PORQUE AS CULTURAS LUSÓFONAS ASSENTAM, PRINCIPALMENTE, NA
GÉNESE DA MATRIZ DAS CULTURAS MEDITERRÂNICAS E ESTAS PROVÊM DA INFLUÊNCIA, AINDA HOJE SENTIDA, DAS GRANDES CORRENTES E ESCOLAS DO PENSAMENTO DOS GRANDES FILÓFOS DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA GREGA, DECIDIMOS SERVIR, HOJE, AOS NOSSOS LEITORES UM PEQUENO CÁLICE DESSE NÉCTAR DE SABEDORIA QUE FOI ARISTÓTELES, PARA NOS RECORDARMOS DA SAGEZA DO PENSAMENTO DA NOSSA ANTIGUIDADE CLÁSSICA, AINDA HOJE COM PLENA ATUALIDADE NA ESSÊNCIA DOS NOSSOS MÉTODOS DE DESENVOLVER O PENSAMENTO.
A DIFERENÇA,TALVEZ ESTEJA EM QUE, HOJE EM DIA, PENSAMOS MENOS, MENOS LARGO, MENOS PROFUNDO E MENOS BEM...PORQUE NÃO TEMOS TEMPO, ESTAMOS TODOS MUITO OCUPADOS, E... COMO HÁ SEMPRE QUEM PENSE POR NÓS...JÁ NOS SERVEM O PENSAMENTO PRONTO A USAR E A CONSUMIR, A REPETIR...O QUE ALGUNS PENSAM, MESMO QUE PENSEM MAL !
C.M.S.
384 a.C.: Nasce Aristóteles em Estagira, próximo de Pela, a capital da Macedónia. - 373 a.C.: Morrem seus pais; vai viver para casa de uma irmã em Mísia. O cunhado será o seu tutor. Torna-se amigo de Hermias que virá a ser o tirano de Assos. - 367 a.C.: Aos 17 anos Aristóteles frequenta a Academia de Platão, em Atenas. - 356 a.C.: Nasce Alexandre, filho de Filipe da Macedónia. - 347 a.C.: Morre Platão. Aristóteles não aceita Euspeusipo como novo director da Academia e parte para Assos, onde governa Hermias. Depois da morte deste vai para Mitilene, na ilha de Lesbos. - 343 a.C.: Aos 41 anos Aristóteles parte para Pela, a fim de se ocupar da instrução de Alexandre. - 340 a.C.: Aos 44 anos Aristóteles volta para a sua terra natal, Estagira; casa com Pítia. Durante 5 anos gere as suas propriedades. - 336 a.C.: Filipe da Macedónia é assassinado. Sucede-lhe Alexandre. - 335 a.C.: Aos 49 anos Aristóteles abre o Liceu, em Atenas. Alexandre financia-lhe a construção e manutenção da escola. - 323 a.C.: Morre Alexandre. Aristóteles tem 61 anos; perseguido pelos gregos, foge para a ilha Eubeia, onde vive sua mãe. - 322 a.C.: Morre na ilha Eugeia, aos 62 anos, no mesmo ano em que morre Demóstenes.
O PENSAMENTO DE ARISTÓTELES
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"Mestre dos que sabem", assim se lhe refere Dante na Divina Comédia. Com Platão, Aristóteles criou o núcleo propulsionador de toda a filosofia posterior. Mais realista do que o seu professor, Aristóteles percorre todos os caminhos do saber: da biologia à metafísica, da psicologia à retórica, da lógica à política, da ética à poesia. Impossível resumir a fecundidade do seu pensamento em todas as áreas. Apenas algumas ideias. A obra Aristotélica só se integra na cultura filosófica europeia da Idade Média, através dos árabes, no século XIII, quando é conhecida a versão (orientalizada) de Averróis, o seu mais importante comentarista. Depois, S. Tomás de Aquino vai incorporar muitos passos das suas teses no pensamento cristão.
A teoria das causas. O conhecimento é o conhecimento
das causas - a causa material (aquilo de que uma coisa é feita), a causa
formal (aquilo que faz com que uma coisa seja o que é), a causa eficiente (a
que transforma a matéria) e a causa final (o objectivo com que a coisa é
feita). Todas pressupõem uma causa primeira, uma causa não causada, o motor
imóvel do cosmos, a divindade, que é a realidade suprema, a substância
plena que determina o movimento e a unidade do universo. Mas para Aristóteles
a divindade não tem a faculdade da criação do mundo, este existe desde
sempre. É a filosofia cristã que vai dar à divindade o poder da Criação.
Aristóteles opõe-se, frequentemente, a Platão e à
sua teoria das Ideias. Para o estagirita não é possível pensar uma coisa sem
lhe atribuir uma substância, uma quantidade, uma qualidade, uma
actividade, uma passividade, uma posição no tempo e no espaço, etc. Há duas
espécies de Ser: os verdadeiros, que subsistem por si e os acidentes. Quando
se morre, a matéria fica; a forma, o que caracteriza as qualidades
particulares das coisas, desaparece. Os objectos sensíveis são constituídos
pelo princípio da perfeição (o acto), são enquanto são e pelo
princípio da imperfeição (a potência), através do qual se lhes permite a
aquisição de novas perfeições. O acto explica a unidade do ser, a potência, a
multiplicidade e a mudança.
Aristóteles é o criador da biologia. A sua
observação da natureza, sem dispor dos mais elementares meios de investigação
(o microscópio, por exemplo), apesar de ter hoje um valor quase só histórico
não deixa de ser extraordinária. O que mais o interessava era a natureza
viva. A ele se deve a origem da linguagem técnica das ciências e o princípio
da sua sistematização e organização. Tudo se move e existe em círculos
concêntricos, tendente a um fim. Todas as coisas se separam em função do
lugar próprio que ocupam, determinado pela natureza. Enquanto Platão age no
plano das ideias, usando só a razão e mal reparando nas transformações da
natureza, Aristóteles interessa-se por estas e pelos processos físicos. Não
deixando de se apoiar na razão, o filho de Nicómaco usa também os sentidos.
Para Platão a realidade é o que pensamos.
Para Aristóteles é também o que percepcionamos
ou sentimos. O que vemos na natureza - diz Platão - é o reflexo do que existe
no mundo das ideias, ou seja, na alma dos homens. Aristóteles dirá: o que
está na alma do homem é apenas o reflexo dos objectos da natureza, a razão
está vazia enquanto não sentimos nada. Daí a diferença de estilos: Platão é
poético, Aristóteles é pormenorizado, preferindo porém, o fragmento ao
detalhe. Chegaram até nós 47 textos do fundador do Liceu, provavelmente
inacabados por serem apontamentos para as lições. Um dos vectores
fundamentais do pensamento de Aristóteles é a Lógica, assim chamada
posteriormente (ele preferiu sempre a designação de Analítica). A Lógica é a
arte de orientar o pensamento nas suas várias direcções para impedir o homem
de cair no erro. O Organon ficará para sempre um modelo de instrumento
científico ao serviço da reflexão. O Estado deve ser uma associação de seres
iguais procurando uma existência feliz.
O fim último do homem é a felicidade. Esta atinge-se quando o homem realiza, devidamente, as suas tarefas, o seu trabalho, na polis, a cidade. A vida da razão é a virtude. Uma pessoa virtuosa é a que possui a coragem (não a cobardia, não a audácia), a competência (a eficiência), a qualidade mental (a razão) e a nobreza moral (a ética). O verdadeiro homem virtuoso é o que dedica largo espaço à meditação. Mas nem o próprio sábio se pode dedicar, totalmente, à reflexão. O homem é um ser social. O que vive, isoladamente, sempre, ou é um Deus ou uma besta. A razão orienta o ser humano para que este evite o excesso ou o defeito (a coragem - não a cobardia ou a temeridade). O homem deve encontrar o meio-termo, o justo meio; deve viver usando, prudentemente, a riqueza; moderadamente os prazeres e conhecer, correctamente, o que deve temer.
Também na Poética, o contributo ordenador de
Aristóteles será definitivo: ele estabelecerá as características e os fins da
tragédia. Uma das suas leis sobre ela estender-se-á, por séculos, a todo o
teatro: a regra das três unidades, acção, tempo e lugar.
Erros, incorrecções, falhas, terá cometido
Aristóteles. Alguns são célebres. Na zoologia, por exemplo, considera que o
homem tinha oito pares de costelas, não reconhece os ossos do crânio humano
(três para o homem, um, circular, para a mulher), supõe que as artérias estão
cheias de ar (como, aliás, supunham os médicos gregos), pensa que o homem tem
um só pulmão.
Não esqueçamos: Aristóteles classificou e descreveu cerca de
quinhentas espécies animais, das quais cinquenta terá dissecado - mas nunca
dissecou um ser humano.
A grandeza genial da sua obra não pode ser
questionada por tão raros erros, frutos da época - mais de 2000 anos antes de
nós.
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Revolução da Alma
- Escrito por Aristóteles no ano de 360 A.C. ,
mas é eterno.
Ninguém é dono de sua
felicidade, por isso não entregue sua alegria, sua paz nas mãos de ninguém,
absolutamente ninguém. Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos
querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja. A
razão da sua vida é você mesmo. A sua paz interior é a sua meta de vida. Quando
sentir um vazio na alma, quando acreditar que ainda está faltando algo,
mesmo tendo tudo, remeta seu pensamento para os seus desejos mais íntimos e
busque a divindade que existe em você. Pare de colocar sua felicidade cada dia
mais distante. Não coloque objetivo longe demais de suas mãos, abrace os que
estão ao seu alcance hoje.
Se andar desesperado por problemas
financeiros, amorosos ou de relacionamentos com familiares, busca em seu
interior a resposta para acalmar-se.
Você é reflexo do que pensa habitualmente.
Pare de pensar mal de você mesmo, e seja seu melhor amigo sempre. Sorrir significa
aprovar, aceitar, felicitar. Então abra um sorriso para aprovar o mundo que lhe
quer oferecer o melhor. Com um sorriso no rosto as pessoas terão as melhores
impressões de você, e, você estará afirmando para si mesmo, que está pronto
para ser feliz.
Trabalhe, trabalhe muito a seu favor. Pare de esperar a
felicidade sem esforço. Pare de exigir das pessoas aquilo que nem você
conquistou ainda. Critique menos, trabalhe mais. E não se esqueça nunca de
agradecer. Agradeça a tudo que está em sua vida neste momento, inclusive a dor.
Nossa compreensão do universo ainda é muito pequena, para julgar qualquer coisa
na nossa vida!
A grandeza não consiste em receber honras, mas em
merecê-las
obrigada esse blog me serviu muito beijos.
ResponderExcluirBruna Chrislayne ;D