TOP BLOG 2010

TOP BLOG 2010

Boas Vindas a esta comunidade de Culturas e Afetos Lusofonos que já abraça 76 países

MÚSICA DE FUNDO E AUDIÇÃO DE VÍDEOS E AUDIOS PUBLICADOS

NÓS TEMOS TODO O EMPENHO EM MANTER SEMPRE MÚSICA DE FUNDO MUITO SELECIONADA, SUAVE, AGRADÁVEL, MELODIOSA, QUE OUVIDA DIRETAMENTE DO SEU COMPUTADOR QUANDO ABRE UMA POSTAGEM OU OUVIDA ATRAVÉS DE ALTI-FALANTES OU AUSCULTADORES, LHE PROPORCIONA UMA EXPERIÊNCIA MUITO AGRADÁVEL E RELAXANTE QUANDO FAZ A LEITURA DAS NOSSAS PUBLICAÇÕES.

TODAVIA, SEMPRE QUE NAS NOSSAS POSTAGENS ESTIVEREM INCLUÍDOS AUDIOS E VÍDEOS FALADOS E/OU MUSICADOS, RECOMENDAMOS QUE DESLIGUE A MÚSICA AMBIENTE CLICANDO EM CIMA DO BOTÃO DE PARAGEM DA JANELA "MÚSICA - ESPÍRITO DA ARTE", QUE SE ENCONTRA DO LADO DIREITO, LOGO POR BAIXO DA PRIMEIRA CAIXA COM O MAPA DOS PAISES DOS NOSSOS LEITORES AO REDOR DO MUNDO.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

DÂMASO BARROS - UMA REVELAÇÃO DE POESIA "COM RAÍZES DE VENTO", PARA IR LONGE" - UMA VOZ POÉTICA DA LUSOFONIA PORTUGUESA QUE SE SOLTOU NA DIÁSPORTA, EM MACAU














Trazemos hoje, ao conhecimento e apreciação dos nossos leitores, uma poesia com "Raízes de Vento" para ir longe. Digo assim, para glosar o título do livro que o poeta Dâmaso Barros deu à sua obra de estreia: RAÍZES DE VENTO, Edição do autor, editado em Macau, com o patrocínio da Câmara Municipal das Ilhas, da Fundação Oriente e da Fundação Macau, em edição bilingue de português – Inglês.

Dâmaso Barros, revela-nos uma poesia, diz ele no título, “com raízes do vento, talvez porque a sua poesia viaja, como o vento. É uma voz poética da Lusofonia  que se soltou em Macau, mas que tambem nos fala de outros lugares, de outras andanças de viajante, qual antigo marinheiro português que lembra suas relações com o vento, para partir e chegar. Dâmaso Barros solta-se das suas raízes na diáspora e, em Macau, toma as asas do vento que enfunam suas velas de poesia e vai cavalgando ondas e mares que o levam a outras paragens, sem nunca se desapegar do seu chão transmontano.

Neste livro, Dâmaso Barros, tece os seus versos e canta seus poemas falando das ilhas longínquas de Macau e de outros lugares dessa Grande China, como quem canta de um púlpito. A poesia acompanha-o em outras paragens a que "aporta". De Chicago fala do “Jazz solto, vagabundo/lembra África esquecida”.

Mas o poeta retorna sempre aos poemas de amor e saudade. Verseja mares e rios, do Tejo ao Douro, que iluminou seus anos de juventude. Relembra as terras de Trás-os-Montes, desse nordeste português, onde nasceu, que lhe moldaram o carácter e o coração grande e robusto como os penedos serranos dessas paisagens eternas, que seu Mestre e referência, o Grande Poeta Miguel Torga, cantou como ninguém, em poemas que ecoaram no mundo inteiro em poética universal.

Do livro Raíses de Vento e sobre a poesia de Dâmaso Barros, relembro algumas das palavras que, em Macau, escreveu o autor do prefácio, Padre Manuel Teixeira:

…/ Lede estes poemas de Dâmaso Barros e encontrareis tudo isso: graça e beleza, sorriso infantil, bondade e força, o perfume do lírio e a elegância da palmeira. É mais um rouxinol a juntar-se ao coro dos rouxinóis que cantam à luz do luar os poemas do amor e a saudade dos bens perdidos.

Reafirmo que esta poesia e este poeta, que nos comove com estas RAÍZES DE VENTO”, tem muitas raízes para crescer. Por isso, daqui, desta Tribuna de CULTURAS E AFETOS LUSÓFONOS, exortamos para que este livro seja reeditado (não é possível encontra-lo à venda), e que o poeta Dâmaso Barros enfune de bons ventos as suas velas poéticas e nos brinde com mais livros, com sua poesia solta e livre, como o vento.

Coloco ao apreço dos nossos leitores, alguns pequenos poemas deste autor:

VISITA

Não trago novas do Oriente
“O senhor Ventura dos teus sítios”
Vem só.
Atrasado, mas chegou,
Com a luz baça na retina
Que a dor e mágoa condensou
Trago torgas da serra
Flores da terra
Que perfumam o paraíso
Aí, onde a vida repousa
E o tempo é infinito,
Tu contas histórias
Do tamanho natural
Aos Deuses que acordam
Com o Homem Universal

MACAU OU MUN

China quem não sabe teu nome!
Aventura do passado
Que o presente consome.
O vento afaga os corpos
Cansados de tanto mar
E o conforto de um abrigo
Num palmo de terra para amar.
Encanto com raízes
Duma paixão marinheira
Que partindo deixava
A saudade por companheira

HAVIA UM CÉU CARREGADO DE NUVENS
Havia uma viola adormecida
Numa trave de pinho
Havia um dedilhar silencioso
No coração de cada assistente
Havia um fado adormecido.
Havia um jogo de cartas.
Havia eu ali ao lado
Anestesiado, impotente.
Havia um amor e ódio de ser português emigrado.
Havia olhos aflitos à procura de ninguém,
Todo o resto era nada,
Fruto de uma Pátria distante
Adormecida.

DOURO

Rio de sangue e suor
Lágrimas amargas
Que a paisagem chora.
Terra e gente talhadas
Por caudais de serras    
Num desafio aos Olimpos
Cumprem destinos traçados
Por Deuses de Sol e de Pedra
Rio, Terra e Gente
Um só corpo fundo e quente
Na plenitude do ser
Perpetuam a eternidade
Num contínuo renascer

Dâmaso Barros

Ao conhecer pessoalmente Dâmaso Barros, fácil foi identificar a sua alma poética, a sua inteligente sensibilidade para a procura do belo, a sua postura intelectual que sabe estar lúcido com a realidade objectiva, sem perder a capacidade de sonhar. Navega e vive, sonha, mas sabe para onde quer ir. Foi um privilégio conhece-lo, através de amigo comum, e julgo que ficámos amigos. SAUDAÇÕES, POETA !







   Carlos Morais dos Santos
Cônsul (Lisboa) do M.I.Poetas Del Mundo

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Caro leitor M.J.F. Louro,
    Agradecemos as suas amáveis e incentivadoras palavras sobre a publicação da poesia do poeta Dâmaso Barros.
    Embora o sistema de acesso à “janela” para “comentários” às postagens não dependa de nós, pedimos-lhe desculpa por não ter conseguido deixar directamente aqui os seus interessantes comentários. Em seu lugar, faço eu, aqui, a publicação desse seu comentário, que reproduzo a seguir.
    Escreva-nos sempre que quiser pq teremos muito gosto em ouvir suas opiniões e lhe corresponder.
    Aproveito para esclarecer que, de facto, a colocação de comentários neste Blog depende de possuir uma conta num daqueles provedores que aparecem indicados, p. ex. Google.
    Faço votos para que continuemos a contar consigo como nosso semanal leitor e, entretanto, receba o nosso cordial abraço
    Carlos Morais dos Santos
    __________________________________________
    Comentário de M.J.F.Louro
    Boa tarde,
    Já por várias vezes que tentei colocar um comentário ao post sobre o Poeta Dâmaso Barros mas não consigo.
    Envio-lhe o comentário e caso considere que o pode publicitar agradeço.
    Comentário:
    Um bem haja a todos os Poetas e, em especial, ao Poeta Dâmaso Barros.
    A vida vive-se com a alma e, por vezes, com alma de poeta.
    Prosseguir o sonho, alcançar o ideal e abraçar o Mundo levou o poeta Dâmaso Barros a criar "Raízes de Vento".
    Obrigada ao poeta e a si, Carlos Morais dos Santos, por nos ter trazido Dâmaso Barros.
    mjflouro@netcabo.pt

    ResponderExcluir