CICLO “TRIBUTO
AOS POETAS LUSÓFONOS”
AOS POETAS LUSÓFONOS”
Tributo 3
Poetisa Rosa Regis
Poetisa Rosa Regis
Na oportunidade da consagração da Poetisa cordelista, Rosa Regis, como Acadêmica da ATRN-Academia dos Trovadores do Rio Grande do Norte, Brasil, tema de que demos notícia no trabalho anterior dedicado a um dos três poetas, eleitos pela ATRN, em que prestámos o “Tributo à poetisa Deth Haak”, também empossada ontem na mesma Academia, temos hoje a honra de, muito justamente, celebrar aqui, no quadro deste “Ciclo de Tributo aos Poetas Lusófonos”, prestar este 3º. Tributo do Ciclo a essa extraordinária poetisa cordelista, de grande talento e inspiração, que tem já averbado a seu crédito uma obra notável e profícua no campo da literatura-poesia de cordel, com vários prémios ganhos.
Rosa Regis é, sem dúvida, uma das mais marcantes cordelistas Norte Rio Grandenses da atualidade e as suas obras constituem um importante acervo culltural das tradições da poesia popular cordelista, tão vivas e formosas no nordeste brasileiro, em geral, mas em que os poetas e poetisas do RN, sobretudo os representantes de Natal, ocupam um lugar de destaque.
Temos o privilégio de conhecer pessoalmente e de já termos várias vezes nos deliciado com a arte de Rosa Regis, e temos uma relação pessoal muito amistosa, com esta autora muito criativa, com quem temos convivido e partilhado alguns bons momentos poéticos em reuniões da SPVA-RN, em Saraus do CRO-SBDE, Tertúlia do Canto do Mangue, além de Rosa Regis nos ter prestigiado com sua participação no evento cultural-artístico “Expo Foto Poética Lisboa-Natal Culturas e Afetos", da nossa autoria, que realizámos no romântico ambiente do Castelo Lua Cheia, em Ponta Negra, Natal, em Setembro de 2009.
Por outro lado, Rosa Regis, que consideramos uma parceira é, também, como nós, Poeta Del Mundo. Temos, portanto, assistido a várias das suas performances recitando os seus magníficos poemas de cordel, poemas de grande densidade etno-simbólica e que refletem as suas preocupações humanistas e cívicas, em que coloca a sua poesia ao lado de ideais e causas. As suas poesias de cordel cantam tambem as paisagens campesinas e a problemática das gentes sofredoras do interior nordestino, sem esquecer a sátira jocosa de grande humor, tão próprio da literatura de cordel.
SOMOS SEUS ADMIRADORES PORQUE CONHECEMOS A SUA OBRA E A SUA FRATERNIDADE DE BRAÇOS ABERTOS.
BEM MERECIDA É, SEM DÚVIDA, MAIS ESTA HONROSA MAS JUSTA CONSAGRAÇÃO DE ROSA REGIS, A QUE NOS ASSOCIAMOS COM MUITA SATISFAÇÃO, EM NOME DA EQUIPE DESTE NOSSO BLOG-REVISTA CULTURAL, DESEJANDO AS MAIORES FELICIDADES E REALIZAÇÕES A ESTA NOTÁVEL OBREIRA DA POESIA E CULTURA POPULAR.
SARAVÁ POETISA, SARAVÁ ! FELICITAÇÕES PELA SUA OBRA !
BREVE BIOGRAFIA DE ROSA RAMOS REGIS DA SILVA
Paraibana, do Sítio Jerimum - Município de Jacaraú-PB, residente em Natal – Capital do Rio Grande do Norte, desde 1966. Formada em Economia (Bacharelado) e Filosofia (Licenciatura e Bacharelado), pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Amante da Poesia, especialmente do Cordel, que começou ao iniciar o seu Curso de Filosofia-Licenciatura, no qual, mais de oitenta por cento dos seus trabalhos foram feitos em rima, inclusive parte do seu trabalho monográfico de final de curso e os dois Discursos de Formatura.
SÍNTESE BIBLIOGRÁFICA
Participou:
HOMENAGENS (1); NATAL (1); PENSAMENTOS (2);
POESIAS (129) REDAÇÕES (2); RESENHAS (1);
SONETOS (16); TROVAS (6).
ROSA REGIS TEM DESENVOLVIDO INTENSA ATIVIDADE DE INVESTIGAÇÃO E DIVULGAÇÃO DA LITERATURA DE CORDEL E TEM SIDO CONVIDADA A PROFERIR PALESTRAS SOBRE A TEMÁTICA DA LITERATURA CORDELISTA, PARA PÚBLICOS TÃO DIVERSOS COMO OS ESCOLARES E OS DE INSTITUIÇÕES SÓCIO-CÍVICO-CULTURAIS COMO OS LYONS E OS ROTÁRIOS, OU PARA AUDIÊNCIAS HETEROGÊNEAS.
ROSA REGIS É AUTORA DE TEXTOS DE APOIO A PALESTRAS E CONFERÊNCIAS, QUE SE PODEM CONSIDERAR ENSAIOS QUE SÃO VERDADEIROS "TRATADOS BREVES SOBRE A LITERATURA DO CORDE" E SUAS ORIGENS". TRANSCREVE-SE, A SEGUIR, UM PEQUENO EXTRATO DE UMA DE SUAS PALESTRAS:
BREVE BIOGRAFIA DE ROSA RAMOS REGIS DA SILVA
Paraibana, do Sítio Jerimum - Município de Jacaraú-PB, residente em Natal – Capital do Rio Grande do Norte, desde 1966. Formada em Economia (Bacharelado) e Filosofia (Licenciatura e Bacharelado), pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. Amante da Poesia, especialmente do Cordel, que começou ao iniciar o seu Curso de Filosofia-Licenciatura, no qual, mais de oitenta por cento dos seus trabalhos foram feitos em rima, inclusive parte do seu trabalho monográfico de final de curso e os dois Discursos de Formatura.
SAUDEMOS E CELEBREMOS A ACADÊMICA, POETISA ROSA REGIS, COM FLORES, COMO MERECE, LHE É DEVIDO E FICA BEM. ESCOLHEMOS
ROSAS, POR SER A FLOR QUE ELA SEMPRE TEM CONSIGO PRÓPRIA.
ROSAS, POR SER A FLOR QUE ELA SEMPRE TEM CONSIGO PRÓPRIA.
SÍNTESE BIBLIOGRÁFICA
Participou:
- da ANTOLOGIA LITERÁRIA – volume 3 e 4– SPVA/RN, na primeira (de nº3), com o poema A DOR DA IMPOTÊNCIA DE NÃO SER; na segunda (de nº 4), com a s poesias: DE NÁUFRAGO A ESPECTADOR e INFERNO NO "SERROTÃO";
- da X e XI FESERP – Festival Sertanejo de Poesia, oferecido pela APC – ACAUÃ (Produções Culturais), Aparecida-PB – Prêmio Augusto dos Anjos, no X, com o poema UM DEUS NASCIDO DA DOR, sendo classificada em oitavo lugar (com Certificado), no XI, com o poema O INFERNO NO “SERROTÃO” ou FUGA ABORTADA;
- do XIII e XIV Festival de Poesia, Crônica e Conto de Imperatriz, realização: IMPERATRIZ – FCI, Imperatriz-AM; este último com os poemas: MAR, NAVEGAÇÃO, NAUFRÁGIO E ESPECTADOR; RECONSTRUINDO O PENSAR; CERTEZA DO BEM; AMOR INFINITO e VISÕES DA REALIDADE (com Certificado do XIII, até agora);
- do I, II e III CONCURSOS DE POESIAS LUÍS CARLOS GUIMARÃES, oferecidos pela Fundação José Augusto – Natal/RN, em 2001, 2002 E 2003 respectivamente, com 10 trabalhos em cada um, tendo sido homenageada no primeiro;
- do CONCURSO LITERÁRIO OTHONIEL MENEZES (poesia), ano 2003, produzido pela Fundação Cultural Capitania das Artes – Natal/RN, com um pretenso livro: ESCAPANDO ÀS REGRAS.
- Está inscrita para a próxima Antologia da SPVA/RN (2007), com o poema EM TRANSE.
- Tem trabalhos editados: no Poetas del Mundo, no Recanto das Letras, no Poesia Pura e no Orkut.
FILIAÇÕES A INSTITUIÇÕES:
DE ROSA RAMOS REGIS DA SILVA (Rosa Regis)
- Membro da SPVA/RN – Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN;
- Membro fundador da APLC – Associação Potiguar de Literatura de Cordel;
- Membro da UNICODERN – União dos Cordelistas do RN - Natal/RN;
- Poetisa integrante de: POETAS DEL MUNDO; POESIA PURA; RECANTO DAS LETRAS; ECOS - DA POESIA; GLOBOONLINERS; NETLOG; ORKUT…)
OBRAS: EM TERMOS TEMÁTICOS QUANTITATIVOS, REFERIMOS:
BIOGRAFIAS (1); CONTOS (5); CORDEL (56); - Membro da SPVA/RN – Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN;
- Membro fundador da APLC – Associação Potiguar de Literatura de Cordel;
- Membro da UNICODERN – União dos Cordelistas do RN - Natal/RN;
- Poetisa integrante de: POETAS DEL MUNDO; POESIA PURA; RECANTO DAS LETRAS; ECOS - DA POESIA; GLOBOONLINERS; NETLOG; ORKUT…)
OBRAS: EM TERMOS TEMÁTICOS QUANTITATIVOS, REFERIMOS:
HOMENAGENS (1); NATAL (1); PENSAMENTOS (2);
POESIAS (129) REDAÇÕES (2); RESENHAS (1);
SONETOS (16); TROVAS (6).
ROSA REGIS TEM DESENVOLVIDO INTENSA ATIVIDADE DE INVESTIGAÇÃO E DIVULGAÇÃO DA LITERATURA DE CORDEL E TEM SIDO CONVIDADA A PROFERIR PALESTRAS SOBRE A TEMÁTICA DA LITERATURA CORDELISTA, PARA PÚBLICOS TÃO DIVERSOS COMO OS ESCOLARES E OS DE INSTITUIÇÕES SÓCIO-CÍVICO-CULTURAIS COMO OS LYONS E OS ROTÁRIOS, OU PARA AUDIÊNCIAS HETEROGÊNEAS.
ROSA REGIS É AUTORA DE TEXTOS DE APOIO A PALESTRAS E CONFERÊNCIAS, QUE SE PODEM CONSIDERAR ENSAIOS QUE SÃO VERDADEIROS "TRATADOS BREVES SOBRE A LITERATURA DO CORDE" E SUAS ORIGENS". TRANSCREVE-SE, A SEGUIR, UM PEQUENO EXTRATO DE UMA DE SUAS PALESTRAS:
HISTÓRIA DA LITERATURA DE CORDEL
..."Na época dos povos conquistadores greco-romanos, fenícios, cartagineses, saxões, etc, a literatura de cordel já existia, tendo chegado à Península Ibérica (Portugal e Espanha) por volta do século XVI.
.Na Península a literatura de cordel recebeu os nomes de "pliegos sueltos" na Espanha, e "folhas soltas" ou "volantes" em Portugal.
.Chegando ao Brasil floresceu, principalmente, na área que se estende da Bahia ao Maranhão.
Aqui eu faço uma sextilha sobre o que eu acabei de falar:
Já tinham, em versos, contados,
Meu amigo, minha amiga,
As histórias de conquistas.
Faziam em rima e cantiga.
01 - O início
Cem anos de Cordel no Brasil
No Brasil, foi há aproximadamente cem anos que as histórias, acontecimentos, contos de tradição oral, foram impressos na forma de folhetos. Isso quer dizer que muitas histórias já existiam oralmente, porém sem registro conhecido. Temos informações de que o primeiro folheto de cordel impresso no Brasil aconteceu no final do século XIX, em 1890 pelo paraibano Leando Gomes de Barros.
E, aí, eu digo:
O grande mestre Leandro
De Barros, que emprestou
Régua e compasso a nós todos,
Cordelizando, afirmou,
Na Peleja de Riachão
Com o Diabo, e nos deixou.
Nos diz Leandro de Barros
"Esta peleja que fiz
não foi por mim inventada,
um velho daquela época
a tem ainda gravada,
minhas aqui são as rimas
exceto elas, mais nada."
Oriunda de Portugal, a literatura de cordel chegou no balaio e no coração dos nossos colonizadores, instalando-se na Bahia e mais precisamente em Salvador. Dali se irradiou para os demais estados do Nordeste.
Eu digo:
Vindo lá de Portugal
O cordel aqui chegou
No balaio e tomou conta,
Na Bahia se instalou.
Depois por todo o Nordeste
Ele se irradiou"...
A evolução da literatura de cordel no Brasil não ocorreu de maneira harmoniosa. A oral, precursora da escrita, engatinhou penosamente em busca de forma estrutural. Os primeiros repentistas não tinham qualquer compromisso com a métrica e muito menos com o número de versos para compor as estrofes. Alguns versos alongavam-se inaceitavelmente, outros, demasiado breves. Todavia, o interlocutor respondia rimando a última palavra do seu verso com a última do parceiro, mais ou menos assim:
Repentista A
O cantor que pegá-lo de revés
Com o talento que tenho no meu braço...
Repentista B
Dou-lhe tanto que deixo num bagaço
Só de murro, de soco e ponta-pés.
Só por volta de 1750 é que apareceram os primeiros vates da literatura de cordel oral. Engatinhando e sem nome, depois de relativo longo período, a literatura de cordel recebeu o batismo de poesia popular"...
ALGUNS POEMAS DE ROSA RÉGIS
POESIA 1ª Colocada no XIV FESERP
CRÉDITOS:
Os povos conquistadores
De Roma e da Grécia AntigaJá tinham, em versos, contados,
Meu amigo, minha amiga,
As histórias de conquistas.
Faziam em rima e cantiga.
01 - O início
Cem anos de Cordel no Brasil
No Brasil, foi há aproximadamente cem anos que as histórias, acontecimentos, contos de tradição oral, foram impressos na forma de folhetos. Isso quer dizer que muitas histórias já existiam oralmente, porém sem registro conhecido. Temos informações de que o primeiro folheto de cordel impresso no Brasil aconteceu no final do século XIX, em 1890 pelo paraibano Leando Gomes de Barros.
E, aí, eu digo:
O grande mestre Leandro
De Barros, que emprestou
Régua e compasso a nós todos,
Cordelizando, afirmou,
Na Peleja de Riachão
Com o Diabo, e nos deixou.
Nos diz Leandro de Barros
"Esta peleja que fiz
não foi por mim inventada,
um velho daquela época
a tem ainda gravada,
minhas aqui são as rimas
exceto elas, mais nada."
Oriunda de Portugal, a literatura de cordel chegou no balaio e no coração dos nossos colonizadores, instalando-se na Bahia e mais precisamente em Salvador. Dali se irradiou para os demais estados do Nordeste.
Eu digo:
Vindo lá de Portugal
O cordel aqui chegou
No balaio e tomou conta,
Na Bahia se instalou.
Depois por todo o Nordeste
Ele se irradiou"...
A evolução da literatura de cordel no Brasil não ocorreu de maneira harmoniosa. A oral, precursora da escrita, engatinhou penosamente em busca de forma estrutural. Os primeiros repentistas não tinham qualquer compromisso com a métrica e muito menos com o número de versos para compor as estrofes. Alguns versos alongavam-se inaceitavelmente, outros, demasiado breves. Todavia, o interlocutor respondia rimando a última palavra do seu verso com a última do parceiro, mais ou menos assim:
Repentista A
O cantor que pegá-lo de revés
Com o talento que tenho no meu braço...
Repentista B
Dou-lhe tanto que deixo num bagaço
Só de murro, de soco e ponta-pés.
Só por volta de 1750 é que apareceram os primeiros vates da literatura de cordel oral. Engatinhando e sem nome, depois de relativo longo período, a literatura de cordel recebeu o batismo de poesia popular"...
ALGUNS POEMAS DE ROSA RÉGIS
A MAE TERRA ESTÁ MORRENDO
(A pedido de Terepehabe, para a Ciranda:
S. O .S. PLANETA TERRA)
Morrem os peixes em águas poluídas
Desmatamento e queima matam animais
É o homem agindo mal, ceifando vidas
Sem lembrar que a sua vai com as demais.
As espécies animais estão diminuindo
A Mãe Terra, dos seus filhos, a perda chora
E avisa ao homem que está se extingüindo,
De forma galopante, a fauna e a flora.
O equilíbrio biológico está ameaçado!
"Grita" a Mãe Terra, com "alarmas vermelhos"
Que mostra o perigo que corre a Natureza.
Porém o homem não ouve seus conselhos
E segue em frente, em busca de riqueza,
Matando a si mesmo, como um tresloucado.
Rosa Regis
Natal/RN - 26 de fevereiro de 2007
(A pedido de Terepehabe, para a Ciranda:
S. O .S. PLANETA TERRA)
Morrem os peixes em águas poluídas
Desmatamento e queima matam animais
É o homem agindo mal, ceifando vidas
Sem lembrar que a sua vai com as demais.
As espécies animais estão diminuindo
A Mãe Terra, dos seus filhos, a perda chora
E avisa ao homem que está se extingüindo,
De forma galopante, a fauna e a flora.
O equilíbrio biológico está ameaçado!
"Grita" a Mãe Terra, com "alarmas vermelhos"
Que mostra o perigo que corre a Natureza.
Porém o homem não ouve seus conselhos
E segue em frente, em busca de riqueza,
Matando a si mesmo, como um tresloucado.
Rosa Regis
Natal/RN - 26 de fevereiro de 2007
POESIA 1ª Colocada no XIV FESERP
LAMPIÃO AINDA É VIVO NO CORAÇÃO DO NORDESTE
Sendo filho de José
E Maria, qual Jesus,
Uma diferente cruz,
Que não era a cruz da fé,
Leva o menino, que é
Fruto do nosso Nordeste.
E, assim sendo, de "peste"
Por muitos foi nomeado,
Sendo, portanto, odiado
E tido por cafajeste.
As brincadeiras da infância
Tinham a ver com o que via.
E à medida que crescia
Uma ou outra circunstância
Dentre muitas, traz a ânsia
De lutar com veemência
Por sua sobrevivência.
Assim, talvez revoltado,
Tenha, então, se transformado
Em um ser de violência.
Injustamente tratado
Pelos donos do poder,
Virgulino vê crescer,
Em si, raiva. E, revoltado,
Deixa o trabalho de lado.
E surge, então, no Sertão
O famoso Lampião
Mui respeitado e temido!
Odiado, mas querido
Por combater a opressão.
Mesmo não tendo a intenção,
Lampião subverteu
A ordem imposta. E se deu
Que quase todo o Sertão
Nordestino o "Capitão
Do Cangaço" dominou.
E novas vias traçou,
Movido pela descrença,
Com a sua forte presença
Por onde o mesmo passou.
E os caminhos traçados
Em busca da igualdade,
Pagando o mal com maldade,
Vez por outra eram cruzados
Por soldados que, pecados,
Tanto quanto os cangaceiros,
Tinham em seus bagageiros.
E quando havia confronto,
Era lutar sem desconto,
Nas serras, nos tabuleiros.
Condenou-se Lampião
Mas, hoje, após tantos anos,
Continuam os desenganos
Que faziam o coração
Do cangaceiro de então
Pulsar forte e loucamente.
E o nordestino sente
Que quase nada mudou.
O cangaço, sim, passou,
Mas o descaso é presente.
Se quase nada mudou,
Chegamos à conclusão
Que a terra que a Lampião,
Um certo dia, gerou,
Está lá, continuou,
No Sertão ou no Agreste,
Trajando a mesma veste
De torrão bravo e ativo.
LAMPIÃO AINDA É VIVO
NO CORAÇÃO DO NORDESTE.
Rosa Régis
OUÇAMOS AGORA A PALAVRA POÉTICA DE ROSA REGIS, DIZENDO UM DOS SEUS APRECIADOS "CORDEIS"
E, ASSIM, CELEBRAMOS E PRESTAMOS O JUSTO TRIBUTO AO TALENTO
E À SENSIBILIDADE ARTÍSTICA DA POETISA E ACADÊMICA ROSA REGIS.
LONGA VIDA, POETISA ! SAÚDE E FELICIDADES COM REALIZAÇÕES PESSOAIS E POÉTICO-ARTÍSTICAS, SÃO OS VOTOS DO "BLOG-REVISTA CULTURAS E AFETOS LUSÓFONOS", DE TODA A EQUIPE REDATORIAL.
E Maria, qual Jesus,
Uma diferente cruz,
Que não era a cruz da fé,
Leva o menino, que é
Fruto do nosso Nordeste.
E, assim sendo, de "peste"
Por muitos foi nomeado,
Sendo, portanto, odiado
E tido por cafajeste.
As brincadeiras da infância
Tinham a ver com o que via.
E à medida que crescia
Uma ou outra circunstância
Dentre muitas, traz a ânsia
De lutar com veemência
Por sua sobrevivência.
Assim, talvez revoltado,
Tenha, então, se transformado
Em um ser de violência.
Injustamente tratado
Pelos donos do poder,
Virgulino vê crescer,
Em si, raiva. E, revoltado,
Deixa o trabalho de lado.
E surge, então, no Sertão
O famoso Lampião
Mui respeitado e temido!
Odiado, mas querido
Por combater a opressão.
Mesmo não tendo a intenção,
Lampião subverteu
A ordem imposta. E se deu
Que quase todo o Sertão
Nordestino o "Capitão
Do Cangaço" dominou.
E novas vias traçou,
Movido pela descrença,
Com a sua forte presença
Por onde o mesmo passou.
E os caminhos traçados
Em busca da igualdade,
Pagando o mal com maldade,
Vez por outra eram cruzados
Por soldados que, pecados,
Tanto quanto os cangaceiros,
Tinham em seus bagageiros.
E quando havia confronto,
Era lutar sem desconto,
Nas serras, nos tabuleiros.
Condenou-se Lampião
Mas, hoje, após tantos anos,
Continuam os desenganos
Que faziam o coração
Do cangaceiro de então
Pulsar forte e loucamente.
E o nordestino sente
Que quase nada mudou.
O cangaço, sim, passou,
Mas o descaso é presente.
Se quase nada mudou,
Chegamos à conclusão
Que a terra que a Lampião,
Um certo dia, gerou,
Está lá, continuou,
No Sertão ou no Agreste,
Trajando a mesma veste
De torrão bravo e ativo.
LAMPIÃO AINDA É VIVO
NO CORAÇÃO DO NORDESTE.
Rosa Régis
OUÇAMOS AGORA A PALAVRA POÉTICA DE ROSA REGIS, DIZENDO UM DOS SEUS APRECIADOS "CORDEIS"
E, ASSIM, CELEBRAMOS E PRESTAMOS O JUSTO TRIBUTO AO TALENTO
E À SENSIBILIDADE ARTÍSTICA DA POETISA E ACADÊMICA ROSA REGIS.
LONGA VIDA, POETISA ! SAÚDE E FELICIDADES COM REALIZAÇÕES PESSOAIS E POÉTICO-ARTÍSTICAS, SÃO OS VOTOS DO "BLOG-REVISTA CULTURAS E AFETOS LUSÓFONOS", DE TODA A EQUIPE REDATORIAL.
ATENÇÃO:
Estas obras estão licenciadas sob uma Licença Creative Commons. Você não pode fazer uso comercial desta obra.
Estas obras estão licenciadas sob uma Licença Creative Commons. Você não pode fazer uso comercial desta obra.
CRÉDITOS:
Alguns elementos, dados e fotos foram pesquisaos na internet:
Google
Blog ViViEventos
Blog da Poetisa homenageada
Outros Sites
Outros Sites
You Tube.
TEXTO: Carlos M. Santos
FOTOS: Flores de CarlosM.Santos
Carlos Morais dos Santos
Escritor, ensaísta, Poeta, Fotógrafo
Cônsul (Lisboa) do M.I. Poetas Del Mundo
Membro da Sociedade Portuguesa de Geografia
Membro do IHG-RN
Saudosamente... revejo feliz tudo que foi aqui mostrando, com carinho, sobre mim. Obrigada!!
ResponderExcluirPassando para recordar... Amei!
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