silhuetas, repousando, serenas,
Renascem para a luz reveladora e se deixam banhar nas águas lustrais
Mirando as florestas que escondem os segredos das montanhas amenas
Que ao som da música do vento eterno se animam de bailarinos pinheirais
Noturno de Chopin, fuga de Bach, Pintura de Monet, que nos sublima,
alvorada cantata de Mozart e hino à alegria de Bethoven que nos sacode
É uma Ode à vida, um deslumbramento que nos convoca, ilumina e ensina
Que convivemos com o divinal, acordando nosso olhar em Castelo de Bode
Fotos e poema de
Carlos Morais dos Santos
Cônsul da Assoc. Intern. Poetas Del Mundo
Impressão do por do sol de Claude Monet (1840-1926)
PASSO POR ESTE RICO HOSPEDEIRO PARA BEIJAR OS DOIS POEMAS ACIMA. POEMAS ETERNOS!
ResponderExcluirLÚCIA HELENA
"POETISA DAS FLORES E DO AMOR"